a) A elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o antídoto ao niilismo.
INCORRETA. O kantismo inaugura uma nova fase das especulações éticas institui seus preceitos de forte conotação deontológica (deve-ser) e a liberdade está na máxima do imperativo categórico. A finalidade do agir humano não está na felicidade, mas sim no dever com características: apriorísticas, racional e universal (QUER DIZER: AGIR DE FORMA QUE SUA CONDUTA POSSA SER UNIVERSALIZADA) , a preocupação ética. A liberdade se confunde com o cumprimento do próprio dever, a moralidade lida com a liberdade, com a autonomia, com a interioridade e com a noção de dever pelo dever. Por outro lado, a juridicidade, lida com o conceito de coercitividade, exterioridade e pluralidade de fins da ação, que não os fins próprios de uma deontologia categórica e a priori. O universalismo do imperativo categórico, idéia jurídica: - Formação de uma federação de Estado no plano Internacional. - Evitar a guerra é buscar a paz ( fim último da proposta de todo o Direito e de toda a história). https://pt.scribd.com/document/242346443/Filosofia-Lucas-C-Ferreira-docx
Nietzsche, critica uma das característica que provém do imperativo categórico que é a universalidade. O filósofo do “Martelo” diz que esse imperativo é uma redução da própria individualidade do ser humano e uma aproximação às paixões que diluem o homem ao “rebanho”. Vejamos: “As exigências feitas por Kant para que uma moral fosse inscrita num patamar de universalidade, e portanto fosse legítima, coincidem, para Nietzsche, com os preceitos de uma religião que guarda uma prévia compreensão da natureza do homem e tenta, com um controle total das paixões, homogeneizar os homens. A individualidade é diluída no meio do rebanho” OLIVEIRA, A. O. A Crítica de Nietzsche à Moral Kantiana: Por Uma Moral Mínima. Cadernos Nietzsche n. 27, p.169-189. 2010. “[…] é tempo, finalmente, de substituir a pergunta kantiana, ‘como são possíveis os juízos sintéticos a priori?’ com esta outra: “por que é necessária a crença em tais juízos?” e de compreender que semelhantes juízos devem ser tidos por verdadeiros para a conservação dos seres de nossa espécie; mas isso não impede que “eles também poderiam ser falsos!” OLIVEIRA, A. O. A Crítica de Nietzsche à Moral Kantiana: Por Uma Moral Mínima. http://colunastortas.com.br/2015/05/27/a-moral-em-nietzsche-o-castrado-e-o-espirito-livre/#5