Achei o seguinte fragmento no texto "Abordagem antropológica para avaliação de políticas sociais" de Minayo:
"Bulmer (1978), propõe para as pesquisas no setor de políticas sociais a denominação de "estratégica". Esse autor refuta a divisão tradicional entre "pesquisa pura" e "pesquisa aplicada" mostrando que o campo empírico das investigações exige uma classificação mais precisa e mais complexa. "Pura ou Básica" em oposição a "Aplicada" conota uma falsa dicotomia, na medida em que pesquisas teóricas podem ter importantes conseqüências práticas e vice-versa. O autor assinala cinco modalidades de pesquisa que não se contradizem, e cujos limites são dados por ênfases mais acentuadas em determinado aspecto:
a) Pesquisa básica ou pura;
b) Pesquisa estratégica;
c) Pesquisa-ação;
d) Pesquisa de inteligência;
e) Pesquisa operacional.
Por "Pesquisa Estratégica" entendemos aquela que se fundamenta nas teorias das ciências sociais, mas têm como principal objetivo esclarecer determinados aspectos da realidade para a ação das políticas públicas. Seus instrumentos são freqüentemente interdisciplinares e seus resultados se encaminham, para a solução de problemas. Ao contrário, as pesquisas básicas tradicionalmente se voltam para a construção da teoria e são marcadas pela interdisciplinaridade."
Dessa forma concordo com a colega Mariana, creio que o erro esta quando a banca afirma que a pesquisa básica não pode subsidiar a formulação de políticas públicas, já que o autor em questão explica que essas modalidades de pesquisa não se excluem, podendo ser complementares, não sendo assim tarefa exclusiva da pesquisa estratégica subsidiar políticas públicas.