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O gabarito está como Certo, mas considero como errado!!! Os efeitos da crise de 2008 observados no Brasil incluem a contração das exportações de maior valor agregado (correto, com a crise eclodindo em grandes parceiros economicos como EUA e UE, natural que esses reduzissem suas importações), decorrente de menor demanda externa, e a contração do crédito doméstico, (Aqui, na minha opinião é que está o erro, porque, porque é justamente nesse período que o governo brasileiro intensifica sua politíca anticiclica com o intuito de manter a demanda agregada, tanto para PF quanto para PJ, não é atoa que em 2014 o Brasil descarrilha, justamente porque o Orçamento Público não suportou tamanha escalada do subsídio de crédito) tanto para o giro das empresas quanto para o consumo das famílias.
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A crise de 2008 começou no sistema financeiro com a falência de bancos
norte americano. Os impactos decorrentes dessa crise dependeram de quão
preparado o sistema financeiro e o governo estavam para responder aos desafios
encontrados.
Os países centrais do capitalismo possuíam mais ativos “podres”, então
eles foram os mais afetados, no primeiro momento. Com o decurso do tempo, os
efeitos foram sentidos por todos os países, não se restringiu aos americanos e
europeus, alcançando, inclusive, instituições não bancárias. Segundo o site do
Ipea, descrito abaixo, o Brasil realmente sentiu os efeitos da crise, pois teve
redução do crédito e retração da exportação.
NO BRASIL - As primeiras previsões sobre os impactos da crise
no Brasil, um tanto catastróficas, não se confirmaram. Houve inicialmente uma
disparada do dólar, que saltou rapidamente para R$ 2,50, após ser
comercializado nos meses anteriores à crise em patamar próximo a R$ 1,60, e com
pouca volatilidade. Apesar de efeitos mais imediatos no câmbio, na concessão de
crédito, e no comércio exterior, no plano macroeconômico a recessão durou
apenas dois trimestres, com retração da atividade econômica no último quartil
de 2008 e nos três primeiros meses do ano seguinte, com o país encerrando 2009
com taxa de crescimento próxima de zero (-0,2%). http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=1308:catid=28&Itemid=23.
Gabarito: Correto.
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essa questao foi anulada no prova do cespe irbr?
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Em 2008 a crise não afetou, majoritariamente, o preço das commodities ?
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Também achei um absurdo essa questão ter sido considerada certa, mas...
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Gabarito absurdo, pois não houve contração do crédito. A questão não foi anulada.
O IPEA, em trabalho sobre a evolução do crédito entre 2003-2010, é claro em afirmar que "O crédito aumentou expressiva e continuamente durante o governo Lula, inclusive após a crise de 2008."
Segundo estudo do BNDES, "Em 2008 (...) A partir de setembro, quando a atual crise internacional agravou-se de forma abrupta, ao contrário do esperado, o volume de crédito concedido na economia não diminuiu".
Fontes:
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/sumex_TD2022.pdf
http://www.bndespar.com.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev3102.pdf
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Segundo o prof. Daniel Sousa, esses são os efeitos da crise de 2008 para o Brasil, efeitos esses que foram combatidos por políticas anticíclicas.
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Lucas Alexrandre Muraro, também tive a mesma dúvida que tu.
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Seguem trechos de artigo acadêmico que corroboram o gabarito oficial. Ou seja, segundo o artigo, houve contração do crédito.
"[...]
Assim, a incerteza associada não só aos desdobramentos da crise financeira internacional, mas também aos eventos associados ao próprio setor bancário nacional levou os grandes bancos a contrair o crédito, como resultado do aumento da aversão ao risco e da preferência pela liquidez. A contração do crédito atingiria empresas e consumidores, provocando redução da demanda agregada e desaceleração econômica.
O terceiro canal por meio do qual a crise financeira internacional manifestar-se-ia sobre a economia brasileira é o das expectativas, cuja deterioração tenderia a reforçar, por parte dos bancos, a aversão ao risco e a contração do crédito, e levaria empresas e famílias a adiar decisões de investimento e consumo, com previsíveis efeitos de desaceleração da atividade econômica
[...]
Enquanto tais medidas não surtiam efeito, os principais bancos públicos (BB, CAIXA e BNDES) foram chamados a suprir o mercado de crédito brasileiro, de modo a tentar contra-arrestar a contração de crédito oriunda dos bancos privados."
Fonte: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1690/1/td_1602.pdf