SóProvas


ID
165466
Banca
ESAF
Órgão
MPU
Ano
2004
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

A diferença entre dolo eventual e culpa consciente consiste no fato de que

Alternativas
Comentários
  • Alternativa CORRETA letra CSegundo Andrea Russar, no nível intelectual cognitivo, tanto no dolo eventual quanto na culpa consciente o agente tem o resultado como possível. A diferença é que, no aspecto volitivo/afetivo, no dolo eventual o sujeito se conforma com o resultado, enquanto que, na culpa consciente, ele tem leviana confiança na ausência do resultado.Dito de outra forma, em ambos o agente prevê o resultado. No dolo eventual, contudo, o sujeito aceita a produção do resultado, enquanto que, na culpa consciente, o sujeito tem certeza que irá evitá-lo.
  • resposta 'c'dolo eventual" se acontecer, que se dane, não estou nem aí, fôda-se"" eu não me importo com o resultado"" eu assumo o risco do resultado"culpa consciente" isso não vai acontecer comigo, tenho certeza"" eu me importo com o resultado, mas espero que ele não ocorra"" eu não assumo o risco do resultado, pois acho que ele não irá ocorrer"dolo:a) direto - o dolo é precisob) indireto - o dolo não é preciso- alternativo - não se importa com o resultado, assumindo o risco- eventual - não se importa com o resultado, já assumiu o risco(+ de 1 resultado)
  • Letra c.Distinção entre culpa consciente e o dolo eventual:nesse tipo de culpa, o agente prevê o resultado, mas não o admite em nunhuma hipótese,acreditando poder evitá-lo.No caso do dolo eventual, também há tal previsão, porém ao agente pouco importa se ocorrerá ou não o resultado,aceitando sua produção.
  • Um esqueminha que pode ajudar a diferenciar o dolo eventual da culpa consciente:

    DOLO EVENTUAL:
    - O agente prevê o resultado, mas não se importa que ele ocorra Ex: Motorista que topa fazer um "racha". Mesmo prevendo que pode perder o controle do veículo, não se importa, pois, para ele, mais vale o prazer da aventura do que se precaver;

    - O agente pensa: "não importa o que aconteça";

    - Há uma dúvida;

    - O agente quer, ainda que eventualmente, o resultado;

    - O autor assume tanto o risco como o seu possível resultado.

    CULPA CONSCIENTE:

    - O agente prevê o resultado, mas repudia a possibilidade de ele acontecer. Ex: Numa caçada em grupo, um atirador, embora percebendo o risco de atingir um companheiro, acredita em sua pontaria e atira em um animal, mas acaba por atingir o colega junto.

    - O agente pensa: "Sim, é possível, mas não vai acontecer nada".

    - Há um erro de cálculo;

    - O agente prevê o resultado, mas acredita convictamente que tem condições de evitá-lo;

    - O autor NÃO quer o resultado, nem eventualmente;

    - O autor assume o risco, mas não assume o resultado, acreditanto que ele não acontecerá.   
  • CORRETO O GABARITO...
    DOLO EVENTUAL
    - o agente não quer diretamente o resultado, outrossim, diante das circunstancias ele consente com a possibilidade do resultado..
    CULPA CONSCIENTE - o agente tem condição cognitiva objetiva e subjetiva de previsibilidade, mas em virtude unicamente de suas habilidades pessoais espera que o resultado danoso não venha a ocorrer...

  • De acordo com o Código Comentado Delmanto 7ª Edição, p. 79 e 80, em apertada síntese temos

    Diferença entre dolo eventual e culpa consciente: É importante não confundir o dolo eventual com a culpa consciente. No dolo eventual, não é suficiente que o agente se tenha conduzido de maneira a assumir o risco de produzir o resultado; exige-se, mais, que ele haja consentido no resultado. Esta é a teoria dominante no Brasil, não obstante existam outras em face da dificuldade de se conhecer o âmago da consciência do sujeito ao praticar determinada conduta (...)  Na Culpa consciente o sujeito prevê o resultado mas espera que ele não aconteça.

  • DOLO EVENTUAL: Assume o risco de produzir o resultado.

    CULPA CONSCIENTE: ocorre quando o agente, embora prevendo o resultado acredita na sua não ocorrência.

  • "Na culpa consciente, o sujeito não quer o resultado, nem assume o risco de produzi-lo. Apesar de sabê-lo possível, acredita sinceramente ser capaz de evitá-lo, o que apenas não acontece por erro de cálculo ou por erro na execução. No dolo eventual o agente não somente prevê o resultado naturalístico, como também, apesar de tudo, o aceita como uma das alternativas possíveis" 

    Direito Penal Esquematizado - PG 268

  • Essa distinção entre dolo eventual e culpa consciente é mera ficção jurídica criada para fomentar debates acadêmicos inócuos.

    Na realidade, inexiste distinção; o único elemento subjetivo da conduta é o dolo; a culpa é normativa/objetiva (conforme se depreende do próprio conceito de culpa: violação a dever objetivo de cuidado). Nesse sentido, quanto à última proposição, LRP, vol. 1, ed. RT, ed. 2010. E ainda dizem que a responsabilidade no D. Penal é subjetiva, mesmo em se tratando de conduta culposa...

  • no dolo eventual  é a vontade de um resultado determinado,porem preve a ocorrencia de um segundo resultado nao desejavel. nao se exige que o resultado seja aceito como tal, o que seria adequado ao dolo direto, mas que a aceitacao se mostre no plano do possivel.

    na culpa consciente o agente preve a conduta mas acredita que tal evento nao se realizara confiando na sua atuacao para impedir o resultado


  • COMENTÁRIOS (Prof, Pedro Ivo -pontodosoconcursos) : Mais uma sobre dolo eventual e culpa consciente. Esse tipo de questão aparece muito em prova. A alternativa C trata de forma perfeita sobre estes dois institutos.
    Alternativa “A” - Na culpa consciente, o agente prevê o resultado, mas espera sinceramente não atingí-lo. Quando o agente não prevê o resultado, temos a culpa comum.
    Alternativa “B” - Insere o conceito de dolo indireto na culpa consciente.
    Alternativa “D” - Se o agente concorda com o resultado, age com dolo e não com culpa.
    Alternativa “E” - Se agiu com negligência, ocorreu CULPA e não DOLO.
  • Na culpa consciente o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra. Há a previsão do resultado, mas ele supõe que poderá evitá-lo com sua habilidade. O agente imagina sinceramente que poderá evitar o resultado. Difere do dolo eventual, porque neste o agente prevê o resultado, mas não se importa que ele ocorra. Para o agente que atua com dolo eventual, é indiferente que o resultado ocorra ou não. Ex. clássico de culpa consciente: ATIRADOR DE FACAS DE CIRCO.
  • Dolo Eventual:

    O agente, embora não querendo diretamente a realização do tipo, o aceita como possível ou mesmo como provável, assumindo o risco da produção do resultado. Não se requer que “a previsão da causalidade ou da forma em que se produza o resultado seja detalhada”, é necessário somente que o resultado seja possível ou provável.

    O agente não deseja o resultado (se assim ocorresse seria dolo direto). Ele prevê que é possível causar aquele resultado, mas a vontade de agir é mais forte. Ele assume o risco. Não há uma aceitação do resultado em si, há a sua aceitação como probabilidade, como possibilidade. “Entre desistir da conduta e poder causar o resultado, este se lhe mostra indiferente”.

    Agir com dolo significa: “jogar com a sorte. Para aquele que se comporta com dolo eventual, o acaso constitui a única garantia contra a materialização do sinistro; o agente tem consciência da sua incapacidade para impedir o resultado, mas mesmo assim fica insensível ao que se apresentou diante da sua psique”.

     

    Culpa Consciente:

    O sujeito é capaz de prever o resultado, o prevê, porém crê piamente em sua não-produção; ele confia que sua ação conduzirá tão-somente ao resultado que pretende, o que só não ocorre por erro no cálculo ou erro na execução.

    A simples previsão do resultado, por si só, não caracteriza que o agente agiu com culpa consciente; faz-se necessário que ele tenha possuído também, ao momento da ação, a consciência acerca da infração ao dever de cuidado.

    A principal característica é a confiança que o agente possui quanto à inexistência do resultado desfavorável, não se devendo confundi-la com uma mera esperança em fatores aleatórios.

    O CP equipara a culpa consciente à inconsciente, designando a mesma pena abstrata para ambas.

  • Dolo eventual: assume o risco e, mesmo assim, o agente toma a ação consentido o resultado.
    Culpa consciente: é aquele em que o agente, embora prevente o resultado, não deixa de praticar a conduta acreditando, sinceramente, que este resultado não venha a ocorrer.
  • Em suma:
    No dolo eventual o agente pensa: "QUE SE DANE!".
    Na culpa consciente o agente pensa: "IH, DANOU-SE!".
  • Comentário: o item (A) está errado, uma vez que quando o agente visa a um ou outro resultado, tem-se o dolo alternativo e não o dolo eventual.

    A alternativa (B) está errada porquanto na culpa consciente o agente prevê o resultado, mas, de modo leviano crê que, por sua destreza, a conduta por ele praticada não resultará no possível dano.

    A alternativa (D) está errada porque a admissão do resultado danoso, malgrado não visado originariamente, caracteriza o dolo eventual e não a culpa consciente.

    A alternativa (E) está errada porquanto a negligência é um dos elementos da culpa e não do dolo. O fato de confiar de modo leviano que sua conduta não resultará num fato danoso configura negligência ou imprudência e caso ocorra ficará caracterizada a culpa.

    A alternativa (C) é a correta e, diante dos seus termos, dispensa maiores comentários.

    Resposta: (C)


  • Teorias aceitas: Vontade (agente quer resultado), assentimento (agente não quer resultado mas assume risco)

    Teorias NÃO aceitas: Representação.

     

    Dolo direto: Primeiro Grau (vítima visada pelo agente), Segundo Grau (vítimas que não eram visadas pelo agente mas que ele assumiu risco mesmo assim)

    Dolo indireto: Alternativo (qualquer resultado contra vítima é aceito pelo agente dado sua conduta), Eventual (Teoria do Assentimento: não quer o resultado mas assume risco através de desvalor com resultado. "TANTO FAZ O RESULTADO", "QUE SE DANE")

    Culpa consciente: Agente prevê o resultado, mas repudia a possibilidade de acontencer. Acha que não vai acontecer o resultado. "IH, LASCOU".

     

     

  • Dolo eventual X culpa consciente - nesta o sujeito não quer o resultado, nem assume o risco de produzi-lo. Apesar de sabê-lo possível, acredita sinceramente ser capaz de evitá-lo, o que apenas não acontece por erro de cálculo ou por erro na execução.

    No dolo eventual o agente não somente prevê o resultado naturalístico, como também, apesar de tudo, o aceita como uma das alternativas possíveis

  • Que definição linda! rs


    No dolo direto : Teoria da vontade


    No dolo eventual: Assentimento. assim, não é só o fato de prevê o resultado

    , visto que isso acontece na culpa consciente vai além; é preciso que assinta.

    perceba também que quando falamos em culpa consciente o agente acredita em suas habilidades ou

    espera sinceramente que o resultado pior não ocorra.


    #Nãodesista!


  • culpa consciente: superman

    - com seus super poderes, há baixa probabilidade de ocorrer o resultado, assim o supeman espera que o resultado não aconteça

  • Alternativa “A” - Na culpa consciente, o agente prevê o resultado, mas espera sinceramente não atingi-lo. Quando o agente não prevê o resultado, temos a culpa inconsciente.

    Alternativa “B” - Insere o conceito de dolo indireto na culpa consciente.

    Alternativa “D” - Se o agente concorda com o resultado, age com dolo e não com culpa.

    Alternativa “E” - Se agiu com negligência, ocorreu CULPA e não DOLO.

    RESPOSTA: C