SóProvas



Questões de A Política


ID
154717
Banca
FGV
Órgão
Senado Federal
Ano
2008
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A primeira e mais clara fonte de poder numa organização é a autoridade formal, um tipo de poder legitimado que é respeitado e conhecido por aqueles com quem interage. A legitimidade é uma forma de aprovação social essencial para a estabilidade das relações de poder; ela aparece quando as pessoas reconhecem que alguém tem direito de mandar em alguma área da vida humana e quando aquele que é mandado considera como um dever obedecer. Essa caracterização da legitimidade das relações de poder foi estudada pelo seguinte pensador:

Alternativas
Comentários
  • Max Weber estudou os Três Tipos Puros de Poder Legítimo:
     
    Poder legal ---> em virtude de estatuto. O tipo mais puro é o poder burocrático 

    Poder tradicional  --> em virtude da fé na santidade dos ordenamentos e dos poderes senhoriais desde sempre presentes. O tipo mais puro é a
    dominação patriarcal.
     
    Poder carismático --> mediante a dedicação afectiva à pessoa do senhor e aos seus dons gratuitos (carisma), em especial: capacidades mágicas, revelações ou heroísmo, poder do espírito e do discurso. O eternamente novo, o fora do quotidiano, o nunca acontecido e a sujeição emocional são aqui as fontes da rendição pessoal. Os tipos mais puros são a autoridade do profeta, do herói guerreiro, do grande demagogo.
  • Max Weber desenvolveu um importante trabalho de sociologia política através da sua teoria dos tipos de dominação8 . Dominação é a possibilidade de um determinado grupo se submeter a um determinado mandato. Isso pode acontecer por motivos diversos, como costumes e tradição. Weber define três tipos de dominação que se distinguem pelo caráter da dominação (pessoal ou impessoal) e, principalmente, pela diferença nos fundamentos da legitimidade. São elas: legal, tradicional e carismática.

    • Dominação legal: a obediência está fundamentada na vigência e aceitação da validade intrínseca das normas e seu quadro administrativo é mais bem representado pela burocracia. A ideia principal da dominação legal é que deve existir um estatuto que pode ou criar ou modificar normas, desde que esse processo seja legal e de forma previamente estabelecido. Nessa forma de dominação, o dominado obedece à regra, e não à pessoa em si, independente do pessoal, ele obedece ao dominante que possui tal autoridade devido a uma regra que lhe deu legitimidade para ocupar este posto, ou seja, ele só pode exercer a dominação dentro dos limites pré-estabelecidos. Assim o poder é totalmente impessoal, onde se obedece à regra estatuída e não à administração pessoal. Como exemplo do uso da dominação legal podemos citar o Estado Moderno, o município, uma empresa capitalista privada e qualquer outra organização em que haja uma hierarquia organizada e regulamentada. A forma mais pura de dominação legal é a burocracia9 .
    • Dominação tradicional: Se dá pela crença na santidade de quem dá a ordem e de suas ordenações, sua ordem mais pura se dá pela autoridade patriarcal onde o senhor ordena e os súditos obedecem e na forma administrativa isso se dá pela forma dos servidores. O ordenamento é fixado pela tradição e sua violação seria um afronto à legitimidade da autoridade. Os servidores são totalmente dependentes do senhor e ganham seus cargos seja por privilégios ou concessões feitas pelo senhor, não há um estatuto e o senhor pode agir com livre arbítrio.
    • Dominação carismática: nesta forma de dominação os dominados obedecem a um senhor em virtude do seu carisma ou seja, das qualidades execpcionais que lhe conferem especial poder de mando. A palavra carisma é de inspiração religiosa e, no contexto cristão, lembra os dons conferidos pelo Espírito Santo aos cristãos. A palavra foi reinterpretada em sentido sociológico como dons e carismas do próprio indivíduo e, foi nesta forma que Weber a adotou. Weber considerou o carisma uma força revolucionária na história, pois ele tinha o poder de romper as formas normais de exercício do poder. Por outro lado, a confiança dos dominados no carisma do líder é volúvel e esta forma de dominação tende para a via tradicional ou legal.
  • Max Weber foi o responsável pelo estudo das razões de legitimidade. Segundo esse autor, há três espécies de poder:

    Poder legal: poder encontra legitimidade nas normas e regulamentos. Tipo de poder presente dentro da teoria da burocracia.

    Poder tradicional: poder da tradição, das instituições que perduram no tempo. É o poder que fundamenta, por exemplo, os regimes monárquicos, nos quais o poder é transmitido de forma hereditária.

    Poder Carismático: poder decorrente da admiração pessoal ao líder, dominador. Muito presente nos regimes populistas da América Latina, nos quais os líderes são tidos como indivíduos com capacidades superiores.

    Gabarito: A

  • E eis você aqui, na única questão de Filosofia da FGV aqui no QC!

    Bons estudos!


ID
517642
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor inúmeros versos das peças dos seus grandes autores.
Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes personagens falavam em verso e os demais em prosa. No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso.

esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma forma

Alternativas
Comentários
  • Uma questão muito bem elaborada que exige do candidato um conhecimento básico de história do teatro, que pode ser-lhe proporcionada pelas disciplinas de Literatura, Filosofia, Sociologia e História.
    O teatro é uma invenção grega, sobretudo a tragédia. Surge no contexto do culto ao deus Dionísio, no qual a assembleia dos participantes entoavam hinos celebrando em conjunto com os sacerdotes, as dádivas do deus. Inclusive o termo tragédia vem do grego, tragos, bode – animal de Dionísio – e óde, canto. Literalmente, tragédia seria o auge do culto a Dionísio, na hora sacrifical do animal expiatório, o bode, momento no qual todos elevavam um mesmo canto. Tragédia seria o canto ao bode.
    Assim emerge a tragédia, diante do frenesi de uma assembleia de crentes que louvavam o deus do vinho e do caos, algo inevitável tem que acontecer: a vontade do deus, isto é, o sacrifício expiatório. No teatro propriamente dito, vemos isso na tragédia, na qual um indivíduo tenta lutar com todas as suas forças humanas contra o destino ou moira, mas esse é inevitável. Aqueles que viam tamanha crueldade do destino, ficavam purificados vendo essas cenas (a chamada katársis) e entendendo que na vida existe o absurdo, assim como no culto de alegria a Dionísio existiam o sacrifício expiatório.
    É algo humano: o medo pelo desconhecido ou pelo não claramente explicável. Essa mesma característica vemos no teatro inglês do séc. XVI e XVII: como entender situações humanas, como a dor e o sofrimento nos advindo sem controle nosso? Uma maneira disso ser enraizado na cultura é a participação dos espectadores, quer pelo o canto na teatro grego e na catequização dos autóctones brasileiros no período colonial, quer pelos temas tratados que pela didática, são comuns a todos. Como esses temas são comuns a todos os indivíduos de um determinado grupo social, e esses tem alguma forma de participação pró-ativa nos espetáculos (forma essa que nos chegou pelo culto a Dionísio), causando um purificação ou katársis, ou seja, apreendo o sofrimento pelo sentimento causado pelo espetáculo e assim, ou me isento do sofrimento real, ou me preparo para ele. Tudo é lúdico, nada é superficial, poderíamos aplicar aqui esse trocadilho. Desse modo, consideramos a alternativa:
    (a)    errada, pelas explicações acima e como pela sua formulação: se o teatro é manipulação do povo pelo poder, não é o povo que domina o teatro, logo estaria em desacordo ao aspecto histórico.
    (b)   Correta, pois a diferença entre os períodos do teatro na história está no tema, mas algo comum está presente: todo espectador sabe que o que se representa não é o real, apenas pode ser. Por não ser o real, é lúdico.
    (c)    Errada, pois embora uma forma de entretenimento popular, não tem mera função de distrair, ao contrário, conserva a atenção no tema proposto.
    (d)   Errada, ainda que isso possa acontecer, o povo não deixa de participar pois os temas lhes são pertinentes e o povo, pela função do coro, atua ou é representado e toma parte ativa.
    (e)   Errada, pois o teatro não é substituído pela TV e aqui destacamos um elemento: o teatro exige atividade de quem assiste, a TV, não. É claro que pode haver muita confusão quando uma peça é vista hoje apenas como narrativa de um contexto que pode ou não me dizer respeito – mas isso foge aos dados fornecidos na questão. 
  • Letra B

    Na Antiga Grécia, o teatro tratou de questoes como destino, castigo e justiça...

    ...Shakespeare produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados...

    ...os Índios aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso.


ID
646909
Banca
UFF
Órgão
UFF
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Desde a Idade Moderna, quase todas as sociedades enfrentaram o dilema de optar entre duas concepções distintas e opostas sobre o poder. Dois filósofos ingleses Thomas Hobbes e John Locke foram responsáveis por sintetizarem essas concepções. Segundo Thomas Hobbes, o ser humano em seu estado natural é selvagem e cada um é inimigo do outro; mas, quando o ser humano abre mão de sua própria liberdade e a autoridade plena do Estado é estabelecida, passam a predominar a ordem, a paz e a prosperidade. Para John Locke, o ser humano já é dotado em seu estado natural dos direitos de vida, liberdade e felicidade e, assim, a autoridade do Estado só é legítima quando reconhece e respeita esses direitos e, para que isso se concretize, é necessário limitar os poderes do Estado.

Assinale a alternativa que apresenta as duas concepções políticas associadas, respectivamente, a esses filósofos.

Alternativas
Comentários
  • Se tu sabes que John Locke era liberalista , já mata a questão.


ID
846691
Banca
CEPERJ
Órgão
SEPLAG-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Locke e Rousseau, tratando do contrato social, das funções da civitas e de questões correlatas da relação Estado e Sociedade, dizem que os dois bens mais importantes da humanidade são, para cada um deles, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Sabendo que Locke foi um teórico Liberal, e, portanto, defendia a unhas e dentes a propriedade e a liberdade, já se mata a questão.

     

    Resposta: Letra A.

  • Locke acreditava que o estágio pré-social era uma situação real e pacífica, caraterizada pela mais perfeita liberdade e igualdade entre os indivíduos, que já seriam dotados de razão e desfrutavam da propriedade privada, considerada por Locke um dos direitos naturais do ser humano.

    Os inconvenientes do estado de natureza, no entanto, fizeram com que os indivíduos livremente estabelecessem entre si um contrato social que garantisse seus direitos fundamentais, especialmente o da propriedade privada e a proteção da comunidade frente aos perigos internos e externos.

    Para Locke, a propriedade e a igualdade eram os dois bens mais importantes da humanidade.

    Para Rousseau, o ser humano nasceu livre, porém teria encontrado uma série de obstáculos ao exercício de sua liberdade natural. Ao contrário de Locke, Rousseau acreditava que a propriedade privada teria sido um dos principais motivos de degradação daquela situação inicial de liberdade rumo à desigualdade e desarmonia, motivando assim os indivíduos à realização de um pacto social com o objetivo de estabelecer a liberdade civil. Para Rousseau, os dois bens mais importantes da humanidade são a igualdade e a liberdade.

    Resposta: A


ID
846889
Banca
CEPERJ
Órgão
SEPLAG-RJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“A coisa mais perigosa que há é a influência dos interesses privados nos negócios públicos”. Considerando os grandes pensa- dores que produziram análises clássicas sobre a relação do Estado com a Sociedade, este comentário é de:

Alternativas
Comentários

ID
863179
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A respeito de filosofia política e filosofia da linguagem, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A

    A República é um livro de Platão, portanto questão D anulada.

    Maquiavelismo não tem ligação com Leviatã, questão E anulada.

  • Marx e Engels fizeram uma "adaptação" ao Idealismo de Hegel, dando origem ao materialismo histórico dialético.

    Era critico a Hegel, Marx afirmava que a superação/desenvolvimento na verdade não era sempre positivo, como Hegel propusera, mas sempre negativo.

    Exemplo disso eram os desenvolvimentos dos meios de produção.


ID
899536
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto).
FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado).

O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são

Alternativas
Comentários
  • A discussão sobre a diferença entre ética e moral é uma das grandes temáticas da discussão filosófica sobre o assunto. Não sabemos pelo texto qual distinção é adotada pelo autor, mas podemos aplicar aquelas que sabemos e assim, verificar se serve como corpo teórico para resolução da questão. O texto leva a entender que ética e moral são a mesma coisa, o que o torna confuso. Assim,  é preciso perceber que o autor direciona seu olhar para o problema de que as normas ético-morais são construções humanas, e se feitas pelos homens, esses devem cumpri-las. Todavia, na resposta, é exigido novamente um certo conhecimento sobre a diferença entre ética e moral. Muito resumidamente, vamos aqui eleger que ética seria a discussão filosófica sobre ações humanas particulares numa perspectiva universalizante e que moral seria uma discussão filosófico-histórico-social dos costumes de um povo num determinado período de tempo. Considerando esse elementos, podemos dizer que
     
    A alternativa (a) está errada pois nada há no texto que identifique uma relação da ética com religião (o que não foi historicamente impossível), ainda porque a noção de utopia do texto diz respeito à mentalidade dos brasileiros, exclusivamente.
     
    A alternativa (b) está errada. Em um primeiro momento, podemos pensar que está correta, sobretudo porque nos atemos às ideias de “parâmentros idealizados” e “não cumprimento das obrigações”. E de fato estaria correta se fosse somente sobre a maior parte do texto em si, todavia o início do texto traz uma advertência: trata-se de problema entre ética e moral. Encontra-se nas respostas a linha teórica da questão, que está implícita no texto subsequente: a ética é criação do homem de um modo idealizado ou mental e a moral são as ações particulares.
     
    A alternativa (c) está errada, porque se fossem tão amplas a ponto de serem impossíveis de se executar, na Escandinávia não haveria quem assim se comporta, pois é afirmado no texto que nossos ideais éticos e morais dariam como resultado o comportamento das pessoas de lá, logo que temos os ideais de comportamento deles.
     
    A alternativa (d) está correta, pois a lei é criada pelo homem (para si e para os outros). Se o homem a fez, ele deve segui-la. Isso lembra em certa medida o imperativo categórico kantiano, “age de tal forma que a tua máxima se torne o mais universal possível”- só que aqui as máximas são criadas pelos homens, e nãoa priori.
     
    A alternativa (e) está errada, pois  o autor da questão compara brasileiros e noruegueses, uns não praticam suas leis, outros praticam. O elemento em comum está nas leis, que para ambos teriam sido criadas por seus povos e esses devem segui-las. Se um povo pode, o outro também deve poder. Assim, não haveria sentido em falar aqui em que somente aqueles que se dedicam teriam condições para cumprir a lei. Essa parece ser a lógica do texto. 
  • A questão é péssima; a alternativa "D" não constitui a especificidade das normas morais, e pode referir-se igualmente, ou até mais, às normas jurídicas.

  • Realmente!

  • resposta D poderia facilmente ser confundida com o conceito de Etica

  • é evidente, grande confusão; entre o conceito de ética e moral .

  • Temática clássica das aulas de Filosofia ética no Ensino médio, conceito de Ética e Moral: (Ações e comportamentos).

  • Com relação à reflexão proposta pela questão, primeiramente, temos de saber reconhecer o que é moral a partir do conceito constituído (criado) pela filosofia. Observe que nas últimas avaliações feitas pelo ENEM, os conceitos de moral e ética transitam por todas as questões que tratam dos problemas políticos e sociais comportamentais.

    Vejamos a diferença entre moral e ética:

    Em tese, moral diz respeito ao conjunto de valores, práticas, normas e regras aceitas por um corpo social. Já a ética, diz respeito a ação individual ou coletiva acerca dos padrões morais. Sendo assim, a ética é uma ação critica junto à moral.

    Referente à questão, quando destaca que “o distanciamento entre ‘reconhecer’ e ‘cumprir’ efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano…”, verificamos que mesmo toda uma estrutura de valores comportamentais constituída, ainda há uma “nuvem de fumaça” quando os indivíduos ou grupos sociais questionam ou se questionam dadas as circunstâncias. Parte- se da reflexão de que todos nós somos responsáveis, então, pela organização e manutenção dos padrões morais. Nesta perspectiva, a alternativa D é a mais adequada a este contexto.

  • resumo:

    A alternativa (a) está errada pois nada há no texto que identifique uma relação da ética com religião (o que não foi historicamente impossível), ainda porque a noção de utopia do texto diz respeito à mentalidade dos brasileiros, exclusivamente.

     

    A alternativa (b) está errada. Em um primeiro momento, podemos pensar que está correta, sobretudo porque nos atemos às ideias de “parâmetros idealizados” e “não cumprimento das obrigações”. E de fato estaria correta se fosse somente sobre a maior parte do texto em si, todavia o início do texto traz uma advertência: trata-se de problema entre ética e moral. Encontra-se nas respostas a linha teórica da questão, que está implícita no texto subsequente: a ética é criação do homem de um modo idealizado ou mental e a moral são as ações particulares.

     

    A alternativa (c) está errada, porque se fossem tão amplas a ponto de serem impossíveis de se executar, na Escandinávia não haveria quem assim se comporta, pois é afirmado no texto que nossos ideais éticos e morais dariam como resultado o comportamento das pessoas de lá, logo que temos os ideais de comportamento deles.

     

    A alternativa (d) está correta, pois a lei é criada pelo homem (para si e para os outros). Se o homem a fez, ele deve segui-la. Isso lembra em certa medida o imperativo categórico kantiano, “age de tal forma que a tua máxima se torne o mais universal possível”- só que aqui as máximas são criadas pelos homens, e nãoa priori.

     

    A alternativa (e) está errada, pois o autor da questão compara brasileiros e noruegueses, uns não praticam suas leis, outros praticam. O elemento em comum está nas leis, que para ambos teriam sido criadas por seus povos e esses devem segui-las. Se um povo pode, o outro também deve poder. Assim, não haveria sentido em falar aqui em que somente aqueles que se dedicam teriam condições para cumprir a lei. Essa parece ser a lógica do texto. 

  • Letra D

    Estar sendo abordado o grande paradoxo existente na sociedade brasileira, o fato de todos saberem o que é certo e errado e ainda assim, por vezes, optarem por agir de forma errada. Um outro aspecto importante, e que de certa forma explica o porque desse paradoxo, é que as leis vigentes sao sempre criadas pelos homens e estes tendem a nao fazer o correto.

  • Alternativa "A" está incorreta. A ética é uma reflexão; as normas decorrentes da vontade divina referem-se à moral religiosa.

    Alternativa "B" está incorreta. A ética é o campo da ação, pensar sobre o sentido das regras é ter como horizonte a obrigação de cumprir o que deve ser feito.

    Alternativa "C" está incorreta (vaga). Essa alternativa não está necessariamente errada, mas a seguinte expressa o que está no texto de apoio.

    Alternativa "D" está correta. Essa alternativa explica o que são normas morais e expressa a ideia de que os brasileiros aprovam regras éticas, ou seja, eles as concedem a si mesmos.

    Alternativa "E" está incorreta. A ética e a moral vão além das regras jurídicas.

    Gabarito: D

  • O terraplanismo da Ciência Política brasileira é a ideia de que o atraso do país decorre da corrupção.

    Esse tipo de pauta moral serve a certos interesses e escamoteia graves problemas sociais, a exemplo da inaceitável desigualdade (de gênero, de cor, de estrato social e de tantas outras) que impera no país.


ID
899611
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. A maioria desses estudos diz respeito às crianças — o que é bastante compreensível pela quantidade de tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas possíveis implicações desse comportamento para a socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e a natureza das notícias exibidas na televisão.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.

O texto indica que existe uma significativa produção científica sobre os impactos socioculturais da televisão na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são as mais vulneráveis a essas influências, porque

Alternativas
Comentários
  • As transformações dos meios de comunicação, desde o surgimento da escrita, ou senão antes, sempre foram objetos de temor. Parece que o novo assusta aos costumes pré-estabelecidos. Além de destaque de que tradição é um fator de fixação de um determinado tipo de cultura, temos também que corretamente observar, como cabe ao filósofo da cultura, que efeitos pode realmente causar tais inovações, sobretudo nas crianças. Ora, as crianças são ainda os adultos não formados e assim são a esperança de imortalidade de cada grupo social. Vemos isso também na “República” de Platão, na qual o filósofo coloca como um dos pontos centrais da discussão o tipo de educação a ser recebida pelas crianças e, assim por diante, a toda população. O texto acima ajuda a corroborar essa hipótese e ainda assinala um elemento novo na análise dessa nova conjuntura: a mudança de comportamento social das crianças, sobretudo daquelas que passam longo tempo assistindo televisão. Ora, se as crianças ficam mais em casa sentadas ou deitadas assistindo calmamente por horas programas televisivos isso significa que ela deixar de estar horas de contato com outras crianças e adultos, contato que constitui elemento fundamental de socialização do ser humano.  Sendo assim, podemos dizer que
    A alternativa (a) está errada, porque não só as crianças codificam coisas que assistem na televisão, os adultos inclusive.
    A alternativa (b) está errada porque diz o contrário do texto, que com a televisão aumenta a interatividade entre as crianças.
    A alternativa (c) está correta porque o contato social faz ter ligações com diversas opiniões, enquanto que ao assistir televisão, pode-se correr o risco de se ter uma única opinião devido à carência de contato social.
    A alternativa (d) está errada porque não se pode falar em tolerância e respeito sem alguma forma de interação social, até então dada no texto.
    A alternativa (e) está errada porque nem sempre se tem o controle sobre o que uma criança assiste na televisão.
  • Eu sempre digo, todo tema de redação que já caiu na prova eles dão pistas nas provas de humanas e linguagens, reparem que a questão traz uma ideia de manipulação comportamental, como o tema de reda do ano passado, atrelada ainda aos efeitos que os programas direcionados as crianças mudam o seu comportamento. Além disso, a redação que trouxe essa ideia central foi a Publicidade infantil em questão no Brasil, onde os textos base falavam a mesma ideia dessa questão. Atenção concorrente, pegue essa dica e se atente.

  • Estranho que pra questão da ideologia de gênero eles não adotam essa visão...

  • Não acho que é bem assim Matheus. São 90 questões, em que TODAS trazem citações, textos interpretativos... é muito difícil não relacionar pelo menos um desses textos com o tema da redação e, se tratando de ENEM, que sempre traz uma questão social, aí que é impossível mesmo kkk. Esse tipo de referência existe mais em vestibulares, principalmente os para medicina mesmo. Quem é de Salvador sabe bem que a EBMSP gosta de fazer isso.

  • Letra C

    As crianças sem duvida, sao mais vulneráveis aos programas de televisão, pois ainda nao possuem maturidade para diferenciar o que é bom e o que é ruim, o que é real e o que é fictício. Nesse sentido, podem acabar criando uma visão distorcida do mundo, das pessoas, atrapalhando ou retardando sua socialização.

  • Veja a vídeo aula do professor Guilherme de química, ele explica melhor essa relação questão antiga x tema redação. Não é besteira, o enem é uma prova inteligente. Eles sempre repetem em todas as provas as mesmas temáticas


ID
949483
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A política foi,  inicialmente,  a arte de  impedir as  pessoas de se ocuparem do que lhes diz respeito. Posteriormente, passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo de que nada entendem.
VALÉRY, P. Cadernos. Apud BENEVIDES, M.V. M. A  cidadania ativa.SâoPaulo:Ática,  1996.

Nessa definição, o autor entende que a história da política está dividida em dois momentos principais: um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo, caracterizado por uma democracia incompleta. Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história política?

Alternativas
Comentários
  • Para um interpretação clara da questão, o candidato deve ter uma breve noção da nossa da história do pensamento político, aqui sobretudo entre o antigo e o moderno. O pensamento antigo, que se refere aos gregos inicialmente, possui a característica de entender a política como aquilo que há de comum para todos, no interesse da cidade ou pólis, cidade em grego, daí mesmo deriva o termo política. A política moderna passou por uma grande transformação, segundo a Filósofa Hannah Arendt, pois o privado (aquilo que diz respeito à sobrevivência dos indivíduos) passa a assumir importância social (coletiva) e assim torna-se objeto da política. Podemos, então dizer que a política antiga cuida dos interesses coletivos enquanto coletivos, somente; a política moderna, dos interesses sociais, tanto privados como públicos.  (aconselhamos a leitura de “A condição humana”, de H. Arendt).
    Assim, compreendemos melhor o texto acima na questão: a arte de  impedir as  pessoas de se ocuparem do que lhes diz respeito”, ou seja, da vida privada e do próprio sustento – a política antiga. Já a política moderna seria a arte de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo de que nada entendem”, pois seria a experiência da união entre assuntos públicos e privados, partindo do princípio de que nem todos podem decidir sobre o público porque esse não lhes diz respeito ou que eles tenham interesse sobre o público; o público é então mascarado de social – privado elevado ao estatuto de público.
    Dessa forma, para o autor do texto da questão, a política antiga é excludente porque não permite que assuntos privados sejam tratados como questões de Estado, e a política moderna é incompleta porque não capacita de fato seus cidadãos para o exercício da vida pública e a camuflaria pelo social.
    Desse modo, podemos ver que o ponto comum entre as duas formas de política para o autor do texto:
    Não pode ser a alternativa (a) a correta, pois em nenhum dos casos, houve distribuição do poder, devido ao que ele entende por política antiga.
    Não pode ser a alternativa (b) a correta, pois a política moderna não impede a participação popular, mas vai além, a coíbe a participar, ainda que de um modo equivocado, ou como o texto diz, incompleto.
    A alternativa (c) como correta, pois tanto na política antiga como na moderna, poucos governam. Na primeira, somente aqueles que têm tempo para não se preocuparem com a própria subsistência; na segunda, somente aqueles que tem capacidade para decidir e esses conduzem o povo para política transformando o público em social.
    Não pode ser a alternativa (d) como correta, exceto se não houvesse um comentário do autor da questão (não do texto). Caso esse não existisse tal comentário, poderíamos inferir do texto propriamente dito.
    Não pode ser a alternativa (e) como correta, pois embora a sistematização seja um elemento comum às formas de política e governo derivadas, não é isso que o texto indicado no corpo da questão indica e muito menos – atenção! – o comentário feito pelo autor da questão, que certa forma, modifica a compreensão do texto em si. 
  • Em seu texto P. Valery trata de dois momentos da política. O primeiro demonstra o impedimento da participação das pessoas comuns na tomada de decisões como na monarquia, por exemplo, em que a política era monopolizada nas mãos do rei. Já no segundo, há um crescimento da participação dos indivíduos, mas estes não têm acesso aos assuntos que lhes dizem respeito. Essa característica se dá devido ao tradicional controle de uma minoria na esfera de decisão.

  • Letra C

    ...A arte de impedir as pessoas de se ocuparem com o que lhe diz respeito...

    ...Um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente...

    ...Um segundo, caracterizado por uma democracia incompleta...

  • Letra C

    A questão aborda no trecho a ser interpretado, dois momentos da politica:

    1.Marcado pelo autoritarismo excludente: impedir as pessoas de tratares dos seus interesses.

    2.Caracterizado por uma democracia incompleta: incentivo para as pessoas decidirem sobre o que não compreendem.

    Diante disso, foi possível verificar a resposta:

    Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história politica?

    => O controle das decisões é feito por uma minoria.


ID
949513
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A  ética  precisa  ser  compreendida  como  um empreendimento  coletivo  a  ser  constantemente retomado  e  rediscutido,  porque  é  produto  da  relação interpessoal e social. Aética supõe ainda que cada grupo social  se  organize  sentindo-se  responsável  por  todos  e que crie condições para o exercício de um  pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é também uma questão de educação e  luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética  renovada, que se construa a partir da  natureza dos valores sociais  para organizar também uma nova prática política.
CORDI et al.  Para filosofar. São Paulo: Scipione,  2007  (adaptado)

O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como

Alternativas
Comentários
  • A questão acima é relativamente fácil se considerarmos o senso comum sobre ética, moral e política – tudo fruto de um contrato social para o bem comum. Não vamos discutir filosoficamente isso aqui, mas tomando-o  como pressuposto e o comentário feito pelo elaborador da questão que enfoca a crise ética vivenciada pela humanidade no século XX, não tanto ingenuamente pelas guerras sofridas, mas pelo conhecimento do que aconteceu nessas guerras a outros povos devido a expansão dos meios de comunicação em massa, a começar pelo rádio de uma forma mais popular. Diante disso, uma questão emerge para a filosofia: o que é ética? Como estabelecer um forma de conduta universal e atemporal para ações concretas e temporais? Ora, isso parece impossível, tanto para o autor do texto como para quem efetuou a questão acima. Nessa linha, a única possibilidade de ética e política na contemporaneidade seria a manutenção e revisão dos contratos sociais entre indivíduos e entre sociedades ou agrupamentos humanos. Assim, consideramos a alternativa:
    (a)    como correta, pois valores coletivos são apenas reflexo de um contrato social, que de acordo com o tempo histórico, deve ser repensado e rediscutido.
    (b)   Como errada, pois nada indica a possibilidade de uma natureza humana nos textos e, assim, de uma leia priori para os homens.
    (c)    Como errada, dado que parece não haver uma compreensão hoje clara do que seja a ética como modo de comportamento universal.
    (d)   Como errada, uma vez que enquanto parâmetro a ética é compreendida no séc. XX, não é para manter os interesses privados, mas públicos.
    (e)   Como errada, uma vez que direitos universais implícitos sugere uma natureza humana, o que parece contraditório com o texto acima. 
  • Etica é a parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.

     

    Rousseau e o contrato social

     

    Rousseau diz que a questão colocada era a seguinte: como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade? Segundo ele, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.

     

    Sendo assim, ele percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações humanas e, da mesma, em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes. Por outro lado, em outros momentos, a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos. Dessa forma, nesse contrato social seria preciso definir a questão da igualdade entre todos, do comprometimento entre todos. Se por um lado a vontade individual diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão (daquele que vive em sociedade e tem consciência disso) deveria ser coletiva, deveria haver um interesse no bem comum.

  • estudei que na vdd essa resposta define o conceito de moral, não de ética

  • resolução:

    A questão acima é relativamente fácil se considerarmos o senso comum sobre ética, moral e política – tudo fruto de um contrato social para o bem comum. Não vamos discutir filosoficamente isso aqui, mas tomando-o como pressuposto e o comentário feito pelo elaborador da questão que enfoca a crise ética vivenciada pela humanidade no século XX, não tanto ingenuamente pelas guerras sofridas, mas pelo conhecimento do que aconteceu nessas guerras a outros povos devido a expansão dos meios de comunicação em massa, a começar pelo rádio de uma forma mais popular. Diante disso, uma questão emerge para a filosofia: o que é ética? Como estabelecer um forma de conduta universal e atemporal para ações concretas e temporais? Ora, isso parece impossível, tanto para o autor do texto como para quem efetuou a questão acima. Nessa linha, a única possibilidade de ética e política na contemporaneidade seria a manutenção e revisão dos contratos sociais entre indivíduos e entre sociedades ou agrupamentos humanos. Assim, consideramos a alternativa:

    (a)   como correta, pois valores coletivos são apenas reflexo de um contrato social, que de acordo com o tempo histórico, deve ser repensado e rediscutido.

    (b)  Como errada, pois nada indica a possibilidade de uma natureza humana nos textos e, assim, de uma leia priori para os homens.

    (c)   Como errada, dado que parece não haver uma compreensão hoje clara do que seja a ética como modo de comportamento universal.

    (d)  Como errada, uma vez que enquanto parâmetro a ética é compreendida no séc. XX, não é para manter os interesses privados, mas públicos.

    (e)  Como errada, uma vez que direitos universais implícitos sugere uma natureza humana, o que parece contraditório com o texto acima. 

  • Letra A

    A filosofia classifica ética da seguinte forma:

    Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, cientifica e teórica.


ID
954547
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Em O Príncipe, Maquiavel afirma que

Alternativas
Comentários
  • Para Maquiavel a política moderna e a questão do poder político devem centrar-se no estado, na figura do príncipe, que deve possuir duas qualidades fundamentais, VIRTU, que significa força,energia valor, qualidade de guerreiro, e FORTUNA, que é saber aproveitar a ocasião, pois de nada adianta um príncipe ser virtuoso se não conseguir saber aproveitar as circunstâncias que aparecem na história.

  • CPC/2015. Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:

    (...)

    III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;

    x

    CPP: Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:

           I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;


ID
954550
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Hobbes, o estado de natureza

Alternativas
Comentários
  • Não entendi o erro da letra B

  • —Segundo Hobbes, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Correta Alternativa A

  • A diferença entre a alternativa A e a B. Na A ela esta mais completa, coerente e ''direta'' com sua obra e na letra B ela esta posta de uma maneira mais ''indireta''.

    A) é idêntico ao estado de guerra. (Exposta de uma maneira mais DIRETA com o estado de Natureza de Hobbes)

    B) Implica a liberdade para cada um fazer o que bem lhe aprouver.(Expõe de uma maneira mais INDIRETA o estado de Natureza de Hobbes, mas tem sentido sim)

  • Pra mim, a letra B ta certa tbm.

  • A e B estão corretas. Cabe recurso.


ID
954553
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Locke, a liberdade natural do homem

Alternativas
Comentários
  • Locke  parte do estado de natureza passando pelo contrato até chegar ao governo civil. O estado de natureza de Locke não é de inimizade e guerra como fora para Hobbes. O estado de natureza de Locke os indivíduos estão regulados pela razão, há uma organização pré-social e pré-política onde todos nascem com os direitos naturais: vida. Liberdade e a propriedade privada.

    Sobre a razão natural: "Ensina a todos os homens, que, sendo todos iguais e livres, nenhum deve prejudicar o outro, quanto à vida, à saúde, à liberdade, ao próprio bem". E, para que ninguém empreenda ferir os direitos alheios, a natureza autorizou cada um a proteger e conservar o inocente, reprimindo os que fazem o mal, direito natural de punir.

  • Não consegui perceber o erro da letra B. Ambas ( A e B) parecem dizer a mesma coisa.
  • Gab: A

    Para Locke:

    - Somente a lei da natureza pode ordenar as ações do homem. O homem deve ser regulado pela razão.

    - Direitos naturais::  Vida, liberdade e a propriedade privada.

     


ID
954556
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Rousseau,

Alternativas
Comentários
  • Rousseau iniciou um pensamento que o levaria a concluir que toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular criado pelo homem e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos

  • Segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.

  • Rousseau inicia o discurso fazendo uma distinção das duas desigualdades existentes: a desigualdade natural ou física e a desigualdade moral ou política.

  • Uma está mais certa que a outra

  • Segundo Rousseau ''Se há desigualdades não há liberdade'' 

  • Questão "B"

  • Fico com a D, pois em síntese, a civilização é que impõe essa diferença entre os homens, despertando inveja, ciumes e etc...

  • "Aquele que cantava ou dançava melhor, o mais belo, o mais forte, o mais hábil, ou o mais eloqüente, tornou-se o mais considerado; e este foi o primeiro passo para a desigualdade e ao mesmo tempo para o vício: dessas primeiras preferências nasceram, de um lado, a vaidade e o desprezo e, de outro, a vergonha e a inveja, e a fermentação causada por esses novos germes produziu, por fim, compostos funestos à felicidade e à inocência." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Tal foi ou teve de ser a origem da sociedade e das leis, que propiciaram novos entraves ao fraco e novas forças ao rico, destruíram irremediavelmente a liberdade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma hábil usurpação um direito irrevogável e que, para o proveito de alguns ambiciosos, daí em diante sujeitaram todo o gênero humano ao trabalho, à servidão e à miséria." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Terminarei este capítulo e este livro por uma observação que deverá servir de base a todo o sistema social: o pacto fundamental, em lugar de destruir a igualdade natural, pelo contrário, substitui por uma igualdade moral e legítima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens que, podendo ser desiguais na força ou no gênio, se tornam todos iguais por convenção e de direito." (Rousseau, Do contrato social - Livro I, Capítulo IX).

    Gabarito: LETRA "B"

  • "Aquele que cantava ou dançava melhor, o mais belo, o mais forte, o mais hábil, ou o mais eloqüente, tornou-se o mais considerado; e este foi o primeiro passo para a desigualdade e ao mesmo tempo para o vício: dessas primeiras preferências nasceram, de um lado, a vaidade e o desprezo e, de outro, a vergonha e a inveja, e a fermentação causada por esses novos germes produziu, por fim, compostos funestos à felicidade e à inocência." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Tal foi ou teve de ser a origem da sociedade e das leis, que propiciaram novos entraves ao fraco e novas forças ao rico, destruíram irremediavelmente a liberdade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma hábil usurpação um direito irrevogável e que, para o proveito de alguns ambiciosos, daí em diante sujeitaram todo o gênero humano ao trabalho, à servidão e à miséria." (Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens);

    "Terminarei este capítulo e este livro por uma observação que deverá servir de base a todo o sistema social: o pacto fundamental, em lugar de destruir a igualdade natural, pelo contrário, substitui por uma igualdade moral e legítima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens que, podendo ser desiguais na força ou no gênio, se tornam todos iguais por convenção e de direito." (Rousseau, Do contrato social - Livro I, Capítulo IX).

    Gabarito: LETRA "B"

  • Para Rousseau há dois tipos de desigualdade: uma natural ou física, de onde provém as diferenças de idade, força, tamanho dos corpos, por ex. E a desigualdade moral e política, à qual ele se compromete a estudar chegando à conclusão de que a origem desta é a propriedade privada.


ID
954565
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Em Filosofia do Direito, Hegel afirma que a liberdade

Alternativas
Comentários
  •  

    Consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado).

    Se a razão – como diz Hegel – “é a certeza consciente de ser toda a realidade” e a verdade reside apenas no todo, as partes se tornam racionais à medida que participam do todo de forma consciente. O Estado para Hegel é um todo ético organizado, isto é, o verdadeiro, porque é a unidade da vontade universal e da subjetiva. É, como entende o referido autor, a substância ética por excelência, significando com isso que Estado e a constituição são os representantes da liberdade concreta, efetiva. 

  • “A liberdade concreta consiste em que a individualidade pessoal e seus interesses particulares têm o seu total desenvolvimento e o reconhecimento de seu direito (no sistema da família e da sociedade civil), ao mesmo tempo em que se convertem por si mesmos em interesse geral, que reconhecem com seu saber e sua vontade como seu próprio espírito substancial e tomam como fim último de sua atividade” (Hegel, Filosofia do Direito, § 260).


ID
954568
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Hegel, em Filosofia da História,

Alternativas
Comentários
  • Para Hegel a Razão governa a História .    A simples constatação ou fé de que a Razão governa a História é a motivação da pesquisa de Hegel em sua “Filosofia da História”. E o fim último dessa Razão é a sua realidade concreta, ou seja, o Estado.

    http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-filosofia-historia-astucia-razao-hegel.htm

  • Para Hegel a Razão governa a História e os indivíduos são dotados de uma capacidade de realizar os interesses de suas paixões, aliada ao universal, sendo este o resultado da atividade particular e de sua negação, pode-se questionar como se dá a relação do particular com o universal. 


ID
954571
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Marx, as forças produtivas são

Alternativas

ID
954574
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Marx, a medida do valor é determinada

Alternativas
Comentários
  • VALOR= QUANTIDADE DE TRABALHO HUMANO

  • Questão imprecisa. O tempo socialmente necessário constitui o valor de troca de uma mercadoria, não o valor de uso. Cabe recurso.
  • Em seus textos “Crítica à Economia Política” e “O Capital”, Marx inicia sua análise pela mercadoria, já que “a riqueza da sociedade onde reina o modo de produção capitalista aparece como um ‘monstruoso acúmulo de mercadorias’ e a mercadoria individual como sua forma elementar”. 

    A primeira propriedade dessa forma liga-se a seu caráter de coisa: é objeto exterior, propício a satisfazer necessidades e carências humanas.

    A utilidade constitui o valor de uso, vinculando-se como tal às propriedades físicas do objeto.

    Desse modo, o valor de uso nada tem a ver de imediato com o trabalho humano que pode ter custado, nem com a relação social de produção, permanecendo, por isso, fora das preocupações da economia política.

    No entanto, qualquer que seja a forma social da riqueza, constituirá sempre seu conteúdo material.

    No caso particular do capitalismo, forma a base do valor de troca, segundo a propriedade elementar da mercadoria.

    (...)

    Fonte: (Valor de uso x Valor de troca em relação às mercadorias em Marx (uol.com.br))


ID
954577
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Wittgenstein,

Alternativas
Comentários
  •  b)

    ética e estética são uma e a mesma coisa.

  • Foi muito "Útil" o comentário da Mrtha Aguiar.....!!!!

  • kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • A principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento que cada pessoa ou grupo social tem. O valor de ética está naquilo que ela explica, o fato real daquilo que foi ou é, e não no fato de recomendar uma ação ou uma atitude moral.


ID
954619
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Considerando a doutrina hegeliana, assinale a opção correta.

Alternativas

ID
954622
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Acerca do materialismo dialético, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a)  ERRADA. Apesar de ambos estarem ligados ao trabalho e, por consequência as condições econômicas, quando se trata de sistema capitalista, não é possível confundir o materialismo dialético e o materialismo histórico. O materialismo histórico tem um viés mais ligado a reflexão em que todo o modo de produção da vida material é condicionada a um conjunto da vida social, política e espiritual (isso quer dizer: o passado reflete as condições de vida, atual, do proletariado). Sendo uma forma compreensiva e analitica da história, das lutas e das evoluções econômicas e políticas.  Já o materialismo dialético - está mais preocupado com a forma de mudar está realidade de opressão - é uma tese marxista que introduz um processo dialético a matéria (trabalho). Requerendo mudanças de natureza qualitativa e quantitativa. Reconhecendo o trabalho como aquele que domina e formata consciências.

     

     b)    ERRADA. Esse é o materialismo histórico e não o dialético como pede a questão.

     

     c)   ERRADA. Pelo contrário um dos princípios do materialismo dialético é a CONTRADIÇÃO UNIVERSAL, sendo a realidade formada por forças opostas.

     

     d)  CORRETA - tese (modo de produção), antítese (luta de classes) e a síntese (consciência de classe).

     


ID
954628
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Texto I
O pensamento cientificista contenta-se com a organização da experiência que se dá sobre a base de determinadas atuações sociais, mas o que estas significam para o todo social não se inclui nas categorias da teoria tradicional.


Texto II
A teoria tradicional não se ocupa da gênese social dos problemas, das situações reais nas quais a ciência é usada e dos escopos para os quais é usada.


Texto III
A teoria crítica ultrapassa o subjetivismo e o realismo da concepção positivista, expressão mais acabada da teoria tradicional. O subjetivismo, segundo Horkheimer, apresenta-se nitidamente quando os positivistas conferem preponderância explícita ao método, desprezando os dados em favor de uma estrutura anterior que os enquadraria.


Os Pensadores. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1975, Separata, p. 960 (com adaptações).

Os três fragmentos de texto acima refletem ideias

Alternativas

ID
1072447
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.

A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria

Alternativas
Comentários
  • A animosidade, como uma característica da natureza humana, definiria o homem como mau em seu Estado de Natureza. Imperaria, sem a mediação do Estado, a “guerra de todos contra todos”. Não haveria uma clara distinção entre o sentido conquistador e imperialista dos EUA e da China em relação ao resto do mundo. A vontade de conquistar e dominar é geral e naturalmente humana para Hobbes

  • Hobbes procurou entender como seria a vida humana sem a política, situação a qual chamou "estado de natureza". Em sua interpretação esta situação seria uma guerra de todos contra todos (Bellum omnium contra omnes), pois na ausência de uma comunidade política, todos os indivíduos teriam licença para possuir toda e qualquer coisa, sem limites estabelecidos, mesmo quanto aos frutos de seu próprio trabalho, e não havendo restrições, exerceriam suas paixões e desejos. Esta situação inclui tanto a guerra em particular quanto competição e dificuldades extremas em geral. Sua argumentação acerca da natureza humana como centrada no interesse próprio permanece atual em teoria política.

    fonte: https://www.infoescola.com/biografias/thomas-hobbes/


ID
1125802
Banca
CESGRANRIO
Órgão
FINEP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Aristóteles define duas espécies de justiça: uma relativa à aplicação de penas e estabelecimento de compensações; e outra que cuida da distribuição dos bens e das honras. Essas duas espécies de justiça recebem o nome, respectivamente, de ;

Alternativas
Comentários
  • Gabarito a)

    Por eliminação deu certo.

    Força e Foco!

  • A justiça distributiva é a que se observa na distribuição pela polis, isto é, pelo Estado, de bens, honrarias, cargos, assim como responsabilidades, deveres e impostos (BITTAR, 2010, p. 133). Conforme dito pelo próprio Filósofo, na Ética:

    “Uma das espécies de justiça em sentido estrito e do que é justo na acepção que lhe corresponde, é a que se manifesta na distribuição de funções elevadas de governo, ou de dinheiro, ou das outras coisas que devem ser divididas entre os cidadãos que compartilham dos benefícios outorgados pela constituição da cidade, pois em tais coisas uma pessoa pode ter participação desigual ou igual à de outra pessoa.” (ARISTÓTELES, 1996, p. 197)

    Em suma, a justiça distributiva é um meio termo com quatro termos na relação: dois sujeitos comparados entre si e dois objetos. Será justo, portanto se atingir a finalidade de dar a cada um aquilo que lhe é devido, na medida de seus méritos.

     

      A justiça corretiva se difere da distributiva no sentido de que esta utiliza como critério de justa repartição aos indivíduos os méritos de cada um, enquanto aquela visa o “restabelecimento do equilíbrio rompido entre os particulares: a igualdade aritmética.” (BITTAR, 2010, p. 135).

     

    Conforme os ensinamentos do Filósofo, a justiça corretiva

    “é a que desempenha função corretiva nas relações entre as pessoas. Esta última se subdivide em duas: algumas relações são voluntárias e outras são involuntárias; são voluntárias a venda, a compra, o empréstimo a juros, o penhor, o empréstimo sem juros, o depósito e a locação (estas relações são chamadas voluntárias porque sua origem é voluntária); das involuntárias, algumas são sub-reptícias (como o furto, o adultério, o envenamento, o lenocínio, o desvio de escravos, o assassino  traiçoeiro, o falso testmunho), e outras são violentas, como o assalto, a prisão, o homicídio, o roubo, a mutilação, a injúria e o ultraje.” (ARISTÓTELES, 1996, p. 197).

    A aplicação da justiça corretiva fica ao encargo do juiz (dikastés), que é o mediador de todo o processo. O juiz é considerado para Aristóteles, a personificação da justiça, pois, “ir ao juiz é ir à justiça, porque se quer que o juiz seja como se fosse a própria justiça viva (...) é uma pessoa eqüidistante e, em algumas cidades são chamados de ‘mediadores’, no pressuposto de que, se as pessoas obtêm o meio-termo, elas obtêm o que é justo.” (ARISTÓTELES, 1996, p. 200).

     

    fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9628&revista_caderno=15

     

     

     

  • Meio obvia 

  • Justiça Distributiva

    E na visão estrutural de Aristóteles justiça distributiva se dá pela divisão dos bens e recursos comuns, devendo de acordo com a contribuição de cada ser, em uma escala geométrica de acordo com o respectivo mérito individual.

    A igualdade, pois, a ser observada é proporcional, ou seja, considera-se a situação das pessoas, repartindo-se os benefícios de acordo com o seu mérito, e os encargos proporcionalmente à sua capacidade o resultado deve ter por base o critério individual, assim como na fixação do salário a ser pago ao trabalhador.

    O homem sendo um "animal político" por natureza formou primeiramente a família, base da polis que se origina à priori estruturando posteriormente com sua capacidade de agregação e inter-relação deste incisivamente harmônico da sociedade. A origem, portanto é da essência humana.

    Inserido no direito natural vem também a propriedade, que é de grande relevância, um elemento inerente a agregação do homem. Assim a mácula intrínseca da sociedade aliada com o axioma que são indubitavelmente inseparáveis gerando um ambiente propício para a desigualdade material onde novamente a quantidade faz a diferença entre os componentes residentes em um mesmo ambiente. Reparte-se aos seus membros aquilo que pertence a todos, assegurando-lhes participação eqüitativa no bem comum, conforme o mérito e capacidade de cada um.

    Justiça Comutativa

    No bojo da justiça comutativa "primitivamente, as trocas só podiam ser feitas na exata proporção das necessidades de cada qual", consta ortodoxamente no pensamento aristotélico como sendo uma máxima intransponível elevada como sendo uma lei universal eminentemente deontológica. Na justiça comutativa os escolásticos tipificam pela igualdade das coisas permutadas. Aristóteles encara como "corretiva", pois equipara todas as vantagens e desvantagens de troca entre os homens, tanto voluntária quanto involuntariamente feito.

    Neste contexto, o indivíduo é estritamente colocado perante os demais, destarte a direção do ato isolado não atingiria sua finalística eivando por assim dizer o “sistema” comutativo. Este direcionamento é a essência casuística, onde a lei é a razão sem paixão que guiará os movimentos até sua resolução.

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1613

  • "estabelecimento de compensações"----> REPARADORA

    "distribuição dos bens e das honras"----> DISTRIBUTIVA

  • Tá parecendo questão de criminologia, rs


ID
1179754
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Ora, como os pactos de confiança mútua são inválidos sempre que de qualquer dos lados existe receio de não cumprimento, embora a origem da justiça seja a celebração dos pactos, não pode haver realmente injustiça antes de ser removida a causa desse medo; o que não pode ser feito enquanto os homens se encontram na condição natural de guerra. Portanto, para que as palavras “justo” e “injusto” possam ter lugar, é necessária alguma espécie de poder coercitivo, capaz de obrigar igualmente os homens ao cumprimento de seus pactos, mediante o terror de algum castigo que seja superior ao benefício que esperam tirar do rompimento do pacto, e capaz de fortalecer aquela propriedade que os homens adquirem por contrato mútuo, como recompensa do direito universal a que renunciaram. E não pode haver tal poder antes de erigir-se um Estado”.

(Thomas Hobbes. Leviatã: ou Matéria, Forma e Poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1984)

O Leviatã de Hobbes é um livro clássico de reflexão política. Publicado durante a guerra civil inglesa, em 1651, elabora filosoficamente uma das teorias mais influentes do Contrato Social. O excerto trata da questão da justiça, que, segundo o autor

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra E.

    Hobbes coloca como pressuposto de toda sua teoria o fato de que sem a instituição do estado coercitivo, prevaleceria um ambiente em que todos tem os mesmos direitos, e sendo assim, vigeria o estado de guerra de todos contra todos, não há justiça, somente aquela determinada pelo indivíduo de acordo com sua própria razão. Assim, somente o estado criador de leis pode definir a justiça.

    Bons Estudos!

  • Para Hobbes (1588-1679) o homem possui um direito natural, o de possuir tudo e todos de acordo com suas capacidades. Tal direito, se exercido por todos, levaria os homens às constantes disputas e guerras. Em tal estado de coisas, ninguém poderia pleitear possuir propriedade ou mesmo liberdade se esta pode ser subjugada ou tomada por um outro mais forte. Devido a isso, para conseguir viver em paz e evitar a constante relação de conflito, o homem se organiza a partir de um contrato que determina a cessão de seu direito natural para um poder maior que todos, o Leviatã, figura usada pelo filósofo inglês para representar o Estado moderno. Este Estado será o responsável por fazer com que vigorem os pactos estabelecidos, se respeite a propriedade e estabeleça e defenda as leis naturais estabelecidas. Somente a partir da existência desse poder coercitivo maior do que os indivíduos e igual a todos é que podem ser pensados os sensos de “justo" e “injusto" ou mesmo de propriedade.

    Por isso a resposta é a letra E.
  • Alternativa "A" está incorreta. No Estado de Natureza, ocorre a luta de todos contra todos, que não é justa.

    Alternativa "B" está incorreta. O texto deixa claro que o cumprimento dos pactos que estabelecem o que é justo se dá “mediante o terror".

    Alternativa "C" está incorreta. O que existe no momento da celebração dos pactos é mútua desconfiança.

    Alternativa "D" está incorreta. Hobbes deixa claro que as regras só são respeitadas pela imposição da força.

    Alternativa "E" está correta. Essa alternativa expressa bem a tese de Hobbes no Leviatã, um Estado autoritário e soberano faz cumprir a justiça.

    ESTRATÉGIA

    Gabarito: E


ID
1192639
Banca
UEG
Órgão
UEG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Um dos grandes legados do filósofo grego Aristóteles é a distinção entre o saber teorético e o saber prático, bem como a definição do campo das ações éticas. Sobre a ética, verifica-se o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • todas as ações humanas tendem a um fim, isto é, à realização de um bem específico; mas cada fim particular e cada bem específico estão em relação com um fim último e com um bem supremo, que é a felicidade


ID
1225693
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A palavra política é empregada ora para significar uma atividade específica (o governo), realizada por certo tipo de profissional (o político), ora para significar uma ação coletiva (o movimento estudantil nas ruas, por exemplo) de reivindicação de alguma causa, feita por membros da sociedade e dirigida aos governos ou ao Estado. Afinal, a política é uma profissão entre outras ou é uma ação que todos os indivíduos realizam quando se relacionam com o poder? A política refere-se às atividades de governo ou a toda ação social que tenha como alvo ou como interlocutor o governo ou o Estado?

Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens a seguir.

Com relação à postura do governante diante da ideia de fortuna, Maquiavel afirma que é melhor ser impetuoso que cauteloso, pois o ímpeto é uma virtude política, enquanto a cautela é uma virtude econômica.

Alternativas
Comentários
  • No penúltimo e vital capítulo de O Príncipe, Maquiavel diz que há dois tipos de homem, o cauteloso e o impetuoso. Certas épocas requerem cautela (rispetto), outras, impetuosidade. O ideal seria o homem adaptar-se à conjuntura. Este seria o homem prudente: na época se dizia que "o homem sábio (vir sapiens) dominará os astros", isto é, a fortuna. Maquiavel exorta o príncipe: deve ser plástico, mutável, bom quando possível, mau se necessário, mas, sobretudo, cauteloso ou açodado conforme a ocasião. Se Cesar Borgia perdeu, foi porque não soube mudar quando os tempos assim o exigiram. O problema é que essa plasticidade do príncipe é quase impossível. Daí, um horizonte trágico: por mais que tentemos governar as circunstâncias, podemos perder.

    http://teoriadoestado.blogspot.com.br/2010/08/maquiavel.html

     

     


ID
1225702
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A palavra política é empregada ora para significar uma atividade específica (o governo), realizada por certo tipo de profissional (o político), ora para significar uma ação coletiva (o movimento estudantil nas ruas, por exemplo) de reivindicação de alguma causa, feita por membros da sociedade e dirigida aos governos ou ao Estado. Afinal, a política é uma profissão entre outras ou é uma ação que todos os indivíduos realizam quando se relacionam com o poder? A política refere-se às atividades de governo ou a toda ação social que tenha como alvo ou como interlocutor o governo ou o Estado?

Considerando o texto acima e os múltiplos aspectos que ele suscita, julgue os itens a seguir.

A expressão "os fins justificam os meios", citada textualmente na obra O príncipe, de Maquiavel, indica que a legitimidade de um governo deve ser garantida, mesmo que sejam utilizadas estratégias impopulares, para que, ao fim, sejam garantidos os melhores resultados ao povo. Nesse sentido, a ideia de que é melhor ser temido que ser amado busca garantir que os efeitos do uso da força para o governo sejam constantemente vinculados à soberania do governante, associado fundamentalmente ao poder econômico e religioso.

Alternativas
Comentários
  • A expressão "os fins justificam os meios" não foi "citada expressamente" por Maquiavel, mas ela representa/sintetiza suas ideias.

  • O que torna a afirmativa errada é o último parágrafo.   associado fundamentalmente ao poder econômico e religioso.

  • Maquiavel nunca disse que os fins justificam os meios, ele disse, no Cap. XVIII do Princípe, que os homens são superficiais e tomam atitudes baseados na aparencia. Logo, se voce vence, seus meios são tidos como bons, se voce perde, como maus. Mas Maquiavel só identifica essa característica humana de ser superficial, ele não diz que ela é boa e recomendável.


ID
1225708
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade? 


Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações).

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

De acordo com Thomas Hobbes, o ser humano, no estado de natureza, tem direitos ilimitados, podendo usar sua liberdade como lhe aprouver, sem restrições, o que significa, em termos práticos, que, nesse estado, não é possível garantir a paz ou a segurança.

Alternativas
Comentários
  • No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado.


ID
1225714
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade? 


Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações). 

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

John Locke, que seguia a imagem hobbesiana de natureza humana, entendia que, no estado de natureza, os seres humanos são todos violentos e egoístas, agindo como juízes em causa própria, em função de sua liberdade radical. Segundo Locke, esta não é prejudicada, mesmo na vigência do contrato social, e deveria ser utilizada pelo povo de modo a limitar o poder do Estado, fiscalizando-o.

Alternativas
Comentários
  • Diferente de Hobbes, Locke concebe que a sociedade política como meio de assegurar os direitos naturais - a liberdade e a propriedade - e não como o resultado de uma transferência dos direitos dos indivíduos para o governante. 

  • Para Locke, o homem não é mal nem bom, ele é neutro, mas com certa tendência de ser bom em natureza. 

    Para Locke, no estado de natureza , há três direitos chamados de Naturais. 1- à vida, 2- à propriedade privada, 3- à punição.

    Esses Direitos não são criados pelo homem, mas são frutos do estado de natureza. Então por que criar um Estado se o homem é bom ?

    Justalmente porque no estado de natureza há a ausência de Leis..

  • Locke acreditava que o estágio pré-social era uma situação real e pacífica, caraterizada pela mais perfeita liberdade e igualdade entre os indivíduos, que já seriam dotados de razão e desfrutavam da propriedade privada, considerada por Locke um dos direitos naturais do ser humano.

    Resposta: E


ID
1225717
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade? 


Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações). 

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

John Locke, um dos primeiros teóricos do liberalismo, concebia a propriedade privada como um direito natural, portanto, de acordo com o seu pensamento, o papel do Estado deveria ser o de garantir essa propriedade, assim como a liberdade e a vida.

Alternativas
Comentários
  • CERTO. Um bom resumo da perspectiva de Locke.


ID
1225720
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É possível entender a política como luta pelo poder, isto é, a conquista, manutenção e expansão do poder, ou refletir sobre as instituições políticas por meio das quais o poder é exercido. Pode-se também indagar sobre a origem, a natureza e a significação do poder. Esse último aspecto sugere questões, tais como: Qual o fundamento do poder? Qual sua legitimidade? É necessário que alguns mandem e outros obedeçam? O que torna viável o poder de um sobre o outro? Qual o critério de autoridade?

 
Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins.Filosofando. Introdução à filosofia. São Paulo: EditoraModerna, 2009, p. 267 (com adaptações). 

Com base no trecho acima e no contexto de discussão da filosofia moderna, julgue os itens de 75 a 80.

Para Rousseau, o estado de natureza é definido pela propriedade privada, visto que esta leva os indivíduos a se tornarem livres para trabalhar em suas terras e a produzir aquilo de que necessitam para viver, evitando-se assim guerra ou egoísmo. Essa percepção faz que Rousseau sustente que, no estado natural, os seres humanos são todos bons e solidários e que a função do contrato social é fundar a sociedade e o Estado capazes de proteger o caráter bom do estado de natureza.

Alternativas
Comentários
  •  Rousseau sustente que, no estado natural, os seres humanos são todos bons e solidários e que a função do contrato social é fundar a sociedade e o Estado capazes de proteger o caráter bom do estado de natureza.

  • Para Rousseau no momento em que  surgiu a propriedade privada e uns passaram a trabalhar para outros, gerando escravidão e miséria o Estado de Natureza sadio se corrompeu.

  • A segunda parte ta correta, a primeira ta errada!
  • Para Rousseau, o ser humano nasceu livre, porém teria encontrado uma série de obstáculos ao exercício de sua liberdade natural. Ao contrário de Locke, Rousseau acreditava que a propriedade privada teria sido um dos principais motivos de degradação daquela situação inicial de liberdade rumo à desigualdade e desarmonia, motivando assim os indivíduos à realização de um pacto social com o objetivo de estabelecer a liberdade civil.

    Resposta: E


ID
1225723
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Ainda com relação às discussões modernas da filosofia política, julgue os itens seguintes.

Na perspectiva de Marx, a ideologia é o conjunto de falsas representações da realidade que ocultam as dinâmicas de expropriação e exploração e, também, o fenômeno da alienação dos indivíduos em função do trabalho.

Alternativas
Comentários
  • Para alguns, como Karl Marx, a ideologia age mascarando a realidade.

    Fonte: Wikipédia - Ideologia

    Gabarito: CERTO

  • Gab. C


ID
1225726
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Ainda com relação às discussões modernas da filosofia política, julgue os itens seguintes.

Para Marx, o Estado busca, apesar da sua ideologia, promover o bem comum, incentivando a superação das contradições da sociedade civil, embora ele deva ser destruído para a destituição do poder da burguesia.

Alternativas
Comentários
  • Errado

    Durante muito tempo, argumentou-se que a finalidade do Estado seria a de promover o “bem comum” de toda a sociedade. Entre os séculos XVIII e XIX, o filósofo alemão George Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) sugeriu que o Estado seria uma criação racional, representando a “coletividade social”.
    Essas concepções, entretanto, foram rejeitadas pelos pensadores alemães Karl Marx e Friedrich Engels. Para eles, o Estado é, na verdade, um instrumento que serve aos interesses da classe dominante em qualquer sociedade. http://www.buscaescolar.com/sociologia/marx-e-o-estado/

  • Errado

    Para Marx o Estado age de forma a manter o status quo, a ordem de desigualdade e a opressão da classe dominante sobre os dominados.


ID
1225729
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Ainda com relação às discussões modernas da filosofia política, julgue os itens seguintes.

Com referência ao ideário liberal, representado por Locke e Rousseau, Hegel defende a ideia de que o Estado tem precedência sobre o indivíduo e que este é parte de um todo, de modo que o indivíduo só adquire sua própria individualidade em função do coletivo do Estado.

Alternativas

ID
1225732
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Ainda com relação às discussões modernas da filosofia política, julgue os itens seguintes.

Apesar de criticar as perspectivas liberais contratualistas, Hegel explica, com a utilização da dialética do senhor e do escravo, o trajeto histórico da consciência-de-si que, percorrendo a dominação e o reconhecimento, corresponderia ao estado de natureza teorizado pelos contratualistas.

Alternativas
Comentários
  • O Estado não é a simples soma de muitos indivíduos, não é formado a partir da vontade dos indivíduos, nem é fruto de um contrato, como pensavam os contratualistas.

    O Estado é concebido como fundador da sociedade civil, é a manifestação do Espírito objetivo em seu desenvolvimento, uma esfera que concilia  a universalidade humana com interesses particulares dos indivíduos da sociedade civil. Sendo uma manifestação da razão, o Estado possui uma universidade que está acima da soma dos interesses individuais.

    A dialética do Senhor e do escravo, não está associado à questão da gênese do Estado. Na verdade é a relação entre o Senhor e o escravo. O primeiro aparentemente parece está livre, mas é depende de uma situação que não consegue se libertar. É um "parasita do escravo".

    O escravo mesmo forçado a trabalhar, a partir desse torna-se livre, realiza-se e não se prende apenas a uma figura. Fudamenta-se juridicamente, nas leis e dentro de si. 

  • Para os contratualistas, "o Estado surge como oposição à natureza, como algo imposto do exterior. É esta oposição que Hegel quer superar, através da idéia da totalidade orgânica, o fundamento ontológico do indivíduo, aquilo que une a particularidade da natureza e a universalidade do espírito".

    Fonte: www2. dbd. puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0210264_04_cap_03.pdf

    Gabarito: ERRADO


ID
1225804
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento?

John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.

De acordo com Locke, não existe conhecimento humano seguro.

Alternativas
Comentários
  • pmal cfo 2021

  • pmal cfo 2021

  • Locke diz existir dois tipos de conhecimentos:

    1. Conhecimentos provenientes da experiência sensível: estes constituem apenas opiniões e crenças acerca do mundo natural. Não podemos ter um saber seguro do mundo natural.
    2. Conhecimentos demonstrativos ou dedutivos: provenientes do exercício da reflexão, quando encontramos relações entre nossas ideias, compreendendo o exercício da nossa própria mente, então geramos conhecimentos demonstrativos como a geometria. Estes são seguros e definitivos.

ID
1225807
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento?

John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano 

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.

A noção de ideia é um importante conceito para a filosofia de John Locke.

Alternativas
Comentários
  • Podemos errar essa questão uma vez que John Locke utiliza o termo ideia, também empregado por Descartes em seu racionalismo, mas com conceptualização diferente. Para Locke ideia se refere às representações em nossa mente fruto das experiências empíricas.


ID
1225810
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEE-AL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? 

John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano 

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os seguintes itens, acerca da filosofia de John Locke.

Segundo Locke, não existe nada na mente humana que possa, de algum modo, conduzir ou auxiliar a produção de conhecimento.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Locke o conhecimento é adquirido, primeiro, pela experiência sensorial - a partir dos nossos sentidos conhecemos as coisas. 

    E a reflexão que após a experiência com o mundo empírico, pensamos, refletimos, duvidamos, cremos...

  • Em seu Ensaio sobre o entendimento humano, Locke faz uma espécie de mapeamento de como em nossa mente se produzem as ideias. As ideias derivam das sensações. Não existe pensamento puro sobre conceitos meramente inteligíveis, mas pensar é sempre pensar em algo recebido pelas sensações impresso em nossa mente. A experiência nada mais é do que a observação tanto dos objetos externos como das operações internas da mente. Pensamento não é formal, mas sim uma síntese entre forma e conteúdo derivados da experiência e limitados a esta. A experiência pode ser de dois tipos:

    1. Externa, da qual derivam as ideias simples de sensação (extensão, figura e movimento, etc.);

    2. Interna, da qual derivam as ideias simples de reflexão (dor, prazer, etc.).

    Dessa forma, Locke chama de qualidade o poder que as coisas têm de produzir as ideias em nós e distingue entre:

    • Qualidades primárias – são as qualidades reais dos corpos das quais as ideias correspondentes são cópias exatas;
    • Qualidades secundárias – são as possíveis combinações de ideias, sendo em parte subjetiva, de modo que as ideias delas não correspondam exatamente aos objetos (cor, sabor, odor, etc.).

    A mente, segundo Locke, tem tanto o poder de operar combinações entre as ideias simples formando ideias complexas, como o de separar as ideias umas das outras formando ideias gerais.

    São três os tipos de ideias complexas:

    1. Ideias de modo, que são afecções da substância;

    2. Ideias de substância, nascidas do costume de se supor um substrato em que subsistem algumas ideias simples, e

    3. Ideias de relações, que surgem do confronto que o intelecto institui entre as ideias.

    Locke admite também a ideia geral de substância, obtida por abstração e não nega a existência de substâncias, mas sim a capacidade humana de ter ideias claras e distintas. Conforme Locke, a essência real seria a estrutura das coisas, mas nós conhecemos apenas a essência nominal, que consiste no conjunto de qualidades que deve ter para ser chamada com determinado nome. Assim, a abstração (que nos antigos era o meio pelo qual se alcançava a essência do ser) torna-se, em Locke, uma parcialização de outras ideias complexas: o geral e o universal não pertencem à existência das coisas, mas são invenções do próprio intelecto que se referem apenas aos sinais das coisas, sejam palavras ou ideias.

    O conhecimento, então, consiste na percepção da conexão ou acordo (ou do desacordo e do contraste) entre nossas ideias


ID
1353829
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a

Alternativas
Comentários
  • Segundo Galileu Galilei, a matemática é a linguagem da física, ou seja, a física necessita da matemática para possa se concretizar e apreciar verdadeiramente os conceitos físicos, ou seja, a física não anda sem a matemática. Francis Bacon diz que à medida que a física evolui ela necessita de um auxílio, uma ferramenta para que possa concretizar as teorias e conceitos envolvidos nas evoluções, e nesse sentido a matemática tem sempre uma ferramenta pronta e disponível. 

    Ao longo de toda história da física, muitos dos cientistas que contribuíram para a descoberta e evolução de conhecimentos eram matemáticos, alguns deles chegaram a criar ferramentas matemáticas para os que necessitavam descrever a ocorrência de fenômenos. Isaac Newton foi um desses cientistas. Ele criou, por exemplo, o cálculo diferencial, de modo a descrever os movimentos que os corpos realizavam. 

    Na matemática está contida milhares de ferramentas que possibilitam à física entender e descrever fenômenos que ocorrem diariamente ao nosso redor como, por exemplo, a movimentação dos corpos. Física e matemática são ciências que estão ligadas fortemente uma na outra e não vivem isoladamente, ou seja, separadas, necessitando uma da outra para descobrir e explicar os muitos fenômenos que ocorrem na natureza.

  • Galileu, a partir de seus estudos astronômicos e físicos, defendia o heliocentrismo que ia de encontro com a filosofia medieval.

    ALTERNATIVA C

  • Letra C

    Defender Galileu significava ir contra as ideias da Igreja


ID
1473451
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

                        Sinto no meu corpo
                        A dor que angustia
                        A lei ao meu redor
                        A lei que eu não queria

                        Estado violência
                        Estado hipocrisia
                        A lei que não é minha
                        A lei que eu não queria

(“Estado Violência”, Charles Gavin, em Titãs, Cabeça Dinossauro, WEA, 1989.)

A letra dessa música, gravada pelos Titãs,

Alternativas
Comentários

ID
1473454
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.

(John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)

O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    O empirismo afirma que o conhecimento não é inato, as ideias não são inatas, mas que todo conhecimento vem da experiência, convivência.

  • As alternativas bc e d estão incorretas.  Em b o erro está ao afirmar que o empirismo nega a possibilidade de obtenção do conhecimento (para o empirismo o conhecimento é adquirido através da experiência). Já o modelo cartesiano se caracteriza pela defesa às ideias natas (item C errado). Em D há uma alusão ao inatismo (racionalismo), posição teórica oposta ao empirismo.
    Resp.: A

  • GABARITO: LETRA A

     

    Empirismo é uma teoria criada dentro da filosofia para afirmar a essência sensorial como parte do conhecimento. Os empiristas utilizam como argumento as tradições/costumes que surgem baseados nas relações de experiências sensoriais anteriores. Na filosofia, é a ciência que enfatiza evidências - principalmente pelo fato de se basear em experiências. 

     

    É considerada uma parte fundamental do método científico porque considera que todas as hipóteses e teorias devem ser testadas em oposição às observações do mundo atual. Apesar de sensorial, o empirismo atua além do raciocínio à priori, da intuição ou da revelação.

     

    John Locke, considerado o 'pai' desta filosofia, explicitou em seu livro Ensaio sobre o Entendimento Humano, que a mente do homem pode se assemelhar a uma tabula rasa, onde ideias vão sendo gravadas por meio da experiência - e, então, o homem passa a formar sua opinião.

     

    Eis os filósofos associados ao empirismo:

    - Aristóteles;
    - Alhazen;
    - Avicena;
    - Ibn Tufail;
    - Robert Grosseteste;
    - Guilherme de Ockham;
    - Francis Bacon;
    - Thomas Hobbes;
    - Robert Boyle
    - John Locke
    - George Berkeley
    - Hermann von Helmholtz
    - David Hume
    - Leopold von Ranke
    - John Stuart Mill
    - Nicolau Maquiavel.

     

    FONTE: http://www.afilosofia.com.br/post/empirismo/593


ID
1474450
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Numa decisão para lá de polêmica, o juiz federal Eu- gênio Rosa de Araújo, da 17.ª Vara Federal do Rio, indeferiu pedido do Ministério Público para que fossem retirados da rede vídeos tidos como ofensivos à umbanda e ao candomblé. No despacho, o magistrado afirmou que esses sistemas de crenças “não contêm os traços necessários de uma religião" por não terem um texto-base, uma estrutura hierárquica nem “um Deus a ser venerado". Para mim, esse é um belo caso de conclusão certa pelas razões erradas. Creio que o juiz agiu bem ao não censurar os filmes, mas meteu os pés pelas mãos ao justificar a decisão. Ao contrário do Ministério Público, não penso que vreligiões devam ser imunes à crítica. Se algum evangélico julga que o candomblé está associado ao diabo, deve ter a liberdade de dizê-lo. Como não podemos nem sequer estabelecer se Deus e o demônio existem, o mais lógico é que prevaleça a liberdade de dizer qualquer coisa.

                                                            (Hélio Schwartsman. “O candomblé e o tinhoso". Folha de S.Paulo, 20.05.2014. Adaptado.)

O núcleo filosófico da argumentação do autor do texto é de natureza

Alternativas
Comentários
  • O autor refere-se à liberdade de expressão. GAB A.

  • O autor refere-se à liberdade de expressão. GAB A.


ID
1583113
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.

O Positivismo Lógico é uma escola de pensamento que tem suas origens no Iluminismo francês.

Alternativas

ID
1583125
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Marque C, se a proposição é certo;  E, se a proposição é errado.

Um raciocínio dialético é falacioso, pois prova, também, proposições contraditórias.

Alternativas

ID
1583200
Banca
UFBA
Órgão
UFBA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Depois, examinando com atenção o que eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo algum e que não havia qualquer mundo, ou qualquer lugar onde eu existisse, mas que nem por isso podia supor que não existia; e que, ao contrário, pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas..., compreendi que era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material. De sorte que esse eu, isto é, a alma, pela qual sou o que sou, é inteiramente distinto do corpo e, mesmo, que é mais simples de conhecer do que ele; e ainda que ele nada fosse, ela não deixaria de ser tudo o que é. (DESCARTES. In: REZENDE, 2005, p. 107).


A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre o pensamento de René Descartes, é correto afirmar:


Descartes considera que a alma é uma entidade localizada espacialmente no corpo, possuindo, essencialmente, o atributo da extensão.

Alternativas
Comentários
  • Descartes demonstra a superioridade da alma em relação ao corpo, devido ao uso da razão, mas isto não significa que o corpo deva ser desprezado, pois, sem ele, a alma não teria motivo de existir, ela apenas tem sentido unida ao corpo.


ID
1586035
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas roupas de peles, a enfeitar-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com várias cores, a aperfeiçoar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de música – em uma palavra: enquanto só se dedicaram a obras que um único homem podia criar, e a artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de um comércio independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro, desde que se percebeu ser útil a um só contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com o suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem com as colheitas".

(J. J. Rousseau. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo, Abril Cultural, 1978)

A partir da análise do texto, assinale a alternativa correta.


Alternativas
Comentários
  • O gabarito do site está errado a resposta correta é a letra D.
  • Resposta é D, pois o próprio texto afirma que -desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro...-DESAPERECEU a igualdade, introduziu-se a propriedade-. 

  • ufa, pensei meu deus perdi uma questão dessa hahaha

     


ID
1586878
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

No século XVIII, vários filósofos europeus refletiram sobre o fundamento do poder dos reis e da aristocracia. Entre eles, se destaca Jean-Jacques Rousseau, para quem a organização social deveria abolir as leis que estabeleciam privilégios para alguns em detrimento de outros, uma vez que todos os homens, segundo ele, nasciam naturalmente iguais. Considerando as concepções políticas de Rousseau, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Partindo da teoria do Bom selvagem de Rosseau , os seres humanos , em seu estado de natureza, ou seja, o estado que tende à solidão , nascem iguais e livres , a partir do momento que ele entra no Estado Social ( socialização), tem de aparentar ser e não simplesmente ser; tornando-se, assim, um escravo das necessidades artificiais que o próprio convívio social criou.

    Daí parte a famosa frase : '' O Homem é Bom mas a Sociedade o Corrompe''

    Então, ao tentar tornar um ser social, o ser humano deixa seu estado de natureza, onde é bom, e virá mau.

    LETRA C

    APMBB


ID
1587124
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Jean-Jacques Rousseau publicou em 1755 o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Em dedicatória aos governantes de Genebra, afirma: 


      Eu quisera nascer num país em que o soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse, a fim de que todos os movimentos da máquina tendessem sempre unicamente à felicidade comum; como isso só poderia ser feito se o povo e o soberano fossem a mesma pessoa, resulta que eu quisera nascer sob um governo democrático, sabiamente moderado.

      Eu quisera viver e morrer livre, isto é, de tal modo submetido às leis que nem eu nem ninguém pudesse sacudir o honroso jugo, esse jugo salutar e doce, que as cabeças mais altivas carregam tanto mais docilmente quanto são feitas para não carregar nenhum outro.

      Eu quisera, pois, que ninguém, no Estado, pudesse dizer-se acima da lei, e que ninguém, fora dele, pudesse impor alguma que o Estado fosse obrigado a reconhecer; de fato, qualquer que possa ser a constituição de um governo, se neste se encontra um só homem que não esteja submetido à lei, todos os outros ficam necessariamente à discrição deste último (...)

                                                                                                          (www.culturabrasil.org)

Com base no trecho, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Jean Jacques Rousseau ao ser questionado se teria como não existir mais desigualdade no mundo, ele afirmou: Não! Porém, far-se-á necessário que haja uma boa educação para as crianças para que não sejam corrompidas pelo Estado. E a única maneria para que haja paz, seria por meio de um contrato social, onde a vontade da maioria seria a vontade de todos.


    Gab.: C

  • Eu quisera nascer num país em que o soberano e o povo só pudessem ter um único e mesmo interesse...

    Gab C) a liberdade só poderá ser efetivada pela obediência a leis comuns, que se apliquem indistintamente a todos os homens.


ID
1607563
Banca
UFMT
Órgão
DETRAN-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A dimensão referente aos sentimentos e emoções provocados no trânsito, como estresse, agressividade e impaciência, pode ser entendida a partir da análise do dilema do trânsito, onde se constitui uma contradição entre a concepção de rua como um espaço construído para todos e indivíduos com uma mentalidade marcada pela hierarquia aristocrática. Além disso, há no Brasil uma crença compartilhada por condutores de veículos, motociclistas e pedestres: a de que os problemas do trânsito estão relacionados a fatores externos - ausência de estrutura física adequada de funcionamento das vias públicas. A partir disso pode-se destacar a falta de conscientização em relação aos direitos e, principalmente, aos deveres de cada um ao sair de casa.


(PITANGA, C. V. Fé em Deus e pé na tábua: ou como e por que o trânsito enlouquece no Brasil. Horiz. antropol., Porto Alegre, v. 18, n. 37, June 201. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arte&pid=S0104-71832012000100021&Ing=en&nrm=iso>. Acesso em 18/01/2015.)


Depreende-se da leitura do texto que os problemas do trânsito no Brasil, além de aspectos relacionados à engenharia de trânsito (fatores externos), dizem respeito também a outros fatores. Em relação a esses fatores, considere:


I - Civilidade e respeito às leis.


II - Igualdade de todos perante a lei.


III - Convivência no espaço público e social.


Integram esses outros fatores:

Alternativas

ID
1611172
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

                                                                            FILOSOFIA
Leia o fragmento a seguir, extraído do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau:

“É do homem que devo falar, e a questão que examino me indica que vou falar a homens, pois não se propõem questões semelhantes quando se teme honrar a verdade. Defenderei, pois, com confiança a causa da humanidade perante os sábios que a isso me convidam e não ficarei descontente comigo mesmo se me tornar digno de meu assunto e de meus juízes”.

(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.159.)

A partir da teoria contratualista de Rousseau, assinale a alternativa que representa aquilo que o filósofo de Genebra pretende defender na obra.       

Alternativas

ID
1623700
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

São obras de Nicolau Maquiavel:

Alternativas
Comentários
  • ele escreveu suas obras mais conhecidas: O Príncipe[nota 3] e os Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio (1512-1517). 

    ITEM D


ID
1623712
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Da concepção de Thomas Hobbes acerca do estado de natureza, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  •  

    No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza ondeo homem é o lobo do próprio homem, pois possuem um poder de violência ilimitado. (Minhas anotações Rs)

  • O homem não é mau por natureza, que fique claro. Ele apenas possui um desejo de perpetuar a vida. Entretanto, seu maior medo é, consequentemente, a morte. Devido a isso, o homem se antecipa e ataca a outrem para proteger esse seu direito; o outrem, no entanto, pensa do mesmo jeito, gerando um ciclo de guerra de todos contra todos.

  • Desculpa minha ignorância,mas não consegui entender qual alternativa é,tô em dúvida se acertei ou errei

  • Gab: A

    Resuminho sobre os três principais autores do contrato social:

    Thomas Hobbes:

    Natureza humana primitiva Ser humano egoísta: “o homem é lobo do próprio homem”;

    Estado de natureza- A guerra de todos contra todos;

    Contrato Social- Renúncia dos direitos individuais ao Estado em nome da paz civil;

    Propriedade privada- A propriedade pertence ao Soberano, mas concedida seu usufruto até o limite que o Estado determinasse.

    Deposição de governos- Possível se falhasse em garantir a paz civil;

    Tipos de regimes políticos- Monarquia, aristocracia, democracia;

    Regime político preferido- Indiferente, mas absolutista dentro de um Estado de Direito;

    Principal obra- O Leviatã (1651)

    John Locke: 

    Natureza humana primitiva Tábula rasa: ser humano nem é bom ou mal.

    Estado de natureza- Insegurança generalizada

    Contrato Social-  Renúncia parcial dos direitos individuais para o Estado atuar em serviço dos cidadãos.

    Propriedade privada-  Um direito natural.

    Deposição de governos- Possível se falhasse em garantir os direitos naturais.

    Tipos de regimes políticos-  Democracia, oligarquia, monarquia, Commonwealth

    Regime político preferido-  Democracia representativa (Commonwealth) com limitações de poderes.

    Principal obra-  Segundo Tratado sobre o Governo (1689)

     

    Jean-Jacques Rousseau:

    Natureza humana primitiva O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe;

    Estado de natureza- Individualismo improdutivo.

    Contrato Social-  Transferência dos poderes individuais para a vontade geral em contrapartida do benefício comum.

    Propriedade privada- Apropriação indevida, mas reconhecida socialmente.

    Deposição de governos- Permitido se violasse a vontade geral.

    Tipos de regimes políticos- Monarquia, aristocracia, democracia

    Regime político preferido- Democracia direta se o Estado for pequeno

    Principal obra- Sobre o Contrato Social (1762)

  •  

     03 expoentes da teria do JUSNATURALISMO CONTRATUAL (ao lado, suas palavras-chaves)

    HOBBES: garantir a SEGURANÇA

    LOCKE: garantir a PROPRIEDADE

    ROUSSEAU: garantir a LIBERDADE

     

    Todos eles entendem que o contrato é necessário e que o Estado é fruto de um pacto (contrato) que a sociedade faz. Mas eles justificam essa necessidade por motivos diferentes:

     

    1) HOBBES: na noção de igualdade material + perspectiva agressiva e egoísta do estado de natureza do homem = para conter essa agressividade = necessidade de um ESTADO ABSOLUTISTA.

    2) LOCKE: a noção de igualdade + estado natural do homem POLÍTICO + ESTADO LIBERAL.

     

    3) ROUSSEAU: noção de igualdade + perspectiva romântica do estado de natureza do homem + ESTADO SOCIAL (porque, ao contrário do LOCKE, Rousseau entende que o mal da sociedade veio com a ideia de propriedade - como uma fraude e que, não é o homem que precisa servir ao ESTADO LIBERAL, mas sim o ESTADO SOCIAL que deve servir ao homem) = BEM COMUM.

     

     

     

    DESTAQUE PARA THOMAS HOBBES

    Para Hobbes, o estado soberano é ABSOLUTISTA (estado forte que interfere na esfera privada) . Para Hobbes, é um Estado de liberdade irrestrita e de guerra, no qual os homens lesam, invadem, usurpam e prejudicam uns aos outros (não há controle racional do homem, nem estado idílico e bucólico de pleno deleite do estado de natureza) – homo homini lúpus = o homem é o lobo do próprio homem.

    Desse modo, Thomas Hobbes sustenta a necessidade de um pacto social para a preservação da paz e harmonia entre os homens, sob a autoridade de um soberano que está acima de todos. O Estado é criado a parti desse acordo de vontades (pacto), de forma que se inicia a vida civil (abolição da guerra e da impunidade) – o poder do soberano provém de um contrato entre os homens. O Estado fundamenta-se na razão e no poder soberano.

    Para Hobbes, apesar das leis da natureza, é necessário um poder que mantenha a SEGURANÇA. Resulta daí, para ele, a necessidade de que as leis naturais sejam concretizadas por meio do soberano, no Estado (Se quiser conservar sua vida, sua segurança, o homem precisa abdicar da sua liberdade em favor do soberano, que deve ter poder suficiente para manter a ordem social).

     

    a) CONTRATUALISTA na medida em que justifica o poder soberano no contrato social

    b) ILUMINISTA quando busca uma explicação racional negando a fundamentação metafísica do poder divino.

    c) JUSNATURALISTA ao afirmar que a força do Estado existe para proteger a vida em sociedade, que seria impossível no estado de natureza.

     

    Trata se de uma teoria que não serve ao ideal constitucionalista, mas sim ao antigo regime absolutista já que não propõe a limitação do poder Ao contrário, propõe o FORTALECIMENTO DA AUTORIDADE SOBERANA.

     

    CURSO PROF RICARDO MELO JUNIOR/DIREITO ECONÔMICO/GRANCURSOS


ID
1623715
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Ao distinguir as diversas formas de governo, Rousseau (2012, p. 79) afirma que o “[...] Soberano pode, em primeiro lugar, confiar o Governo a todo o povo ou à maior parte do povo,de modo que haja mais cidadãos magistrados do que simples cidadãos individuais”.

Dessa citação de O Contrato Social, é correto afirmar que ela se refere à:

Alternativas
Comentários
  • Rousseau = democracia 

  • As ideias de Rousseau são consideradas fundamentos da democracia;

  • Para Rousseau, a única maneira de conciliar liberdade e igualdade com um governo é através da democracia. A razão para isso é a seguinte. Um governo em que todas as pessoas governam há igualdade. Uma cabeça, um voto é uma fórmula que expressa isso. Quer dizer, ao contrário de uma monarquia, em que apenas uma pessoa governa e todas as demais devem obedecer, numa democracia todas as pessoas governam, todas têm o mesmo poder político.

    Fonte: https://filosofianaescola.com/politica/a-democracia-para-rousseau/

  • Para Rousseau, os dois bens mais importantes da humanidade são a igualdade e a liberdade. O autor considerava ainda que o contrato social tem por finalidade:

    Estabelecer e garantir a vontade geral (relacionada, portanto, à democracia); e

    Legitimar a propriedade privada.

    Resposta: D


ID
1623721
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Para Kant (2001, p. 54), “a filosofia transcendental é a ideia de uma ciência para a qual a crítica da razão pura deverá esboçar arquitetonicamente o plano total, isto é, a partir de princípios, com plena garantia da perfeição e solidez de todas as partes que constituem esse edifício”. Como Immanuel Kant expõe em sua primeira obra crítica, é correto afirmar que a filosofia transcendental refere-se a:

Alternativas

ID
1623730
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Em seu Curso de Filosofia Positiva, Augusto Comte apresentou a lei dos três estágios. De acordo com tal lei, “cada uma de nossas concepções principais e cada ramo de nossos conhecimentos passam necessariamente por três estágios teóricos diferentes: o estágio teológico ou fictício, o estágio metafísico ou abstrato e o estágio científico ou positivo" (Comte apud REALE; ANTISERI, 2005, p. 291). No estágio positivo, o espírito humano abre mão das especulações “para procurar apenas descobrir, com o uso bem combinado do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, isto é, suas relações invariáveis de sucessão e de semelhança" (Comte apud REALE; ANTISERI, 2005, p. 292).


A partir do exposto acima e da filosofia geral de Comte, considere as afirmativas abaixo. 


I. Sua física social almeja submeter a realidade social à pesquisa científica rigorosa através da observação e do experimento, de modo precisamente idêntico ao realizado pela física e pela química.

II. A lei geral da estática social descoberta por Comte mediante o método da física social é a conexão entre os diversos aspectos da vida social.

III. A lei dos três estágios é a lei fundamental da dinâmica social, sendo ainda a senda do progresso humano.

IV. À física social compete compreender os fenômenos sociais e modificá-los em benefício da sociedade em geral, sendo o estado positivo, para onde essa modificação tem lugar ou para onde ela conduz, um itinerário e um fim.


Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS:

Alternativas

ID
1623733
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Dentre as alternativas abaixo, qual NÃO pertence à maneira como Karl Marx define a alienação do trabalho? 

Alternativas
Comentários
  • A alienação é estar alheio aos acontecimentos sociais, ou achar que está fora de sua realidade. Karl Marx em sua obra Manuscritos econômico-filosóficos usou o termo para descrever a falta de contato e o estranhamento que o trabalhador tinha com o produto que produzia


ID
1623736
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Precisamente nisso enxerguei o grande perigo para a humanidade, sua mais sublime sedução e tentação – a quê? ao nada? –; precisamente nisso enxerguei o começo do fim, o ponto morto, o cansaço que olha para trás, a vontade que se volta contra a vida, a última doença anunciando-se terna e melancólica: eu compreendi a moral da compaixão, cada vez mais se alastrando, capturando e tornando doentes até mesmo os filósofos, como o mais inquietante sintoma dessa nossa inquietante cultura europeia; como o seu caminho sinuoso em direção a um novo budismo? a um budismo europeu? a um – niilismo?..." (NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 11-12.)


De acordo com o referido fragmento e considerando a totalidade do pensamento de Friedrich Nietzsche, podemos afirmar que a alternativa INCORRETA é: 

Alternativas
Comentários
  •  a) A elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o antídoto ao niilismo.

     INCORRETA.  O kantismo inaugura uma nova fase das especulações éticas institui seus preceitos de forte conotação deontológica (deve-ser) e a liberdade está na máxima do imperativo categórico. A finalidade do agir humano não está na felicidade, mas sim no dever com características: apriorísticas, racional e universal (QUER DIZER: AGIR DE FORMA QUE SUA CONDUTA POSSA SER UNIVERSALIZADA) , a preocupação ética. A liberdade se confunde com o cumprimento do próprio dever, a moralidade lida com a liberdade, com a autonomia, com a interioridade e com a noção de dever pelo dever. Por outro lado, a juridicidade, lida com o conceito de coercitividade, exterioridade e pluralidade de fins da ação, que não os fins próprios de uma deontologia categórica e a priori. O universalismo do imperativo categórico,  idéia jurídica: - Formação de uma federação de Estado no plano Internacional. - Evitar a guerra é buscar a paz ( fim último da proposta de todo o Direito e de toda a história). https://pt.scribd.com/document/242346443/Filosofia-Lucas-C-Ferreira-docx

    Nietzsche, critica uma das característica que provém do imperativo categórico que é a universalidade. O filósofo do “Martelo” diz que esse imperativo é uma redução da própria individualidade do ser humano e uma aproximação às paixões que diluem o homem ao “rebanho”. Vejamos: “As exigências feitas por Kant para que uma moral fosse inscrita num patamar de universalidade, e portanto fosse legítima, coincidem, para Nietzsche, com os preceitos de uma religião que guarda uma prévia compreensão da natureza do homem e tenta, com um controle total das paixões, homogeneizar os homens. A individualidade é diluída no meio do rebanho”  OLIVEIRA, A. O. A Crítica de Nietzsche à Moral Kantiana: Por Uma Moral Mínima. Cadernos Nietzsche n. 27, p.169-189. 2010. “[…] é tempo, finalmente, de substituir a pergunta kantiana, ‘como são possíveis os juízos sintéticos a priori?’ com esta outra: “por que é necessária a crença em tais juízos?” e de compreender que semelhantes juízos devem ser tidos por verdadeiros para a conservação dos seres de nossa espécie; mas isso não impede que “eles também poderiam ser falsos!” OLIVEIRA, A. O. A Crítica de Nietzsche à Moral Kantiana: Por Uma Moral Mínima.  http://colunastortas.com.br/2015/05/27/a-moral-em-nietzsche-o-castrado-e-o-espirito-livre/#5 


ID
1623745
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia as afirmativas sobre a Escola de Frankfurt.


I. A pesquisa social para os frankfurtianos deve ser especializada, restrita aos campos de saber específicos, visto que a pretensão de totalidade, mais do que contribuir, prejudica e embaça as análises da sociedade.

II. A teoria crítica da sociedade é a designação dada ao conjunto de elaborações desenvolvidas pela Escola de Frankfurt. O nome da teoria não é apenas um nome fantasia sem sentido, porém uma referência ao atributo que a distinguiria dos trabalhos da sociologia empírica americana.

III. Embora os frankfurtianos tenham recusado a ortodoxia marxista, trata-se de uma teoria crítica cujo esforço foi reatualizar a transformação operada por Karl Marx.

IV. De orientação nitidamente liberal, a Escola de Frankfurt tem sua origem no Instituto de Pesquisa Social e seus estudos procuram questionar a crescente valorização das pesquisas de orientação marxista. Mais do que um experimento de pesquisa social, a Escola de Frankfurt é uma militância liberal.


Dentre as alternativas abaixo, em qual delas há afirmativas verdadeiras? 

Alternativas
Comentários
  • Apenas as afirmações II e III, sem medo de ser feliz.


ID
1623751
Banca
IF-RS
Órgão
IF-RS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A função dos governos quando se apresentam as crises econômicas é a de intervir na economia, mesmo que seja “pagando desempregados para abrir buracos nas estradas para depois enchê-los novamente”, uma vez que isso coloca dinheiro em circulação, reativa o consumo, recoloca em movimento o sistema produtivo. Portanto, determinados controles não devem ser abandonados à iniciativa individual, mas requisitados pelo Estado para compor o conjunto de suas atribuições. Atividades econômicas similares desenvolvidas pelo Estado aliam programas sociais com eficiência econômica.

Tal entendimento acerca da função do Estado no que tange à esfera econômica da sociedade é próprio de teóricos do:

Alternativas

ID
1645903
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Ora, as questões policiais enfrentadas pelos direitos humanos constituem apenas pequena parte (situada no âmbito dos direitos civis) de seu amplo conteúdo. José Reinaldo de Lima Lopes esclarece que os casos de defesa dos direitos humanos de meados da década de 70 para cá só parcialmente se referem a questões policiais. A sua imensa maioria – não noticiada pela grande imprensa – esteve concentrada nas chamadas questões sociais (direito à terra e à moradia, direitos trabalhistas e previdenciários, direitos políticos, direitos à saúde, à educação, etc). E no decorrer da segunda metade da década de 80, principalmente nos anos de 1985 a 1988, as organizações de defesa dos direitos humanos multiplicaram informações sobre a Constituição e a Constituinte, inclusive apresentando proposta (incluída no regimento interno do Congresso Constituinte) de emendas ao projeto de Constituição por iniciativa popular. Assim, a tentativa de restringir os direitos humanos às questões policiais é, senão carregada de ignorância quanto ao amplo conteúdo e alcance dos direitos humanos, motivada de má-fé por grupos de poder historicamente obstruidores do irreversível processo evolutivo dos direitos humanos”.

(Alci Marcus Ribeiro Borges. Direitos humanos: conceitos e preconceitos. Jus Navigandi,

Teresina, ano 11, n. 1248, 1 dez. 2006. Disponível em: http://jus.com.br. Acesso:

20.05.2013)


O texto apresentado procura

Alternativas
Comentários
  • Aos não assinantes...

    Gabarito (C)

    "criticar aqueles que consideram que a defesa dos direitos humanos se reduz às questões policiais."

    Bons estudos!

  • "Assim, a tentativa de restringir os direitos humanos às questões policiais é, senão carregada de ignorância quanto ao amplo conteúdo e alcance dos direitos humanos, motivada de má-fé por grupos de poder historicamente obstruidores do irreversível processo evolutivo dos direitos humanos”.

    Com essa parte do texto, acredito que fica mais evidente o fato da critica .

    APMBB


ID
1649629
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Felicidade e dever moral do indivíduo e da coletividade são questões que permeiam as investigações éticas ao longo da tradição filosófica. Diferentes pensadores e escolas propuseram possibilidades diversas de posicionamentos a respeito desses assuntos. A respeito desses posicionamentos, julgue o item a seguir.

Maquiavel estabelece uma identidade entre a ética na política e a ética dos indivíduos na vida privada.

Alternativas
Comentários
  • Está errado, pois para Maquiavel, considerado o primeiro teórico da ciência política moderna, a política possui a sua própria ética, totalmente dissociada da ética privada que rege os indivíduos. Maquiavel escreveu “O príncipe", sua obra magna, como um manual dedicado a oferecer conhecimentos práticos baseados em experiências passadas de como se conquista e mantém o poder sobre o principado. Num de seus trechos mais claros em relação à especificidade que rege a ética política, Maquiavel questiona se um príncipe deve ser amado ou temido e responde que temido deve ser a melhor opção caso seja necessária a escolha, pois facilmente os homens podem se esquecer de qualquer ação positiva do príncipe – que o fez ser amado – e voltarem-se contra ele, enquanto que o temor do castigo estará sempre presente.

    Gabarito: Errado

  • Autor: Athos Vieira , Historiador, Mestre em Ciência Política pelo IESP/UERJ e Doutorando em Ciência Política pelo IESP/UERJ

    Está errado, pois para Maquiavel, considerado o primeiro teórico da ciência política moderna, a política possui a sua própria ética, totalmente dissociada da ética privada que rege os indivíduos. Maquiavel escreveu “O príncipe", sua obra magna, como um manual dedicado a oferecer conhecimentos práticos baseados em experiências passadas de como se conquista e mantém o poder sobre o principado. Num de seus trechos mais claros em relação à especificidade que rege a ética política, Maquiavel questiona se um príncipe deve ser amado ou temido e responde que temido deve ser a melhor opção caso seja necessária a escolha, pois facilmente os homens podem se esquecer de qualquer ação positiva do príncipe – que o fez ser amado – e voltarem-se contra ele, enquanto que o temor do castigo estará sempre presente.

  • Foi Maquiavel que separou moral e política, afirmando assim que “os fins justificam os meios”. Ele defendia que os valores que eram impostos pela fé e pela moral social não deveriam restringir a ação do governante.

    Sua teoria é explicitada em sua principal obra, denominada “O Príncipe”.

    Na obra, fica claro que o escritor rejeitava ainda qualquer justificativa religiosa que explicasse o poder real. Ele defendia que as fontes de explicações eram puramente individuais e humanas.

    A teoria de Maquiavel torna-se interessante por não ter vínculos éticos, morais e religiosos, ele mesmo apoia hora o bem, hora o mal e diz que a conduta do príncipe deve ser de acordo com a situação.


ID
1703341
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - PR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o trecho a seguir, retirado da obra Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, de Rosseau.

“Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas próprias roupas de peles, a enfeitar-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com várias cores, a aperfeiçoar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de música – em uma palavra: enquanto só se dedicavam a obras que um único homem podia criar e a artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de um comércio independente; mas, desde o instante em que um homem sentiu necessidade do socorro de outro, desde que se percebeu ser útil a um só contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas transformaram-se em campos aprazíveis que se impôs regar com suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e crescerem.”

Sobre o processo de passagem dos homens de seu Estado de Natureza para seu Estado Social apresentado no texto indicado, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Questões horríveis .


ID
1733953
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios da ética e da política são práticas distintas.

        “A política arruína o caráter", disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro" da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de continuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua política externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua política externa para viver".

                                                                                                                    (Veja, 02.03.2011. Adaptado.)

A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo


Alternativas
Comentários
  • • Para Maquiavel as pessoas se importam mais com os bens do que com as próprias pessoa


ID
1733962
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Analise o trecho da entrevista dada pelo chefe de imprensa do governo do Irã a um jornal brasileiro.

Folha – Há preocupação quanto a uma mudança de posição do governo brasileiro, sobretudo na área de direitos humanos, depois que a presidente Dilma se manifestou contrariamente ao apedrejamento de Sakineh?

Ali Akbar Javanfekr – Encontrei poucas informações sobre a realidade iraniana aqui no Brasil. Há notícias distorcidas e falsas. Isso é preocupante. Minha presença aqui é para tentar divulgar as informações corretas. No caso de Sakineh, informações que chegaram à presidente Dilma Rousseff não foram corretas.

Folha – A presidente Dilma está mal informada?

Ali Akbar Javanfekr – Sim. Foi mal informada sobre esse caso.

Folha – É verdade, como diz o presidente Ahmadinejad, que não há gays no Irã?

Ali Akbar Javanfekr – Não temos.

Folha – É o único país do mundo que não tem gay?

Ali Akbar Javanfekr – Na República Islâmica do Irã, não há.

Folha – Se houver, há punições?

Ali Akbar Javanfekr – Nossa visão sobre esse tema é diferente da de vocês. É um ato feio, que nenhuma das religiões divinas aceita. Temos a responsabilidade humana, até divina, de não aceitar esse tipo de comportamento. Existe uma ameaça sobre a saúde da humanidade. A Aids, por exemplo. Uma das raízes é esse tipo de relacionamento.

                                                                                               (Folha de S.Paulo, 14.03.2011. Adaptado.)

Sob o ponto de vista ético, as opiniões expressas no trecho da entrevista podem ser caracterizadas como


Alternativas

ID
1753645
Banca
PUC - GO
Órgão
PUC-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO 4

      A dúvida, continuou Laura, maldita dúvida. Essa é minha companheira, a sombra inconveniente que me segura pelos calcanhares, que há de seguir comigo até o túmulo. A morte de Tomázia, será que ela me convinha? Talvez me conviesse. Essa hipótese, eu não tenho como descartar. Seu desaparecimento anularia a prova de meu crime? Teria poder para apaziguar a culpa que continuava latejando mesmo depois de meu rompimento definitivo com Vítor? A dúvida acabou se revelando muito superior à certeza. Mil, um milhão de vezes mais forte. Talvez se eu tivesse sido obrigada a confessar meu crime aos pés de um juiz, se tivesse sido enjaulada entre mulheres que me odiavam, que me submetessem ao horror do estupro, que atentassem contra minha pessoa, a sensação de culpa tivesse sido atenuada. Juro que cheguei a sentir inveja do destino reservado às muçulmanas que cometem o pecado do adultério. Desejei, sim, ser publicamente difamada, arrastada pelos cabelos, enterrada até o pescoço, e, finalmente, ter a cabeça esfacelada a pedradas. Qualquer coisa, qualquer situação limite teria sido menos penosa do que seguir carregando a culpa, enquanto simulava a mais absoluta indiferença. Não tenho vocação para o disfarce, a simulação. Ah, como eu lamentei a perda de meu direito de exibir minha fraqueza como outras mulheres faziam! Mas não, eu tinha a permanente obrigação de ser forte, de estar preparada para o momento em que meu mundo viesse abaixo, como veio.

      A visão de mulheres com as cabeças esfaceladas, transformadas em um bolo de carne sangrento e disforme, partículas de cérebro espatifadas pra tudo que é lado, arrepiou meu corpo dolorido. Sentindo um princípio de náusea, comecei a fungar uma emoçãozinha desconfiada. Essa bruxa tá me embromando, penso, daqui a pouco eu entro na dela, caio em prantos e, alagada de piedade, abraço a velha, aliso seus cabelos grisalhos, cubro-lhe a face enrugada com beijinhos consoladores. Calma, tia, calma! Cuidado com a pressão. Tem aí algum tranquilizante que eu possa lhe dar?

                                   (BARROS, Adelice da Silveira. A mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

O Texto 4 faz referência a dúvida e a certeza. Descartes, o pai da filosofia moderna, começa duvidando de tudo. Na verdade, o seu método parte de um ceticismo que é levado ao extremo para se chegar a uma verdade indubitável. Tendo Descartes como referência, analise as proposições a seguir e marque a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • A) Descartes achavam que os sentidos enganavam as pessoas na busca da verdade.

    B) Tal como a anterior, Descartes não confiava nos sentidos.

    C) As 4 regras são: Evidência (aceitar apenas o que é claro, que não se pode mais colocar em dúvida), Análise (dividir o problema no máximo de partes para estudá-los cuidadosamente), Síntese (partir dos fatos simples para os complexos, método da dedução) e Revisão/Enumeração (revisar e checar tudo que foi analisado para chegar a uma conclusão).

    D) Verdadeiro


ID
1753699
Banca
PUC - GO
Órgão
PUC-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO 6

[…]

Amado (na sua euforia profissional) – Cunha,

escuta. Vi um caso agora. Ali, na praça da Bandeira. Um caso que. Cunha, ouve. Esse caso pode ser a tua salvação!

Cunha (num lamento) – Estou mais sujo do que pau de galinheiro!

Amado (incisivo e jocundo) – Porque você é uma besta, Cunha. Você é o delegado mais burro do Rio de Janeiro.

(Cunha ergue-se.)

Cunha (entre ameaçador e suplicante) – Não pense que. Você não se ofende, mas eu me ofendo.

Amado (jocundo) – Senta!

(Cunha obedece novamente.)

Cunha (com um esgar de choro) – Te dou um tiro!

Amado – Você não é de nada. Então, dá. Dá!

Quedê?

Cunha – Qual é o caso?

Amado – Olha. Agorinha, na praça da Bandeira. Um rapaz foi atropelado. Estava juntinho de mim. Nessa distância. O fato é que caiu. Vinha um lotação raspando. Rente ao meio-fio. Apanha o cara. Em cheio. Joga longe. Há aquele bafafá. Corre pra cá, pra lá. O sujeito estava lá, estendido, morrendo.

Cunha (que parece beber as palavras do repórter) – E daí?

Amado (valorizando o efeito culminante) – De repente, um outro cara aparece, ajoelha-se no asfalto, ajoelha-se. Apanha a cabeça do atropelado e dá-lhe um beijo na boca.

CUNHA (confuso e insatisfeito) – Que mais?

Amado (rindo) – Só.

Cunha (desorientado) – Quer dizer que. Um sujeito beija outro na boca e. Não houve mais nada. Só isso?

(Amado ergue-se. Anda de um lado para outro. Estaca, alarga o peito.)

Amado – Só isso!

Cunha – Não entendo.

Amado (abrindo os braços para o teto) – Sujeito burro! (para o delegado) Escuta, escuta! Você não quer se limpar? Hein? Não quer se limpar?

Cunha – Quero!

Amado – Pois esse caso.

Cunha – Mas ...

Amado – Não interrompe! Ou você não percebe?

Escuta […]

(RODRIGUES,  Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 12/13.)

O Texto 6 relata uma situação polêmica sobre o beijo na boca entre dois homens. Sobre o beijo, até onde se tem notícia, o primeiro beijo entre pessoas do mesmo sexo na história do cinema foi no ano de 1927, no filme Wings (Asas). Os astros Buddy Rogers e Richard Arlen interpretam dois pilotos de combate que disputam a afeição de uma mesma mulher (Clara Bow). Essa é a trama do filme. Nenhum dos dois “mostra tanto amor por ela... como demonstra um pelo outro.” O beijo foi bastante tímido. No ano de 2014, uma cena se destacou nas novelas da Globo. O beijo gay entre Felix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) que foi ao ar no último capítulo da novela Amor à vida. Na verdade, a quebra de determinados preconceitos ou mudança de comportamento geralmente ocorre porque a sociedade constituída de homens está em constante mudança. Há os que defendem a quebra de paradigmas e lutam por sua liberdade e autonomia. Dentre as correntes filosóficas citadas a seguir, marque a alternativa que apresenta a corrente que contribuiu para a valorização da autonomia e liberdade do indivíduo.

Alternativas

ID
1821355
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Deus é uma ideia complexa composta por ideias simples e antropomórficas, baseadas em impressões sensíveis. Essa concepção de Deus se refere à filosofia de:

Alternativas
Comentários
  • David Hume.


ID
1821361
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Monstesquieu é radicalmente contra o absolutismo. Não é um arauto da Revolução Francesa pela sua posição moderada, mas a sua crítica ao absolutismo ascendeu o estopim revolucionário entre os burgueses como a mais alta expressão do seu descontentamento."  

                                                                                                                (Nunes: 2004, 78.)

A principal crítica de Montesquieu ao absolutismo se assenta diretamente sobre


Alternativas

ID
1821364
Banca
IDECAN
Órgão
SEARH - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O homem encontra‐se no mundo com a tarefa de construir sua própria existência com um sentido. Mas vê‐se limitado pelo tempo, sendo, portanto, um ser que caminha para a morte, que é o fim da vida. A vida é o caminho no tempo para o nada. O enunciado contém elementos de qual corrente filosófica?

Alternativas
Comentários
  • a) Errada. No Marxismo, a visão do Homem é de ser produtor, transformador, criador, social e histórico. Dentro desta visão, são estabelecidas as premissas de uma ética marxista, dando especial valor às classes e destas, especialmente ao proletariado cujo destino histórico é abolir a si próprio dando origem a uma sociedade verdadeiramente humana. 

     

    b) Errado. Na psicanálise interliga a ética ao inconsciente que limita o poder soberano da razão e da consciência. A sexualidade é apreendida como força determinante de nossa existência, nosso pensamento e nossa conduta. Conflito id x superego. A psicanálise propõe uma nova moral sexual que harmonize, tanto quanto for possível, os desejos inconscientes com a vida social. 

     

    c) Errado. A ética platônica decorreria de um sistema essencialmente exemplarista, em virtude do qual nada se cria senão tendo as ideias reais separadas como arquétipos, por isso, a ação é um caminho previamente traçado o que implica em uma obrigação ética. 

     

    d) Certo. Na ética existencialista Sartre relaciona a angustia como um sentimento associado ao desamparo e ao desespero em que se encontra o homem no alto de decidir sua ação. Agir implica liberdade. Liberdade implica reponsabilidade. Responsabilidade implica angustia. 


ID
1863499
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Foucault rompe com a concepção clássica de poder, afirmando que não se pode concebê-lo como materializado em determinado lugar ou em lugares específicos, pois ele está diluído pelo tecido social. Há uma espécie de onipresença do poder. Ele se apresenta como uma imensa rede microscópica, que engloba tudo e todos. [...] Devemos levar em conta, também, o poder como fonte de produção social. É o que Foucault denomina de tecnologia do poder: constrói-se toda uma maquinaria por meio da qual o poder se exerce, interditando certas ações mas também produzindo outras.

(GALLO, S. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo: Scipione, 2014.)

Termos como microfísica do poder, tecnologias de poder, soberania, poder disciplinar e biopoder estão presentes na filosofia de Foucault. Sobre as características do poder em Foucault, analise as afirmativas.

I - O poder se apresenta como uma trama que está presente em todas as relações sociais, constituindo uma microfísica do poder.

II - O poder disciplinar já está presente nas análises dos filósofos antigos sobre o agir político e ético.

III - O biopoder, presente no Estado de bem-estar social, pode ser considerado uma tecnologia de poder.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I – ITEM CORRETO.

    II – Na Antiguidade havia uma preocupação com o agir individual, enquanto o Estado Moderno tem uma preocupação de controle social mais amplo. ITEM INCORRETO.

    III – ITEM CORRETO.

    Resposta: A


ID
1864717
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

As teorias contratualistas são aquelas segundo as quais “os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se mediante um contrato social para constituir a sociedade civil.”

(ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.)

São considerados filósofos contratualistas:

Alternativas
Comentários
  • Um puta chute no dia da prova

    b) Hobbes, Locke e Rousseau.  


    As Teorias Contratualistas - Hobbes, Locke e Rousseau

    Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado está no contrato social.

  • Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado está no contrato social. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas. Aqui entende-se o contrato como um acordo, consenso, não como um documento registrado em cartório. Além disso, a preocupação não é estabelecer um momento histórico (data) sobre a origem do Estado. A ideia é defender que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social


    Fonte: https://sites.google.com/site/aloisiofritzen/Home/fotos/filosofia-conteudos/tc_hobbes_locke_rousseau


    Graça e Paz
  • Os principais representantes do contratualismo são os seguintes filósofos, que viveram entre os séculos XVI e XVIII:

    ·        Thomas Hobbes (inglês);

    ·        John Locke (inglês); e

    ·        Jean Jacques Rousseau (francês).

    Resposta: B


ID
1864720
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Sobre as características dos regimes totalitários, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Abuso da autoridade e repressão no exercício do poder.

( ) Monopolização das mídias de comunicação de massa.

( ) Valorização da pluralidade e fortalecimento político das minorias.

( ) Culto ao líder e à nação.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito a)


    Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais.

    No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistema totalitário, eles acabam ficam às margens do poder.

    Outras características dos regimes totalitários:

    - Uso excessivo de força militar como forma de reprimir qualquer tipo de oposição ao governo;

    - Falta de eleições ou, quando ocorrem, são manipuladas;

    - Censura e controle dos meios de comunicação (revistas, jornais, rádio);

    - Propaganda governamental como forma de exaltar a figura do líder.

  • Off Topic:


    O que impressiona é a similitude das assertivas verdadeiras com o presente momento vivenciado em Pindorama (brasil).

    Já diria o pensador: "O último a sair apague a luz".

  • dica: é só lembrar da Coréia do Norte

  • GAB: A

    Totalitarismo é um sistema político ou uma forma de governo que proíbe partidos de oposição, que restringe a oposição individual ao Estado e às suas alegações e que exerce um elevado grau de controle na vida pública e privada dos cidadãos. É considerado a forma mais extrema e completa de autoritarismo

  • O totalitarismo, que impede o ser humano de realizar as suas potencialidades, é um regime que apresenta as seguintes características, dentre outras:

    ·        Um único partido ou uma única pessoa concentra em si todo o poder político e militar;

    ·        Abuso da autoridade e repressão no exercício do poder;

    ·        Há supressão da opinião pública;

    ·        Ideologia única;

    ·        Cerceamento da liberdade individual;

    ·        Supressão da liberdade de imprensa;

    ·        Monopolização das mídias de comunicação de massa;

    ·        Culto ao líder e à nação;

    ·        Estruturas jurídicas de exceção.

    Assim, a valorização da pluralidade e o fortalecimento político das minorias não são características desses regimes.

    Resposta: A


ID
1865470
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

As teorias contratualistas são aquelas segundo as quais “os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se mediante um contrato social para constituir a sociedade civil."

(ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.)  

São considerados filósofos contratualistas:  


Alternativas
Comentários
  • Resposta A

    -------------------------------

    André Alves 

    25 de Março de 2016, às 19h45

    Três grandes pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a idéia de que a origem do Estado está no contrato social. Parte-se do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado entre as pessoas. Aqui entende-se o contrato como um acordo, consenso, não como um documento registrado em cartório. Além disso, a preocupação não é estabelecer um momento histórico (data) sobre a origem do Estado. A ideia é defender que o Estado se originou de um consenso das pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. 

    Fonte: https://sites.google.com/site/aloisiofritzen/Home/fotos/filosofia-conteudos/tc_hobbes_locke_rousseau

    Graça e Paz

  • GAB: A

    Temos como os principais contratualistas modernos os filósofos Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau. Cada pensador apresenta sua ideia de contrato social, apontando diferentes concepções de estado de natureza e diferentes motivos para que a humanidade aderisse ao pacto social.

    Desse modo, o objetivo da criação do Estado para Hobbes é preservar a vida, é deixar de viver sob o constante medo, para Locke é preservar a propriedade que já existe desde o estado de natureza, e para Rousseau é preservara liberdade civil.

  • Apesar das distinções entre as teorias contratualistas, alguns pontos em comum podem ser definidos:

    • Os seres humanos em estado de natureza são compreendidos como livres e iguais.
    • Alguns fatores levam os indivíduos a abandonarem a liberdade natural e firmarem o contrato social.
    • O contrato social dá origem à sociedade.
    • No contrato social, a liberdade natural é substituída pela liberdade civil.
    • O surgimento do Estado submete os indivíduos a um poder maior que se manifesta através das leis.
    • As leis representam a ordem social, impõem limites aos indivíduos que visam a regulação das interações sociais.


ID
1865473
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Sobre as características dos regimes totalitários, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Abuso da autoridade e repressão no exercício do poder.

( ) Monopolização das mídias de comunicação de massa.

( ) Valorização da pluralidade e fortalecimento político das minorias.

( ) Culto ao líder e à nação.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta D

    -------------------------------

    Rodolfo Souza 

    21 de Março de 2016, às 11h25

    Totalitarismo é um sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais.

    No regime totalitário, o líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistema totalitário, eles acabam ficam às margens do poder.

    Outras características dos regimes totalitários:

    - Uso excessivo de força militar como forma de reprimir qualquer tipo de oposição ao governo;

    - Falta de eleições ou, quando ocorrem, são manipuladas;

    - Censura e controle dos meios de comunicação (revistas, jornais, rádio);

    - Propaganda governamental como forma de exaltar a figura do líder.

  • Quem ja estudou a ditadura de Vargas acerta essa.


ID
1874311
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Foucault rompe com a concepção clássica de poder, afirmando que não se pode concebê-lo como materializado em determinado lugar ou em lugares específicos, pois ele está diluído pelo tecido social. Há uma espécie de onipresença do poder. Ele se apresenta como uma imensa rede microscópica, que engloba tudo e todos. [...] Devemos levar em conta, também, o poder como fonte de produção social. É o que Foucault denomina de tecnologia do poder: constrói-se toda uma maquinaria por meio da qual o poder se exerce, interditando certas ações mas também produzindo outras.

(GALLO, S. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo: Scipione, 2014.)

Termos como microfísica do poder, tecnologias de poder, soberania, poder disciplinar e biopoder estão presentes na filosofia de Foucault. Sobre as características do poder em Foucault, analise as afirmativas.

I - O poder se apresenta como uma trama que está presente em todas as relações sociais, constituindo uma microfísica do poder.

II - O poder disciplinar já está presente nas análises dos filósofos antigos sobre o agir político e ético.

III - O biopoder, presente no Estado de bem-estar social, pode ser considerado uma tecnologia de poder.

Está correto o que se afirma em

Alternativas

ID
1909318
Banca
COMVEST - UNICAMP
Órgão
UNICAMP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir.

(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.)

A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Maquiavel foi um dos grandes pensadores na transição do pensamento político medieval para o moderno. Se até sua época a questão divina da autoridade do poder prevalecia como a grande explicação, Maquiavel se ocupou em produzir um tratado político que guiasse o príncipe em meio às incertezas dos interesses que rodeiam o poder e o político com um fim claro, manter o governo, o poder. A frase que ficou vinculada ao pensamento deste autor “o fim justifica os meios” tenta resumir seu pensamento político, no qual manter o poder deve ser o grande objetivo do príncipe, bastando para isso o bom uso da virtu. Há dois grandes conceitos no pensamento de Maquiavel, além de virtu, fortuna. O primeiro trata da capacidade de tomar decisões corretas com o intuito de manter o poder de acordo com a situação dada. O segundo corresponde a uma espécie de "boa sorte”, à uma configuração ocasional que se apresenta ao príncipe ou àquele que busca o poder. Podemos pensar que fortuna corresponde às situações dadas nas quais será preciso aplicar o bom uso da virtu. Possuir a virtu para aproveitar a fortuna quando esta se apresenta corresponde uma grande habilidade política para conquistar e manter do poder, segundo Maquiavel. Dessa forma, tendo em mente a questão apresentada acima, fica claro que para o autor mais do que a palavra dada, está o propósito da palavra dada e a função a que serve, ou seja, manter o poder. Como afirma o autor na última frase citada, a prudência que acompanha o príncipe e deve determinar se sua palavra será mantida ou não deverá atender, antes, ao propósito final, ou seja, a manutenção do poder. Se a palavra dada colocar em risco este objetivo, então deve ser sustada.

    A resposta correta é letra A.
  • • Os laços humanos são sempre forjados por conveniência


ID
1928560
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o intelecto humano e nele se acham implantados não somente o obstruem a ponto de ser difícil o acesso da verdade, como, mesmo depois de superados, poderão ressurgir como obstáculo à própria instauração das ciências, a não ser que os homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam. O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação; rejeita os princípios da natureza, em favor da superstição; rejeita a luz da experiência, em favor da arrogância e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; rejeita paradoxos, por respeito a opiniões vulgares. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto.

(Francis Bacon. Novum Organum [publicado originalmente em 1620], 1999. Adaptado.)

Na história da filosofia ocidental, o texto de Bacon preconiza

Alternativas
Comentários
  • Na virada do século XVI para o XVII a filosofia ocidental começa a assentar os pilares daquilo que será conhecido como ciência moderna. A escolástica dos últimos séculos da Idade Média  começa a dar lugar a uma nova concepção de saber e de verdade. A fé, que não apenas explicava a razão como a levava além de seus limites, começa a perder sua hegemonia para um método mais indutivo e de experimentação. Se Descartes funda a dúvida como método inicial de investigação que questiona todas as informações que possuímos, mesmo as mais  elementares, submetendo-as à razão a fim de confirma-las,  Francis Bacon (1561 – 1626) estabelece o método experimental como único possível para este fim. Através de um método que prezava a observação, análise e reprodução como meio objetivo de explicar um fenômeno, Bacon se esforçou por afastar tudo aquilo que não fosse considerado racional e estabelecer um modo de pensar e praticar a ciência livre de sentimentalismo, superstições e subjetividades (“O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. [...] inúmeras são as fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto."). A resposta portanto é a letra A.

    Gabarito do professor: A

  • O fragmento do texto deixa claras as ideias de Francis Bacon na defesa de um pensamento científico racional emancipado dos “ídolos” que desviam o pensamento do conhecimento verdadeiro.


ID
2046238
Banca
EXATUS
Órgão
PM-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o texto a seguir:


O manifesto do Partido Comunista representa o mais perfeito exemplo de divulgação do Materialismo Dialético, o coração da doutrina marxista. De um lado, segundo Marx, a interpretação da história exige a adoção de um critério materialista, pois o motor do desenvolvimento histórico reside nas condições ideias, nas normas jurídicas ou nas batalhas políticas. Por outro lado, todavia, a evolução das estruturas produtivas não se dá segundo esquemas mecanicistas, mas acompanhando as leis da dialética descoberta por Hegel.

(NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das origens à idade moderna. São Paulo: Globo, 2005.)  

Conforme o texto e os conhecimentos sobre Karl Marx, considere as afirmativas a seguir:
I - A mais-valia pode ser relativa ou absoluta, relaciona-se a horas não pagas ao trabalhador e o aumento da produção pela inclusão da tecnologia.
II - A alienação é resultado da maneira em que os indivíduos se envolvem com o capitalismo.
III - Segundo Karl Marx a mercadoria é um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz as necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia.
IV - Karl Marx analisou a história do ponto de vista da produção material de bens. O trabalho seria realizado apenas para dar satisfação ao indivíduo e não para pela necessidade e benefício alheio.
Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários

ID
2046241
Banca
EXATUS
Órgão
PM-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Célebre frase: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”. Foi proferida por:

Alternativas

ID
2046244
Banca
EXATUS
Órgão
PM-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O Movimento que se caracterizou por uma atitude do homem abandonado à própria sorte, livre, que precisava decidir seu destino sozinho, que refletia bastante o clima europeu da Segunda Guerra Mundial e do pós-guerra foi:

Alternativas
Comentários
  • O existencialismo popularizou-se após a Segunda Grande Guerra. É no contexto de uma Paris destruída que essa corrente de pensamento foi associada ao nome de Jean-Paul Sartre. Trata-se de um equívoco, entretanto, assumir que esse pensador é o inaugurador desse novo olhar sobre o mundo e o ser humano.

    https://mundoeducacao.uol.com.br

    LETRA A

  • A

    Existencialismo. <--- Possível.

    B

    Cientificismo. <--- Fora de questão.

    C

    Marxismo. <--- Marxismo foi a ideologia q instigou regimes socialistas, mas, com certeza, não em todos os países europeus.

    D

    Revanchismo. <--- Outro período histórico, e, restrito a algumas regiões, e não na europa inteiro.

    E

    Teoria Psicanalítica. <--- Nonsense.

    Gab. A


ID
2058016
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Segundo Kant, na obra Metafísica dos costumes, as leis da liberdade dizem respeito à filosofia prática e as leis da natureza dizem respeito à filosofia teórica. Sobre as leis da liberdade, Kant afirma: “Na medida em que elas dizem respeito apenas às ações exteriores e sua conformidade a leis, chamam-se jurídicas, mas se exigem também que essas mesmas devam ser os princípios de determinação das ações, elas são éticas, e diz-se: o acordo com as primeiras é a legalidade das ações, o acordo com as segundas, a moralidade das ações”.

Sobre as concepções de leis em Kant, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) A legalidade de uma ação está em concordância com as leis jurídicas.

( ) O princípio de determinação da ação moral concerne às leis da natureza.

( ) As leis da natureza e as leis da liberdade concernem à filosofia prática.

( ) A moralidade de uma ação está em concordância com as leis éticas.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  •  c)

    V, F, F, V

  • Concerne = Relativo

    onde lê concerne, substitua por "é relativo a.."

    só reler as informações no texto e verificar se esta de acordo com assertiva.


ID
2058019
Banca
UFMT
Órgão
TJ-MT
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Foucault rompe com a concepção clássica de poder, afirmando que não se pode concebê-lo como materializado em determinado lugar ou em lugares específicos, pois ele está diluído pelo tecido social. Há uma espécie de onipresença do poder. Ele se apresenta como uma imensa rede microscópica, que engloba tudo e todos. [...] Devemos levar em conta, também, o poder como fonte de produção social. É o que Foucault denomina de tecnologia do poder: constrói-se toda uma maquinaria por meio da qual o poder se exerce, interditando certas ações mas também produzindo outras.

(GALLO, S. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo: Scipione, 2014.)

Termos como microfísica do poder, tecnologias de poder, soberania, poder disciplinar e biopoder estão presentes na filosofia de Foucault. Sobre as características do poder em Foucault, analise as afirmativas.

I - O poder se apresenta como uma trama que está presente em todas as relações sociais, constituindo uma microfísica do poder.

II - O poder disciplinar já está presente nas análises dos filósofos antigos sobre o agir político e ético.

III - O biopoder, presente no Estado de bem-estar social, pode ser considerado uma tecnologia de poder.

Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • Em resumo, biopoder refere-se a uma técnica de poder que busca criar um estado de vida em determinada população para produzir corpos economicamente ativos e politicamente dóceis.

    Para Foucault, biopolítica é a força que regula grandes populações ou conjunto dos indivíduos, diferentemente das praticas disciplinares utilizadas durante a antiguidade e a idade média que visavam governar apenas o indivíduo.

     biopoder se refere aos “dispositivos” e tecnologias de poder que administram e controlam as populaçõespor meio de técnicas, conhecimentos e instituições. Os biopoderes se ocupam da gestão da saúde, da higiene, da alimentação, da sexualidade, da natalidade, dos costumes, etc., a medida em que essas se tornaram preocupações políticas.

    Por isso, os instrumentos do biopoder (Biologia, a Matemática, a Economia, entre outros campos do saber), se tornaram, ao longo dos anos, fundamentais para fornecer dados, informações e políticas sobre endemias, natalidade, seguridade social, poupanças, etc.


ID
2063308
Banca
IF-SC
Órgão
IF-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A respeito dos contratualistas, associe os pensadores da coluna da esquerda às características expostas na coluna da direita.

(1) Thomas Hobbes

(2) Jean-Jacques Rousseau

(3) John Locke

( ) Defende o dever do Estado em garantir o direito natural de propriedade.

( ) O contrato social tem por finalidade estabelecer e garantir a vontade geral, além de legitimar a propriedade privada.

( ) A partir do contrato social os indivíduos renunciam o seu direito de governar a si mesmo em favor de um Estado que se sobrepõe a todas liberdades individuais.

Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de associação, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Thomas Hobbes: A partir do contrato social os indivíduos renunciam o seu direito de governar a si mesmo em favor de um Estado que se sobrepõe a todas liberdades individuais.

    Jean-Jacques Rousseau: O contrato social tem por finalidade estabelecer e garantir a vontade geral, além de legitimar a propriedade privada.

    John Locke: Defende o dever do Estado em garantir o direito natural de propriedade.

  • Locke era um representante da burguesia, sempre querendo a liberdade do povo juntamente com o direito natural da propriedade. Rousseau expressa em seu Contrato Social a vontade geral como sendo a vontade de todas pessoas, não determinadas classes como é em Locke. Hobbes expõe que é necessário um poder uno que governo à todos, para garantir a segurança.

  • A correlação correta é a seguinte:

    John Locke: Defende o dever do Estado em garantir o direito natural de propriedade.

    Jean-Jacques Rousseau: O contrato social tem por finalidade estabelecer e garantir a vontade geral, além de legitimar a propriedade privada.

    Thomas Hobbes: A partir do contrato social os indivíduos renunciam o seu direito de governar a si mesmo em favor de um Estado que se sobrepõe a todas liberdades individuais.

    Resposta: C


ID
2113369
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A respeito das funções da retórica e da teoria da argumentação, julgue o item a seguir.

A eficácia da argumentação depende não só da totalidade do discurso, mas também do efeito de argumentos isolados, da interação entre os argumentos e até dos argumentos que ocorrem, espontaneamente, no espírito do ouvinte.

Alternativas
Comentários
  • A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado.

    Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós.

    No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.

    Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa consolida o texto:

    Argumentação por citação;

    Argumentação por comprovação; e

    Argumentação por raciocínio lógico.


ID
2113372
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A respeito das funções da retórica e da teoria da argumentação, julgue o item a seguir.

Os silogismos dialéticos têm a finalidade de persuadir ou convencer e incidem sobre a opinião, ao contrário dos silogismos científicos, que incidem sobre a verdade.

Alternativas
Comentários
  • Os Silogismos Dialéticos são juízos constituídos por juízos hipotéticos e/ou disjuntivos, pois referem-se apenas a opiniões, aquilo que é verossímil ou provável, não sendo, pois, objeto da ciência, mas de persuasão. São usados na retórica, porque visam convencer e não demonstrar uma verdade.

    Silogismo Científico: baseado em argumentos científicos, os quais contêm o valor de verdade seja nas premissas e nas conclusões.


ID
2113384
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A respeito das funções da retórica e da teoria da argumentação, julgue o item a seguir.

O discurso deliberativo, de que é exemplo o discurso político, visa aconselhar ou dissuadir, mostrando que uma possível ação futura é conveniente ou prejudicial.

Alternativas
Comentários
  • Os três tipos de discursos. Definição dos meios disponíveis de persuasão. A ressalva de Aristóteles para que a Retórica não seja tratada como uma ciência mas como uma técnica, uma arte, uma faculdade humana, um modo de agir e produzir humanos. O discurso deliberativo (persuadir ou dissuadir) se atendo ao futuro, o discurso judiciário (acusação e defesa) ao passado e o discurso epidítico (louvor ou censura) ao presente. A importância da forma "geral" dos argumentos. Lugares comuns, exemplos, fórmulas, como materiais para se construir argumentos. A significação da expressão. Intensidade, oposições: como montar argumentos a fim de esclarecer uma questão e antecipar oposições.

    Conf professor Eduardo Dipp, em:

     http://centrolandmark.com/Historia-da-Filosofia-IV-Organon-de-Aristoteles/08-A-Retorica-Distincao-entre-os-discursos-deliberativo-judiciario-e-epiditico.html

  • O discurso deliberativo é usado com propósito político, refere-se ao futuro, pois inspira decisões e projetos, o discurso judicial em tribunais com desígnios judiciais e o discurso epidítico com o objetivo de elogiar ou censurar em funerais, em início e fim de batalhas e guerras, entre outros eventos.


ID
2172751
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

No século XVIII, vários filósofos europeus refletiram sobre o fundamento do poder dos reis e da aristocracia. Entre eles, se destaca Jean-Jacques Rousseau, para quem a organização social deveria abolir as leis que estabeleciam privilégios para alguns em detrimento de outros, uma vez que todos os homens, segundo ele, nasciam naturalmente iguais. Considerando as concepções políticas de Rousseau, pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Jean Jacques Rousseau, filósofo suíço (1712-1778), em seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, publicado em 1755, cita as bases sobre as quais se firma o processo gerador das desigualdades sociais e morais entre os seres humanos.

    Tomando como base os primeiros homens, Rousseau iniciou um pensamento que o levaria a concluir que toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular criado pelo homem e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos.

    Segundo Rousseau, os primitivos deviam viver em bandos mais ou menos organizados, que se ajudavam esporadicamente, apenas enquanto a necessidade emergente exigisse, para fins de alimentação, proteção e procriação. Findada tal necessidade, os primitivos seguiam suas vidas de forma isolada, até que nova necessidade aparecesse.

    Com o surgimento de novas exigências, as quais estes povos não estavam acostumados, surgiu, também, a percepção de que poderiam ter, além do necessário, algo mais que pudesse fazê-lo melhor do que os outros homens. Esta noção, ainda rudimentar nesses povos, foi-se aperfeiçoando, até alcançar um nível de elaboração que fizesse surgir a idéia de propriedade, fosse ela um animal, terras, armas e, até mesmo, outras pessoas.

    Essa noção de propriedade criou nos primitivos a idéia de acumulação de bens e, conseqüentemente, superioridade frente aos demais. Essa suposta superioridade foi o estopim para o início dos conflitos entre os homens de uma mesma tribo e, posteriormente, entre cidades e nações.

    Outra novidade nesse progresso mental foi a noção de família, que com o tempo, levou homens e mulheres a deixarem de lado o comportamento selvagem que tinham. Essa moderação no comportamento, fez emergir a fragilidade perante a natureza e os animais, mas trouxe como compensação e noção de grupo, que transmitia maior poder de resistência do que o indivíduo isoladamente. O amor conjugal e o fraternal surgem nesse momento, segundo Rousseau.

    Entretanto, a facilidade da vida em grupo trouxe outro problema: a ociosidade e a busca por algo que desse sentido a vida, além do trabalho. Assim, o lazer se instituiu, porém, com o passar do tempo, o que era comodidade passou a ser visto como necessidade e novos conflitos surgiram, fazendo com que o homem ficasse mais infeliz pela privação das comodidades, do que feliz de possuí-las.

    Assim, segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.

     

    https://www.infoescola.com/filosofia/rousseau-e-a-desigualdade-entre-os-homens/

  • Rousseau dizia que a partir do momento que a convenção social, a crença por parte de um grupo, que a propriedade privada pertencia à alguém, se deu início às desigualdades e aos problemas posteriores. Logo,

    Gab. C


ID
2172763
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Em dezembro de 2008, foram celebrados, em quase todos os países, os 60 anos da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela ONU, que afirma, logo em seu artigo 1.º, a dignidade do ser humano. Podemos concluir, em relação aos Direitos Humanos, que são aplicáveis:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra C - "a todos os homens e mulheres, de qualquer idade, em qualquer espaço, seja público ou privado, empresa ou prisão, hospital ou clínica psiquiátrica"

  • Mamão com açúcar, não existe NENHUMA restrição para ser abraçado pelos direitos humanos.

    GAB C

    APMBB


ID
2172766
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Tendo em vista a alta incidência de violência contra a mulher no próprio seio da família, o que se pode medir através da mídia, a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, atendendo a preceitos da Constituição Federal (§ 8.º, artigo 226) e de convenções internacionais. Sobre essa legislação, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A) protege a mulher contra qualquer ação ou omissão, doméstica ou familiar, tendo por referência o gênero, que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

  • Acredito que a chave para não selecionar a letra C é a questão da omissão, também faz um papel muito importante, não pode haver omissão.

    Então só ficamos com a LETRA A

    apmbb


ID
2193247
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o enunciado abaixo:
[...] esforçar-me-ei por mostrar de que maneira os homens podem vir a ter uma propriedade em diversas partes daquilo que Deus deu em comum à humanidade, e isso sem nenhum pacto expresso por parte de todos os membros da comunidade.
LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Tradução de Julio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 406.– grifo do autor.

Assinale a alternativa que apresenta o fundamento natural da propriedade privada segundo Locke. 

Alternativas

ID
2193262
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

[...] na produção social da própria vida, os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais.
MARX, K. Para a crítica da economia política. Tradução de José Arthur Giannotti e Edgar Malagodi. In: ______. Marx, volume 1. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 1-157. p. 29. Coleção "Os Pensadores".
Considerando a afirmação apresentada, assinale a alternativa correta acerca da interpretação do pensamento de Marx. 

Alternativas

ID
2233282
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.

(SÊNECA. Sobre a brevidade da vida. Porto Alegre: L&PM, 2007, p. 26.)

Tendo como base o texto acima, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2233294
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Parece, então, que a ideia de uma conexão necessária entre os eventos surge de uma quantidade de situações similares, que decorrem da conjunção constante desses eventos. Tal ideia não pode nunca ser sugerida por qualquer dessas situações, inspecionada em cada posição e sob todas as abordagens possíveis. Mas não existe nada, em uma quantidade de situações, diferente de qualquer situação singular supostamente similar às outras; exceção feita apenas ao fato de, após uma repetição de situações similares, a mente ser levada pelo hábito a esperar, quando um evento aparece, aquilo que costuma acompanhá-lo, acreditando que esse acompanhamento vai acontecer.

(HUME, David. Uma investigação sobre o entendimento humano. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 106)

De acordo com Hume, a crença de que um fenômeno X causa um fenômeno Y

Alternativas

ID
2233306
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Tudo aquilo que se infere de um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, infere-se também do tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida pela sua própria força e pela sua própria invenção. Numa tal condição (...) não há sociedade; e o que é pior do que tudo, um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta.

(HOBBES, Leviatã, I, XIII. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba:SEED,2009.)


De acordo com o texto e o pensamento de Hobbes, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra b.

     

  • Hobbes acreditava em um "estado de natureza", nesse estado o homem compete por comodidade e prazer, por tal competição ele não hesita em prejudicar terceiros, com isso o estado de natureza se torna um estado de guerra generalizada de todos contra todos. Desse modo, a única maneira de cessar esse estado de guerra é a presença de um estado que possua poder absoluto, para garantir a segurança e a liberdade de cada indivíduo.

  • O homem PAra Hobbes é mau por natureza. Hobbes Defendia o fato de que nao poderia existir a liberdade plena do homem + homem é o lobo do homem, pois isso geraria o caos. Para isso foi necessario a existencia de um contrato para a proteçao da vida, sendo necessario mexer na liberdade plena do homem. É elegido um representante (monarca) que vai ser o guardião das leis, o Estado. 

  • Para Hobbes, enquando não existisse um Estado que governasse e ditasse as normas a serem seguidas pelo povo não haveria justiça, pois não nesse caso não existiria um poder para dizer o que é justo e o que não é.


ID
2233309
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Portanto, a moralidade, a religião, a metafísica, assim como todo o resto das ideologias e suas formas correspondentes de consciência, não conservam mais o semblante de independência. Elas não possuem uma história, um desenvolvimento; são os homens que, desenvolvendo suas produções materiais e seus intercâmbios materiais, alteram junto com tais processos sua existência real, seu pensamento e os produtos de seu pensamento.

(MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 136)

A partir do trecho acima citado de Marx e Engels, pode-se afirmar que a ideologia é

Alternativas

ID
2233312
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

(...) a poesia é adequada a todas as Formas do belo e se estende sobre todas elas, porque seu autêntico elemento é a bela fantasia (...).

(HEGEL. Cursos de estética. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.202.)

De acordo com o texto e o pensamento de Hegel, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2236399
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A justiça e a conformidade ao contrato consistem em algo com que a maioria dos homens parece concordar. Constitui um princípio julgado estender-se até os esconderijos dos ladrões e às confederações dos maiores vilões; até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidade conservam entre si a fé e as regras da justiça.

LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).

De acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, pois tal noção

Alternativas
Comentários
  • John Locke (1632 - 1704) é considerado o pai do liberalismo clássico por suas concepções filosóficas acerca do Estado e sua função junto à sociedade. Locke concebia, ao invés de súditos, cidadãos, proprietários de bens e direitos naturais que se reuniam em sociedade e, através de um juiz imparcial, delegavam seus conflitos para a justiça. Essa vida em sociedade sob um Estado organizador e mediador de conflitos configura um contrato social entre a sociedade e o soberano que, em Locke deixa de estar vinculado à figura do Rei. Porém este pacto somente poderia funcionar se os homens reconhecessem unanimemente alguns princípios morais. Tais princípios formam a base daquilo que Locke denominou de direitos naturais do homem apoiado em leis universais. Seria um direito inato, que existiria anterior ao homem, mas que estaria presente em todos e que, por isso, seria universal. Estas leis universais Locke argumenta por sua existência através da necessidade, pois sem elas não haveria certo ou errado, bom ou mal, ou seja, não haveria justiça. A existência das leis universais e dos direitos naturais do homem foi o que permitiu então a existência do Contrato Social.

    A letra A está errada, pois Locke não concebe a justiça como um conceito de seleção para a vida em sociedade, mas para mediar os conflitos daí decorridos.

    A letra C está errada pois não é ela quem determina os conjuntos de regras que formam a sociedade em Locke, mas sim resultado das regras que formaram a sociedade, como os direitos naturais do homem.

    A letra D pode confundir muita gente devido à noção de certo e errado que pode equivaler à própria concepção de justiça, porém, para Locke, essas noções são anteriores, oriundas das leis universais compartilhadas pelos homens. A justiça é fruto dessas concepções a partir do momento que estes homens passam a se organizarem em coletivo com o fim de garantir seus bens e sua vida. Daí surgem o Contrato Social e Estado Moderno do qual a justiça é parte. 

    A letra E pode confundir ao jogar com a definição de democracia tendo em vista que comumente se confunde justiça com a opinião da maioria, o que nem sempre é verdade e muitas vezes pode, na verdade, culminar em justiçamentos. 

    A resposta, portanto, é letra B, pois Locke, pensador da burguesia, ou seja, do homem proprietário de bens, estava preocupado em como uma sociedade mantinha sua ordem e equilíbrio social. As bases do Contrato Social, do Estado e da justiça estariam nas leis universais, concepções inatas e presentes mesmo entre aqueles que se afastaram da humanidade. É esta universalidade que empresta legitimidade à justiça entre os coletivos e, por fim, desempenha o papel de ordenamento e equilíbrio.

    Gabarito: Letra B.


  • B

    Locke, pensador do século XVII, é um filósofo contratualista e, portanto, postulava um “estado de natureza” original em que não haveria nenhuma autoridade política e argumentava que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os demais para estabelecer um governo comum, capaz de manter a ordem e o equilíbrio social, sendo fundamental a construção e o estabelecimento da noção clara de justiça.

    http://simulado-x.blogspot.com.br/2017/02/enem-2016-questao_67.html

  • É nós, IF!!

  • Aparentemente essa questão foi transcrita de forma incorreta. Esta faltando uma vírgula em algum lugar.
  • foi transcrita errada não, é assim mesmo ;-;. Para Locke, até a mais precária coletividade precisa ter uma noção de justiça para se nortear, pois sem ela não seria possível instaurar qualquer tipo de ordem.

  • CDPF

    John Locke (1632 - 1704) é considerado o pai do liberalismo clássico por suas concepções filosóficas acerca do Estado e sua função junto à sociedade. Locke concebia, ao invés de súditos, cidadãos, proprietários de bens e direitos naturais que se reuniam em sociedade e, através de um juiz imparcial, delegavam seus conflitos para a justiça. Essa vida em sociedade sob um Estado organizador e mediador de conflitos configura um contrato social entre a sociedade e o soberano que, em Locke deixa de estar vinculado à figura do Rei. Porém este pacto somente poderia funcionar se os homens reconhecessem unanimemente alguns princípios morais. Tais princípios formam a base daquilo que Locke denominou de direitos naturais do homem apoiado em leis universais. Seria um direito inato, que existiria anterior ao homem, mas que estaria presente em todos e que, por isso, seria universal. Estas leis universais Locke argumenta por sua existência através da necessidade, pois sem elas não haveria certo ou errado, bom ou mal, ou seja, não haveria justiça. A existência das leis universais e dos direitos naturais do homem foi o que permitiu então a existência do Contrato Social.

    A letra A está errada, pois Locke não concebe a justiça como um conceito de seleção para a vida em sociedade, mas para mediar os conflitos daí decorridos. 

    A letra C está errada pois não é ela quem determina os conjuntos de regras que formam a sociedade em Locke, mas sim resultado das regras que formaram a sociedade, como os direitos naturais do homem. 

    A letra D pode confundir muita gente devido à noção de certo e errado que pode equivaler à própria concepção de justiça, porém, para Locke, essas noções são anteriores, oriundas das leis universais compartilhadas pelos homens. A justiça é fruto dessas concepções a partir do momento que estes homens passam a se organizarem em coletivo com o fim de garantir seus bens e sua vida. Daí surgem o Contrato Social e Estado Moderno do qual a justiça é parte. 

    A letra E pode confundir ao jogar com a definição de democracia tendo em vista que comumente se confunde justiça com a opinião da maioria, o que nem sempre é verdade e muitas vezes pode, na verdade, culminar em justiçamentos. 

    A resposta, portanto, é letra B, pois Locke, pensador da burguesia, ou seja, do homem proprietário de bens, estava preocupado em como uma sociedade mantinha sua ordem e equilíbrio social. As bases do Contrato Social, do Estado e da justiça estariam nas leis universais, concepções inatas e presentes mesmo entre aqueles que se afastaram da humanidade. É esta universalidade que empresta legitimidade à justiça entre os coletivos e, por fim, desempenha o papel de ordenamento e equilíbrio.

  • Letra B

    Para Locke, ate a mais precária coletividade precisa ter uma noção de justiça para se nortear, pois sem ela nao seria possível instaurar qualquer tipo de ordem.


ID
2236459
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO I

Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar.

HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

TEXTO II

Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa.

LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil . Petrópolis: Vozes, 1994.

Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a)

Alternativas
Comentários
  • Thomas Hobbes foi um dos primeiros teóricos a argumentar sobre as razões do Estado e seu poder. Para Hobbes, o soberano se colocaria como um poder superior aos homens com o intuito de garantir a paz, prover a justiça e protege-los de si mesmo, uma vez que no estado de natureza hobbesiano, tudo pertence ao homem, bastando apenas a força para se apropriar. Ou seja, um estado de guerra e disputa constantes. Sua frase clássica resume este pensamento: o homem é o lobo do próprio homem (homo homini lupus). A resposta, portanto, é letra A.

    A letra B está errada, pois os direitos naturais do homem serão mais desenvolvidos em Locke e Rousseau. Para Hobbes, apesar da existência de qualquer direito natural, a força é o que decide qualquer disputa no estado de natureza, mantendo os homens em constante disputa e tensão.

    A letra C está errada, pois a concepção de que a vida do homem em estado de natureza corresponderia a uma menoridade moral, a uma fase anterior à necessária para a vida civil é mais desenvolvida em Hegel.

    A letra D está errada, pois corresponde à genealogia do homem na cosmologia judaico-cristã.

    Gabarito: Letra A.


  • Créditos para Eric Sousa

    Resposta A

    A chave para entendermos Hobbes, é o que ele diz a respeito ao estado de natureza. Como sabemos, Hobbes é um contratualista. Ou seja, antes de firmarem um contrato, os homens, viveriam em um estado de guerra. E só depois desse contrato, o homem, poderia viver em paz. Para ele, o homem em sua natureza é propício à guerra por causa da sua desconfiança em relação aos outros e também por se achar superior aos outros.

  • "O homem é o lobo do homem" T.Hobbes

  • Letra A

    Se baseando em Hobbes, no Estado de Natureza existem conflitos constantes, " o homem era lobo do próprio homem".

  • Thomas Hobbes foi um dos primeiros teóricos a argumentar sobre as razões do Estado e seu poder. Para Hobbes, o soberano se colocaria como um poder superior aos homens com o intuito de garantir a paz, prover a justiça e protege-los de si mesmo, uma vez que no estado de natureza hobbesiano, tudo pertence ao homem, bastando apenas a força para se apropriar. Ou seja, um estado de guerra e disputa constantes. Sua frase clássica resume este pensamento: o homem é o lobo do próprio homem (homo homini lupus). A resposta, portanto, é letra A.

    A letra B está errada, pois os direitos naturais do homem serão mais desenvolvidos em Locke e Rousseau. Para Hobbes, apesar da existência de qualquer direito natural, a força é o que decide qualquer disputa no estado de natureza, mantendo os homens em constante disputa e tensão.

    A letra C está errada, pois a concepção de que a vida do homem em estado de natureza corresponderia a uma menoridade moral, a uma fase anterior à necessária para a vida civil é mais desenvolvida em Hegel.

    A letra D está errada, pois corresponde à genealogia do homem na cosmologia judaico-cristã.


ID
2244499
Banca
PUC-PR
Órgão
PUC - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Na abertura do “Discurso sobre a Origem e os fundamentos da Desigualdade entre os Homens”, Rousseau, dirigindo-se aos soberanos, senhores de Genebra, diz considerar-se um felizardo. Por quê? Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • gabarito:

    b) Por haver nascido entre vós e poder meditar sobre a igualdade que a natureza instalou entre os homens e sobre a desigualdade de que eles instituíram.

  • Letra B) Por haver nascido entre vós e poder meditar sobre a igualdade que a natureza instalou entre os homens e sobre a desigualdade de que eles instituíram.

    Traz a ideia que Rousseau defende: O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe.

  • EU ESTAVA EM DUVIDA ENTRE C OU B , MAIS A C VENEZA É UMA SOCIEDADE E LOGO POSSUI , PROPRIEDADES PRIVADAS, ROUSSEOU E CONTRA A PROPRIEDADE PRIVADA E A FAVOR DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO ELE ESTÁ SENDO GRADO PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO QUE É CONCEDIDA A ELE...