-
O imperialismo dos direitos humanos tem características peculiares. Em primeiro lugar, parte da proposição da legitimidade e até da necessidade de intervenções armadas internacionais para introduzir ou impor os direitos humanos em uma era de crescente barbárie. Em segundo lugar, os regimes tiranos seriam imunes à mudança interna, de modo que apenas a força armada externa poderia conduzi-los a adotar os valores e instituições políticas ocidentais. Em terceiro lugar, acredita-se que tais instituições podem ter êxito em qualquer lugar e, assim, cuidar eficazmente dos problemas transnacionais e trazer a paz ao invés de instaurar a desordem.
HOBSBAWM, Eric. Prefácio. In: Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, pp. 14-15.
-
Se
algum país deveria ser mundialmente proibido de falar em direitos
humanos, esse país haveria de ser, sem nenhuma espécie de dúvidas, os
Estados Unidos da América do Norte.
O
direito humano mais fundamental de todos os direitos é o direito que
tem o operário de não ser explorado, mas desse direito o imperialismo e
os oportunistas nunca falam, precisamente porque é da exploração dos
operários que o imperialismo e os oportunistas vivem.
Nada disso tem nada que ver com direitos humanos, mas apenas com os interesses bélicos do imperialismo americano.
boa sorte
-
A alternativa A se refere à Concepção Multicultural dos Direitos Humanos, do professor Boaventura de Souza Santos, que em nada tem a ver com o enunciado da questão.
-
Revista Le monde Diplomatique, Brasil
Artigo:
Estados Unidos
O imperialismo dos direitos humanos e a falsidade das suas premissas.
A universalização dos direitos humanos (que também aparece como “difusão dos valores da democracia”) não é construída sem intenções: é apenas uma nova justificativa para o exercício de um novo poder mundial, no caso dos Estados Unidos
http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=3042
-
O imperialismo dos direitos humanos tem características peculiares. Em primeiro lugar, parte da proposição da legitimidade e até da necessidade de intervenções armadas internacionais para introduzir ou impor os direitos humanos em uma era de crescente barbárie. Em segundo lugar, os regimes tiranos seriam imunes à mudança interna, de modo que apenas a força armada externa poderia conduzi-los a adotar os valores e instituições políticas ocidentais. Em terceiro lugar, acredita-se que tais instituições podem ter êxito em qualquer lugar e, assim, cuidar eficazmente dos problemas transnacionais e trazer a paz ao invés de instaurar a desordem.
-
Segundo Hobsbawm,[1] o imperialismo dos direitos humanos tem características peculiares. Em primeiro lugar, parte da proposição da legitimidade e até da necessidade de intervenções armadas internacionais para introduzir ou impor os direitos humanos em uma era de crescente barbárie. Em segundo lugar, os regimes tiranos seriam imunes à mudança interna, de modo que apenas a força armada externa poderia conduzi-los a adotar os valores e instituições políticas ocidentais. Em terceiro lugar, acredita-se que tais instituições podem ter êxito em qualquer lugar e, assim, cuidar eficazmente dos problemas transnacionais e trazer a paz ao invés de instaurar a desordem.
http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=3042
-
Multiculturalismo dos direitos humanos: Segundo Boaventura de Souza Santos, os ideais da corrente que defende o universalismo dos direitos humanos implicam uma imposição moral universal; isto é, eles não poderiam ser postos em prática no cenário mundial sem a imposição de uma cultura hegemônica às minorias, o que caracterizaria uma espécie de “canibalização cultural”. Em resposta a esse problema, Santos defende uma concepção multicultural dos direitos humanos, pautada no diálogo entre as culturas com o objetivo de alcançar uma universalidade construída por diversas concepções culturais, sem, no entanto, a imposição de valores ocidentais às culturas orientais e vice-versa, atingindo com isso um ideal cosmopolita
Universalismo de confluência dos direitos humanos: Joaquim Herrera Flores propõe o denominado “universalismo de chegada” ou de “confluência”, segundo o qual os indivíduos buscam chegar até uma concepção universalista dos direitos humanos através da convivência e de diálogos interculturais, proporcionando cruzamentos e misturas entre os indivíduos sem a pretensão de excluir nenhum ser humano na luta por sua dignidade.
-
O professor Marcelo Neves possui um texto bem esclarecedor sobre a temática, intitulado A Força Simbólica dos Direitos Humanos. Dentre outras abordagens, ele critica o uso retórico dos direitos humanos com fins políticos e econômicos para, paradoxalmente, violar-se os próprios direitos humano, fornecendo o exemplo dos EUA.
-
Leo Thunder, apenas uma observação em 2015, quem era o presidente era o Obama, o ursinho carinhoso da esquerda americana, durante todo o seu mandato, foi o que mais jogou bombas e fez intervenções no oriente médio, e não podemos esquecer de Benghazi também, e apenas para terminar o oriente médio é um dos locais do mundo onde tem mais violações dos direitos humanos, onde alguns tanto dizem defender! Que inicie a treta.
Letra C
-
Considerando as características das concepções trazidas nas alternativas, podemos ver que o trecho indicado no enunciado diz respeito ao imperialismo dos direitos humanos, discutido por Eric Hobsbawn. Ele se caracteriza pela legitimação de intervenções armadas a pretexto de introduzir ou impor a proteção de direitos humanos, por entender que regimes tirânicos não são permeáveis a mudanças internas, o que justificaria uma mudança imposta a partir da atuação de forças armadas externas e por considerar que as instituições politicas e valores ocidentais podem ser implantados em qualquer lugar e que podem ser utilizadas para a resolução de problemas transnacionais e para a obtenção da paz.
Gabarito: letra C.
-
Dessa forma, a corrente universalista dos direitos humanos defende que esses direitos inalienáveis devem ser implementados da mesma forma em qualquer país, independentemente de suas particularidades culturais. Além disso, o documento da Conferência de Viena, que ocorreu em 1993 retoma os princípios universais dos direitos humanos e também a sua indivisibilidade. Por isso, diferentes contextos culturais, bem como práticas em determinadas regiões não podem servir como uma justificativa para práticas que ferem os direitos humanos.
Por outro lado, a corrente relativista propõe que cada país deve possuir uma concepção do que são os direitos humanos, visto que cada um possui suas características – como valores e crenças – particulares. Dessa forma, todos os Estados devem respeitar as particularidades culturais de cada região, inclusive o seu sistema moral vigente. A moral de cada lugar varia de acordo com a cultura, com a própria sociedade, visto que a própria história é determinada por uma diversidade cultural. Portanto, qualquer forma de universalização dos direitos humanos é considerada uma tentativa imperialista. (PIOVESAN, 2013).
-
Que os direitos humanos utilizam a dignidade humana como centro das discussões é notório. Mas toda essa notoriedade apenas ofusca a perseguição ao lucro dos Estados capitalistas. Não sou solialista. É que há sim mazelas graves no capitalismo, tornando um grande desafio ao mundo a inserção do homem, do ponto de vista da dignidade pura, da simples existência, nas preocupações primárias dos líderes goblais. Utilizar mecanismos protetivos humanos para implementar interesses capitalistas em outras regiões e duplamente reprovável.
-
Só lembrar que:
Imperialismo dos Direitos Humanos faz referência a intervenções armadas.
-
O excerto evidencia uma realidade: a utilização de argumentos de proteção aos direitos humanos para assegurar vantagens de cunho econômico ou para a imposição de poder de um Estado perante outros.
A partir dessa conclusão podemos eliminar as alternativas A e E, que retratam o oposto de uma atuação impositiva verificada no enunciado da questão.
Por universalismo de confluência devemos entender a atuação posterior de conciliação de direitos humanos, a fim de se encontrar um conjunto mínimo protetivo. Ou seja, é a ideia de que, a partir de algum conflito existente na comunidade em torno dos direitos humanos, forma-se uma mobilização com vistas a chegar a um consenso. Nota-se, pelo excerto, que o consenso não é cogitado: temos imposição pelo uso da força. Assim, eliminada a alternativa B.
A alternativa D também não é a melhor resposta, pois o relativismo indica que cada país possui um conjunto próprio de direitos que considera fundamentais, entendendo cada país deve respeitar a autonomia do outro para delimitar o rol de direitos a proteger. Nota-se justamente o contrário a partir da leitura do excerto, o que indica que está igualmente incorreta.
Portanto, o que temos na alternativa C é justamente a ideia de imperialismo de Direitos Humanos, por intermédio do qual os EUA vestem-se sob o argumento de proteção aos direitos das pessoas para assegurar interesses econômicos e impor a dominação sobre outros países.
Nesse contexto segundo Eric Hobsbawm:
O imperialismo dos direitos humanos tem características peculiares. Em primeiro lugar, parte da proposição da legitimidade e até da necessidade de intervenções armadas internacionais para introduzir ou impor os direitos
humanos em uma era de crescente barbárie. Em segundo lugar, os regimes tiranos seriam imunes à mudança
interna, de modo que apenas a força armada externa poderia conduzi-los a adotar os valores e instituições
políticas ocidentais. Em terceiro lugar, acredita-se que tais instituições podem ter êxito em qualquer lugar e,
assim, cuidar eficazmente dos problemas transnacionais e trazer a paz ao invés de instaurar a desordem.
Fonte: blog do estratégia.
-
Gab. C
aah tá! igual aos jedis (SW)... a paz tem que reinar, nem que seja a força e vidas sejam ceifadas
-
CORRETA LETRA C
Configura a ideia de imperialismo de Direitos Humanos, por intermédio do qual os EUA veste-se sob o argumento de proteção aos direitos das pessoas para assegurar interesses econômicos e impor a dominação sobre outros países (intervenções armadas).
-
Embora possa parecer um conceito complexo, dá para esquematizar assim:
Imperialismo dos direitos humanos : Os direitos políticos e econômicos paradoxalmente usados para violar-se os próprios direitos humanos.
Bons estudos!!