A primeira parte da questão, no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da
Silva, abandonou-se a manutenção da estabilidade monetária do governo de
Fernando Henrique Cardoso, está errada. Pois, mesmo contrariando as
expectativas o governo, Lula optou por manter a estabilidade monetária atingida
pelo governo Fernando Henrique Cardoso, assim a política econômica do governo Lula
esteve alinhada com o legado deixado pelo governo Fernando Henrique Cardoso,
câmbio flutuante, metas de inflação e metas de superávit primário.
A segunda parte, com a criação de um instrumento monetário que pode ser
entendido como a fixação de uma meta de inflação para cada ano, também, está
errada, uma vez que o responsável pela criação das metas de inflação foi o
governo de Fernando Henrique Cardoso, e não o governo Lula, conforme podemos
ratificar em um trecho do livro Economia Brasileira Contemporânea.
As mudanças mais
importantes, que ficaram como herança para o futuro, dos oito anos de gestão de
FHC e sem que necessariamente a ordem signifique um ranking de importância
relativa, foram: i. Privatização. ii. Fim dos monopólios estatais nos setores
de petróleo e telecomunicações. iii. Mudança no tratamento do capital
estrangeiro. iv. Saneamento do sistema financeiro. v. Reforma (parcial) da
Previdência Social. vi. Renegociação das dívidas estaduais. vii. Aprovação da
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). viii. Ajuste fiscal, a partir de 1999.
ix. Criação de uma série de agências reguladoras de serviços de utilidade
pública. x. Estabelecimento do sistema
de metas de inflação como modelo de política monetária.
Já a terceira
parte, o que, juntamente com uma adequada taxa de
crescimento econômico, promoveu a inclusão social e a redução drástica da
pobreza no Brasil, está errada, já que essas mudanças já tinham começado com o
governo Fernando Henrique Cardoso, conforme preceitua a referência
bibliográfica já citada.
“Uma avaliação
equilibrada e equidistante dos governos FHC e Lula foi dada, no fim da gestão
deste último, pelo historiador José Murilo de Carvalho, em entrevista ao jornal
Valor Econômico de 20 de agosto de 2010. Segundo ele, “houve redução da pobreza e da miséria desde o Plano Real, com grande
aceleração a partir de 2003. Programas de inclusão social iniciados no governo
anterior, como o Bolsa Escola, foram grandemente ampliados no Bolsa Familia e
pelos aumentos no salário-mínimo… Lula se beneficiou de uma herança bendita dos
dois governos anteriores, de Itamar e Fernando Henrique, sobretudo no que se
refere ao Plano Real.
Gabarito:
Errado.
A âncora cambial é um mecanismo realizado pelos responsáveis pela política econômica de um país na qual o governo fixa as taxas de câmbio para tentar reduzir o aumento dos preços em um momento onde a economia está desestabilizada.
Normalmente essa âncora relaciona-se com a relação entre a moeda local com a moeda internacional de referência, como é no caso o dólar americano. Ancora-se o valor de, por exemplo, R$1,00 a US$1,00.
As âncoras cambiais foram utilizadas algumas vezes na história do Brasil e de outros países do mundo, a saber a Argentina, um bom exemplo de quando o uso da âncora cambial pode tornar-se um grande problema para a economia de um país, pois esta política foi um dos causadores fundamentais da crise econômica Argentina que devastou o país por anos.
O objetivo maior da criação da estratégia de âncoras cambiais foi relacionar uma moeda com histórico de inflação e instabilidade, como a moeda brasileira, à uma moeda que tenha um histórico contrário, de estabilidade e baixa inflação e com isso os preços tornam-se mais estáveis.
Outra questão importante em relação à âncora cambial é que ela de gerar expectativas estabelecidas, que não são possíveis em um ambiente inflacionário.
Quando utiliza-se deste dispositivo ele passa a ser o norteador da economia, desconsiderando-se outros agregados financeiros que são utilizados normalmente como metas de inflação e etc.
Trata-se de impor uma disciplina à uma moeda “indisciplinada”.
Fonte: http://www.fontedosaber.com/administracao/ancora-cambial.html