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Gramsci via nelas (AIE,escola) a possibilidade do início das transformações por intermédio do surgimento de uma nova mentalidade ligada às classes dominadas.
Na escola prevista por Gramsci, as classes desfavorecidas poderiam se inteirar dos códigos dominantes, a começar pela alfabetização. A construção de uma visão de mundo que desse acesso à condição de cidadão teria a finalidade inicial de substituir o que Gramsci chama de senso comum – conceitos desagregados, vindos de fora e impregnados de equívocos decorrentes da religião e do folclore. Com o termo folclore, o pensador designa tradições que perderam o significado, mas continuam se perpetuando. Para que o aluno adquira criticidade, Gramsci defende para os primeiros anos de escola um currículo que lhe apresente noções instrumentais (ler, escrever, fazer contas, conhecer os conceitos científicos) e seus direitos e deveres de cidadão.
Uma parte importante das reflexões de Gramsci sobre educação foi motivada pela reforma empreendida por Giovanni Gentile, ministro da
Educação de Benito Mussolini, que reservava aos alunos das classes altas o ensino tradicional, “completo”, e aos das classes pobres uma escola voltada principalmente para a formação profissional. Em reação, Gramsci defendeu a manutenção de “uma escola única inicial de cultura geral, humanista, formativa”. Para ele, a Reforma Gentile visava predestinar o aluno a um determinado ofício, sem dar-lhe acesso ao “ensino desinteressado” que “cria os primeiros elementos de uma intuição do mundo, liberta de toda magia ou bruxaria”. Ao contrário dos pedagogos da escola ativa, que defendiam a construção do aprendizado pelos estudantes, Gramsci acreditava que, pelo menos nos primeiros anos de estudo, o professor deveria transmitir conteúdos aos alunos. “A escola unitária de Gramsci é a escola do trabalho, mas não no sentido estreito do ensino profissionalizante, com o qual se aprende a operar”, diz o pedagogo Paolo Nosella. “Em termos metafóricos, não se trata de colocar um torno em sala de aula, mas de ler um livro sobre o significado, a história e as implicações econômicas do torno.”
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O sociólogo francês, Pierre Bourdieu, explicita, em seu artigo, os mecanismos objetivos que determinam a função social da escola: conservar as desigualdades e reproduzir as classes sociais.
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b) Saviani afirma que a função social da escola é promover o homem, elaborando, a partir daí, um método que permitiria à escola exercer tal função.
c) Para Durkheim, a escola tem o papel de ordenar e sistematizar as relações homem-meio. Portanto, trata-se da socialização da jovem geração pela geração adulta.
d) Para Gramsci, a escola é o instrumento para formar os intelectuais de diversos níveis. Pessoas capazes de pensar, de estudar, de dirigir ou de controlar quem dirigem.
e) Segundo Dewey, a função da escola é funcionar como um laboratório da vida social, assim tem finalidade concreta e presente.