Sendo assim, criticando estes modelos de avaliação que apenas objetivam
medir a eficiência e eficácia das políticas sociais, através da aplicação acrítica de
métodos e técnicas, sem uma análise conjuntural do papel do Estado no
enfrentamento das desigualdades sociais; Boschetti (2009a, p. 576) propõe “[...] uma
perspectiva de análise que situa a avaliação das políticas sociais nas contraditórias
relações entre Estado e sociedade no capitalismo”.
Muitos desses estudos não consideram que a relação custo-benefício não
pode se aplicar às políticas sociais públicas com o rigor e intencionalidade
com que se aplica ao mercado, visto que seu objetivo não é (e não deve
ser) o de atender o maior número de pessoas com o menor dispêndio e
recursos. Ao contrário, a avaliação de políticas sociais públicas deve ser
orientada pela intencionalidade de apontar em que medida as políticas e
programas sociais são capazes e estão conseguindo expandir direitos,
reduzir a desigualdade social e propiciar a equidade. (BOSCHETTI, 2009a,
p. 578).