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Para psicodinâmica a estratégias de defesa são usadas para minimizar o sofrimento, elas apenas evitam que o trabalhador sofra, mas o uso prolongado pode desencadear em um sofrimento patogênico e adoecimento. Logo, elas não permitem a vivência de prazer. O que permite a vivência de prazer é a mobilização do sofrimento que ocorre a partir de espaço público da fala, da ressonância simbólica e da inteligência prática ou astuciosa.
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RESPOSTA: ERRADO
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Uma leitura da questão, ao que me parece, permite dizer que o sofrimento patogênico indica o impedimento da inteligência prática, ao passo que o sofrimento criativo indica necessariamente o uso adequado dessa mesma inteligência
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Distinguem-se dois tipos de sofrimento: criativo e patogênico. O sofrimento patogênico emerge quando ações que permitem a adaptação ou ajustamento do trabalhador à organização do trabalho se esgotam, impedindo a transformação do sofrimento. Ocasiona bloqueio da relação subjetiva trabalhador_organização do trabalho, tornando o trabalho mediador da desestabilização psíquica e somática.
O sofrimento criativo surge quando o trabalhador utiliza modos operatórios que lhe permitem gerir o seu trabalho, definindo ações capazes de transformar o sofrimento em criatividade e, conseqüentemente, em prazer. O trabalho passa então a funcionar como mediador para a saúde, beneficiando a identidade do trabalhador, aumentando-lhe a resistência, a desestabilização psíquica e somática.
Fonte: http://lpct.com.br/wp-content/uploads/2012/11/27-Morrone-Trabalho-Informal.pdf
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"Trata-se especificamente de uma inteligência que tem raiz no corpo, nas percepções e na intuição sensível: inteligência do corpo sobretudo, ela é também uma inteligência em constante ruptura com as normas, regras, é uma inteligência fundamentalmente transgressiva. Ela está no próprio coração do que chamamos ofício, é a inteligência astuciosa [...]. Se a psicopatologia do trabalho leva em conta a inteligência astuciosa, é também para dar-lhe formas mais contemporâneas: a inteligência astuciosa funciona sempre em relação a uma regulamentação feita anteriormente (pela organização oficial do trabalho) que ela subverte pelas necessidades do trabalhador e para atender aos objetivos com procedimentos mais eficazes, ao invés da utilização estrita dos modos operatórios prescritos." Pág. 133
Livro: Psicodinâmico do Trabalho
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Estratégias operatórias = estratégias defensivas