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ID
1627441
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito da economia brasileira nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o item subsequente.

O Plano de Metas adotado no governo de Juscelino Kubitschek consistiu em um plano de trinta metas para responder às tensões que a economia estava vivendo, com o intuito de superar alguns estrangulamentos vividos nos setores de energia e transporte, bem como de desenvolver a indústria de base e de bens intermediários.

Alternativas
Comentários
  • O Programa de Metas era considerado um plano audacioso, pois tinha como objetivo de crescer “50 anos em 5”. Tratava-se, principalmente, de investir nos setores considerados estratégicos para economia, como energia, transporte, indústria de base, alimentação e educação. Vejamos, também, um trecho do livro de Economia Brasileira Contemporânea, 2ª edição, Fábio Giambiagi, André Villela, Lavinia Barros de Castro e Jennifer Hermann.

     “Além disso – e atendendo à necessidade de ampliação de setores de infraestrutura básica (notadamente nas áreas de energia e transportes, previamente apontadas como pontos de estrangulamento) – o Conselho elaborou um conjunto de 30 objetivos (metas) específicos, distribuídos segundo cinco áreas, denominados Programa de Metas.

    O Programa contemplava investimentos nas áreas de energia, transporte, indústrias de base, alimentação e educação, cujo montante orçado equivaleria a cerca de 5% do PIB no período 1957 – 61. As áreas de energia e transporte receberiam a maior parcela dos investimentos previstos no Programa (71,3%), a cargo quase que exclusivamente do setor público. Para as indústrias de base, foram previstos cerca de 22,3% dos investimentos totais, sob a responsabilidade principalmente do setor provado (por vezes com ajuda de financiamentos públicos). As áreas de educação e alimentação receberiam os restantes 6,4% dos recursos totais.

    Gabarito: Correto.


  • "No início de 1956, foi criado o Conselho de Desenvolvimento (CD), órgão diretamente subordinado à Presidência da República, encarregado de delinear a estratégia de desenvolvimento para o país. O CD valeu-se do relatório feito pelo Grupo Misto BNDE-Cepal, que constituiu a base do Plano de Metas. O Grupo Misto havia realizado, em 1953-1954, levantamento dos principais pontos de estrangulamento da economia brasileira e identificado áreas industriais com demanda reprimida, que não poderia ser satisfeita com importações dada a escassez estrutural de divisas na economia brasileira. (...) O Plano de Metas consistia em um conjunto de trinta objetivos (metas) específicos, que contemplava investimentos em cinco áreas principais: energia, transporte, indústrias de base, alimentação e educação. A maior parcela dos recursos foi direcionada para os setores de energia e transporte (71,3% dos investimentos), seguidos das indústrias de base (22,3%) e das áreas de educação e alimentação (6,4%). Esses investimentos totalizariam cerca de 5% do PIB real no período de 1957-1961 (...)."(Renato Baumann e Samo S. Gonçalves, Manual do Candidato: Economia, p. 286)

  • RESOLUÇÃO:

    É exatamente isso!

    O Plano do governo Juscelino Kubitschek de crescer “50 anos em 5”, era baseado no impulso que a economia

    daria através do Plano de Metas.

    Tratava-se de um ambicioso plano de investimentos nos setores considerados estratégicos para o

    desenvolvimento da economia brasileira.

    As 30 metas específicas foram divididas em cinco grandes áreas: energia, transporte, indústrias de base,

    alimentação e educação.

    Resposta: C

  • Complementando:

    " As inversões do Programa de Metas a cargo do setor privado (tanto o nacional como o estrangeiro) direcionam-se, sobretudo, aos setores automobilísticos, de construção naval, mecânica pesada e equipamentos elétricos. A supervisão desses investimentos foi entregue a uma estrutura paralela à burocracia estatal, composta por 'grupos executivos', formados no interior do Conselho de Desenvolvimento."

    Referência: GIAMBIAGI, Fabio. Economia Brasileira Contemporânea: 1945-2010, 2a edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Capítulo 2: Dos “Anos Dourados” de JK à Crise não Resolvida, pág 36.