-
"A semelhança acontece no que se refere à análise se uma dívida vai
ser grande ou não. O item levado em conta para avaliarmos se uma
dívida é grande ou não é a relação da dívida com o “faturamento” ou a
“renda” do país. Só que um país não possui faturamento, mas sim um
“PIB”. Assim, nós avaliamos a sustentabilidade do endividamento
público a partir da relação dívida/PIB.
Se esta relação for baixa, o endividamento é sustentável. Na
medida em que a relação aumenta, o endividamento perde
sustentabilidade. Assim, uma dívida pública de R$ 1,5 trilhão para o Brasil
não é tão grave, uma vez que o PIB é de mais de R$ 4,5 trilhões. Ou seja,
a relação dívida/PIB do Brasil é de aproximadamente 35%, o que é
considerado uma relação muito boa. Dívida sustentável.
Já a mesma dívida do Brasil (R$ 1,5 bilhão) para um país com PIB
bem menor (por exemplo, a Argentina, que possui um PIB de R$ 1,5
bilhão... aproximadamente) seria mais grave."
Argumento de Bohn
"Caso o resultado primário responda positivamente a
acréscimos na dívida pública, então, esta pode ser vista
como sustentável (mesmo em uma ambiente de incerteza
econômica)."
Prof. Heber e Jetro
-
Os superávits primários representam um saldo positivo da arrecadação do Governo menos suas despesas principais. Em período de menor crescimento econômico temos um PIB crescendo mais lentamente. Para que se mantenha o equilíbrio da relação dívida pública/PIB, será necessária a geração de superávits primários para frear o crescimento acelerado da dívida pública.
-
Para entender essa relação é preciso saber que a dívida pública paga juros, e esses juros possuem um taxa de retorno normalmente maior do que o crescimento do PIB.
Imagine que a taxa de juros paga pela dívida seja de 10% e seu montante seja de 1 bilhão (logo, 100 milhões de juros).
Imagine agora que o país tenha tabém um cresimento de 10%. O montante destacado no orçamento para pagamento da dívida é de 1 bilhão. Logo o próprio crescimento do PIB dá conta da variação da dívida.
Agora suponhamos que o PIB cresca apenas 5%. A conta fica "curta" em 50 milhões, fazendo-se necessária uma economia maior para fazer face a essa despesa. Essa economia maior, esse esforço maior a grosso modo, representa a necessidade de um superávit primário maior em tempos de PIB retraído
-
Corretíssimo!
Quanto menor é o crescimento econômico, maior precisa ser o esforço fiscal do governo para manter a razão dívida/PIB constante.
O raciocínio é bem simples: quanto menor cresce o PIB, menos cresce o denominador da fração.
Logo, menos poderá crescer o numerador. E a forma de o numerador (dívida) crescer pouco ou não crescer é pela obtenção de superávits primários.
Resposta: C
-
Quanto menor é o crescimento econômico, maior precisa ser o esforço fiscal do governo para manter a razão dívida/PIB constante.
O raciocínio é bem simples: quanto menor cresce o PIB, menos cresce o denominador da fração.
Logo, menos poderá crescer o numerador. E a forma de o numerador (dívida) crescer pouco ou não crescer é pela obtenção de superávits primários.
-
Certo.
Se o PIB não cresce, ou seja, o denominador não aumenta, temos que reduzir o numerador via superavits maiores.
-
GAB: CERTO
Complementando!
Fonte: Prof. Celso Natale
O resultado primário não considera a despesa com juros. Portanto, se o governo obtiver superávits primários, a evolução da dívida vai depender do montante de juros a serem pagos. Se os juros forem maiores que o superávit, a dívida crescerá.
Para manter constante a relação dívida/PIB, dívida e PIB devem crescer na mesma proporção.
Se o PIB apresentar baixo crescimento, a dívida deverá crescer a taxas pequenas também. Se a dívida deve crescer a taxas pequenas, existe a necessidade de geração de superávits primários maiores no período, para conseguir pagar uma parte considerável da despesa com juros.