De acordo com o modelo de Fischer, as enzimas e substratos possuíam uma complementaridade bastante rígida, não podendo ocorrer nenhuma flexibilidade entre os envolvidos. Entretanto, pesquisas sugerem que pode ocorrer uma mudança conformacional na enzima, o que contradiz o modelo tão difundido da “chave-fechadura”.
A teoria do encaixe induzido foi desenvolvida por Koshland e colaboradores em 1958 e afirmou que o substrato provoca uma mudança na conformação da subunidade de uma enzima, permitindo que ela atinja a forma necessária para que o processo catalítico ocorra. Assim sendo, ocorre uma indução para que haja mudanças que permitam o reconhecimento do substrato. Além disso, a modificação gerada na enzima pode ser passada para enzimas próximas, o que garante a eficiência do processo.
De acordo com essa nova visão, a interação entre a enzima e o substrato não é um processo rígido e inflexível. Ele demonstra a capacidade da enzima de se adaptar ao substrato, fato que era impossível no modelo anteriormente proposto.
Atenção: Atualmente, muitos livros didáticos ainda trazem o modelo “chave-fechadura” para explicar a interação entre as enzimas e os substratos. Entretanto, nas pesquisas acadêmicas, observa-se uma grande aceitação da teoria do encaixe induzido.