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ID
1627462
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Julgue (C ou E) o item subsecutivo, referentes à economia brasileira a partir dos anos 90 do século passado.

Os efeitos da crise de 2008 observados no Brasil incluem a contração das exportações de maior valor agregado, decorrente de menor demanda externa, e a contração do crédito doméstico, tanto para o giro das empresas quanto para o consumo das famílias.

Alternativas
Comentários
  • O gabarito está como Certo, mas considero como errado!!! Os efeitos da crise de 2008 observados no Brasil incluem a contração das exportações de maior valor agregado (correto, com a crise eclodindo em grandes parceiros economicos como EUA e UE, natural que esses reduzissem suas importações), decorrente de menor demanda externa, e a contração do crédito doméstico, (Aqui, na minha opinião é que está o erro, porque, porque é justamente nesse período que o governo brasileiro intensifica sua politíca anticiclica com o intuito de manter a demanda agregada, tanto para PF quanto para PJ, não é atoa que em 2014 o Brasil descarrilha, justamente porque o Orçamento Público não suportou tamanha escalada do subsídio de crédito) tanto para o giro das empresas quanto para o consumo das famílias.

  • A crise de 2008 começou no sistema financeiro com a falência de bancos norte americano. Os impactos decorrentes dessa crise dependeram de quão preparado o sistema financeiro e o governo estavam para responder aos desafios encontrados.

    Os países centrais do capitalismo possuíam mais ativos “podres”, então eles foram os mais afetados, no primeiro momento. Com o decurso do tempo, os efeitos foram sentidos por todos os países, não se restringiu aos americanos e europeus, alcançando, inclusive, instituições não bancárias. Segundo o site do Ipea, descrito abaixo, o Brasil realmente sentiu os efeitos da crise, pois teve redução do crédito e retração da exportação.

     

    NO BRASIL - As primeiras previsões sobre os impactos da crise no Brasil, um tanto catastróficas, não se confirmaram. Houve inicialmente uma disparada do dólar, que saltou rapidamente para R$ 2,50, após ser comercializado nos meses anteriores à crise em patamar próximo a R$ 1,60, e com pouca volatilidade. Apesar de efeitos mais imediatos no câmbio, na concessão de crédito, e no comércio exterior, no plano macroeconômico a recessão durou apenas dois trimestres, com retração da atividade econômica no último quartil de 2008 e nos três primeiros meses do ano seguinte, com o país encerrando 2009 com taxa de crescimento próxima de zero (-0,2%). http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=1308:catid=28&Itemid=23.

    Gabarito: Correto.


  • essa questao foi anulada no prova do cespe irbr?

  • Em 2008 a crise não afetou, majoritariamente, o preço das commodities ?

  • Também achei um absurdo essa questão ter sido considerada certa, mas...

  • Gabarito absurdo, pois não houve contração do crédito. A questão não foi anulada.

     

    O IPEA, em trabalho sobre a evolução do crédito entre 2003-2010, é claro em afirmar que "O crédito aumentou expressiva e continuamente durante o governo Lula, inclusive após a crise de 2008."

     

    Segundo estudo do BNDES, "Em 2008 (...) A partir de setembro, quando a atual crise internacional agravou-se de forma abrupta, ao contrário do esperado, o volume de crédito concedido na economia não diminuiu".

     

    Fontes:

    http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/sumex_TD2022.pdf

    http://www.bndespar.com.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev3102.pdf

  • Segundo o prof. Daniel Sousa, esses são os efeitos da crise de 2008 para o Brasil, efeitos esses que foram combatidos por políticas anticíclicas.

  • Lucas Alexrandre Muraro, também tive a mesma dúvida que tu.

  • Seguem trechos de artigo acadêmico que corroboram o gabarito oficial. Ou seja, segundo o artigo, houve contração do crédito.

    "[...]

    Assim, a incerteza associada não só aos desdobramentos da crise financeira internacional, mas também aos eventos associados ao próprio setor bancário nacional levou os grandes bancos a contrair o crédito, como resultado do aumento da aversão ao risco e da preferência pela liquidez. A contração do crédito atingiria empresas e consumidores, provocando redução da demanda agregada e desaceleração econômica.

    O terceiro canal por meio do qual a crise financeira internacional manifestar-se-ia sobre a economia brasileira é o das expectativas, cuja deterioração tenderia a reforçar, por parte dos bancos, a aversão ao risco e a contração do crédito, e levaria empresas e famílias a adiar decisões de investimento e consumo, com previsíveis efeitos de desaceleração da atividade econômica

    [...]

    Enquanto tais medidas não surtiam efeito, os principais bancos públicos (BB, CAIXA e BNDES) foram chamados a suprir o mercado de crédito brasileiro, de modo a tentar contra-arrestar a contração de crédito oriunda dos bancos privados."

    Fonte: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1690/1/td_1602.pdf