SóProvas


ID
1660132
Banca
IDECAN
Órgão
Câmara Municipal de Sooretama - ES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assistir não é confiar
Querendo ou não, a tevê é o xodó midiático dos brasileiros. Parece uma revelação tão antiga quanto os suspensórios do Jô Soares, tão óbvia como a pauta do Jornal Nacional, tão repetitiva quanto um comentário da Miriam Leitão.
A escandalosa predominância está agora atestada, de papel passado, pela mais ampla pesquisa sobre meios de comunicação jamais feita no Brasil. A serviço da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o Ibope entrevistou mais de 18 mil pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal.
Conclusão acachapante: apenas 3% dos brasileiros não assistem à televisão. Ou seja, 97% estão ligados, sempre, com frequência ou ocasionalmente. Mesmo os que dizem odiar a tevê adoram alimentar seu ódio... assistindo à tevê.
O Ibope foi mais longe: quis mensurar a preferência pela tevê em comparação com as outras mídias, numa pergunta tipo que veículo você levaria para uma ilha deserta? Deu 76,4% para a tevê (um dolorido pudor me impede de comentar os resultados da mídia impressa).
Querem mais? No Brasil, 67% da população, ou seja, 130 milhões de almas, sintonizam a televisão todos os dias. E a média diária de permanência à frente da telinha é de 3h26 nos dias de semana (3h20 aos sábados e domingos). A pesquisa desce a detalhes. A tevê, de acordo com seu público consumidor, oscila entre o lixo e a informação. Mas o próprio espectador guarda uma salutar distância daquilo que ouve quando a televisão simula ser “séria”. Entre confiar e desconfiar da notícia de tevê, dá empate técnico: 49% a 51%. Por via das dúvidas, é ainda melhor se fiar no que vem impresso no papel.
(Nirlando Beirão. Carta Capital, 26/03/2014.)

Considerando a adequação linguística, assinale o comentário correto referente ao trecho “A pesquisa desce a detalhes.” (5º§).

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: (Caso o termo regido fosse substituído por um vocábulo de gênero feminino, poderia ocorrer o fenômeno da crase.

  • Está apenas específicando e não ligando nada ... Pra quê crase? Oxe.. Kkk
  • Comentário ótimo da Liliane... ¬¬

  • “A pesquisa desce a detalhes.” 

     

    Se trocássemos o termo regido por alguma palavra feminina, exemplo: A pesquisa desce a "montanhas", percebe-se que a preposição do verbo descer não foi excluída e o termo exigiria o artigo A(s), dessa forma, deveria sim existir a crase.

  • Seria mais correto a banca deixar explícito, a troca por palavra feminina e no singular. A palavra atual está no masculino e no plural, e a banca sugere apenas q faça a troca pelo feminino, ou seja, implicitamente não é para alterar entre singular e plural. 

    E, mesmo assim não necessariamente qualquer palavra feminina aceitaria crase nesse exemplo, pois a regência do verbo "descer" nesse caso em concreto exige a prepocisão "a", porém dependendo do termo feminino que a pessoa altere, haveria prejuízo na coerência e teria que alterar o sentido e automaticamente a regência do verbo descer, que também pode ser VTD.

    Essa banca é muito fulera! Se fosse uma banca de respeito, colocaria que poderia ser alterada pelo termo X

  • "a + plural" a regrinha é que não tem crase! :( Questão mal formulada, infelizmente!

     

  • Cade os professores do QC.

  • Pessoal! quando nós depararmos com questões complicada de resolver vamos indicar as questões para os professores comentarem, afinal de conta eles estão aqui para nos orientar. Mas se nós não indicamos as questões para comentários dos professores eles não vão saber qual a nossa dúvida. Lembre-se a união faz a força. 

  • Não concordo com o gabarito!

    O termo regido está no plural, se fosse subistituído por uma palavra feminina no plural seria obrigatório o artigo no plural, então na forma que está escrita a frase, o simples fato de trocar apenas o termo regido não seria suficiente para o uso do acento grave, aquele "a" teria que ser flexionado para o plural.

  •  

    Caso o termo regido fosse substituído por um vocábulo de gênero feminino, PODERIA ocorrer o fenômeno da crase.

    Sim, poderia sim ocorrer o uso da crase, caso a palavra de gênero feminino estivesse no singular.

     

    Exemplo: 

    A pesquisa desce à hipótese. Nesse caso existiria a crase.

    A pesquisa desce a hipóteses. Nesse caso não.

     

    Logo, se existe uma possibilidade de existir a crase, então PODERIA.

     

    Gabarito: D

  • Pessoal, porque não poderia ser a alternativa C?

  • Questão mal elaborada da peste!

    Como há possibilidade se a banca só afirmou o gênero no feminino? É imprescindivel colocar no singular para ter o fenômeno da crase!

  • Essa questão é anulável, na minha opinião.

    "Caso o termo regido fosse substituído por um vocábulo de gênero feminino, continuaria não havendo crase porque está no PLURAL!"

     

     

  • Por favor, peçam o comentário.

    A banca não especificou que seria no singular e não tem como adivinhar isso.

  • DESCER:

    VERBO INTRANSITIVO

     Mover-se de cima para baixo: o sol desceu.

    Baixar de nível; diminuir: as águas do rio desceram.

    Baixar de valor; cair: as apólices desceram.

    Aproximar-se do pôr do sol: o sol está descendo.

    Fazer descer; colocar no chão; apear: o vestido desceu!

    [Figurado] Reduzir a capacidade de: sua perspicácia nunca desce!

    VERBO TRANSITIVO DIRETO

    Ir ou vir de cima para baixo ao longo de: descer a escada.

    Fazer baixar; pôr embaixo; arriar: descer a bandeira.

    Dirigir-se para baixo: descer os olhos.

    [Figurado] Passar a ocupar um posto, uma posição inferior; decair: descer numa companhia, empresa, organização.

    VERBO TRANSITIVO INDIRETO

     Saltar: descer do ônibus.verbo bitransitivo

    [Informal] Golpear alguém: desceu a mão na cara dele!

    Ser o efeito, o resultado de; proceder: a pouca-vergonha desceu da monarquia aos plebeus.

  • Eu fui por eliminação, então assinalei a letra C. Porém a alternativa D está incorreta, pois: a palavra masculina "Detalhes" está sem artigo definido. A alternativa D sugestiona trocarmos por uma palavra feminina. Então dessa forma, infere-se que seja uma palavra feminina sem artigo definido tambem. Então dessa maneira, o acento da crase continuaria sem existir. Isso é o que eu acho.
  • Questão passível de anulação, pois a alternativa somente indicou a mudança de gênero e não de número. Desta forma o substantivo continuaria no plural, não havendo a ocorrência de crase.

  • que viagem é essa

  • Pedi comentário do professor.

  • Essa questão o examinador picareta não deu o braço a torcer, que é como os da IDECAN costumam fazer. A questão não tem resposta correta.

    Vai lá fera, troca de qualquer jeito o termo por um feminino que vai exigir crase, é forçar a barra demais, e pior, tem quem defenda.

  • Descer, no sentido de dirigir-se a lugar mais baixo, admite construção com a preposição a ou para. Nesses casos, não se devem usar construções com a preposição em.

    D) Caso o termo regido fosse substituído por um vocábulo de gênero feminino (no singular) poderia ocorrer o fenômeno da crase.

  • O vocábulo feminino substitutivo de "detalhes" pode estar tanto no singular, que deve ter a crase, ou no plural, que não exige crase. Dependendo de qual forma substituir "detalhes", pode haver uso da crase ou não. Portanto, o gabarito é a alternativa D.