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ID
1626838
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue (C ou E) o seguinte item, que se referem às políticas externas brasileira e argentina e às relações entre os dois países.

A gradual construção de uma parceria estratégica entre Brasil e Argentina transformou a visão que cada país tinha do outro: de adversário a sócio na promoção de um espaço regional de paz e cooperação. Esse projeto de integração envolveu a cooperação em setores-chave, como o nuclear. 


Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo


    O programa nuclear conjunto de Brasil e Argentina é um acordo energético iniciado por Cristina Kirchner e Luís Inácio Lula da Silva para a construção de uma usina deenriquecimento de urânio, sendo uma entidade binacional.

  • 1980: Acordo de Cooperação entre o Brasil e a Argentina para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear

     

    Fonte: Acordos e declarações de 1980 até 1999 (http://www.abacc.org.br/?page_id=3125)

  • "Inspira-nos o exemplo de aproximação e integração que tivemos nas relações Brasil-Argentina desde os anos 1980. O ponto de partida de uma relação bilateral sólida é necessariamente a construção da confiança, como aconteceu a partir de 1985 entre os Presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín no tocante aos programas nucleares brasileiro e argentino. A criação da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), em 1991, abriu o caminho para um processo de intensificação da relação também no plano econômico e comercial. Chegamos ao século XXI com uma agenda que contrasta com a de 30 anos atrás. Como escreveu o Ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, no jornal argentino La Nación, no início de 2011:


    Quem poderia imaginar, em um passado não tão distante, que os Chefes de
    Estado do Brasil e da Argentina poderiam dar instruções a suas agências
    nucleares para que desenvolvessem conjuntamente um reator nuclear
    multipropósito com fins de pesquisa? Quem poderia supor que esses países
    desenvolveriam em conjunto um veículo militar para equipar os dois exércitos,
    ou que seriam capazes de cooperar em áreas tão variadas e de alta tecnologia
    como a construção de um satélite para observação de oceanos e da costa, a
    fabricação de peças para aviões, a TV digital? Há apenas três décadas, não
    seria possível, tampouco, iniciar estudos para a construção de hidrelétricas na
    fronteira ou para melhorar a integração rodoviária e ferroviária entre ambos
    os países. A fronteira, hoje, pode ser mais bem descrita como o espaço por
    excelência da integração, da paz, da união e da amizade"

     

    (Eu sou da América do Sul / Antonio José Ferreira Simões. -- Brasília : FUNAG, 2012. / pg 28)

  • 1980: Acordo de Cooperação entre o Brasil e a Argentina para o Desenvolvimento e a Aplicação dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear

     criação da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), em 1991,

    programa nuclear conjunto de Brasil e Argentina é um acordo energético iniciado por Cristina Kirchner e Luís Inácio Lula da Silva para a construção de uma usina deenriquecimento de urânio, sendo uma entidade binacional

     

  • Gabarito: Certo

    "A ABACC foi criada em 18 de julho de 1991 pelo “Acordo entre a República Federativa do Brasil e a República Argentina para o uso exclusivamente pacífico da energia nuclear”. Seu principal objetivo é oferecer garantias adicionais de que todos os materiais e instalações nucleares nos territórios brasileiro e argentino sejam usados apenas para fins pacíficos.

    A confiança a respeito dos propósitos pacíficos dos programas nucleares brasileiro e argentino foi reforçada ainda mais pela celebração, também em 1991, do Acordo Quadripartite entre Brasil, Argentina, ABACC e AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), que colocou os programas de ambos os países sob um sistema duplo de salvaguardas, aplicado pela AIEA e pela ABACC.

    Demonstração da credibilidade internacional de que goza a ABACC foi o recente reconhecimento (Nota à Imprensa nº 237), pelo Grupo de Supridores Nucleares (NSG), do Acordo Quadripartite como critério suficiente para o acesso a equipamentos e tecnologia para o desenvolvimento de atividades nucleares para fins pacíficos."

    Fonte: