- ID
- 1687732
- Banca
- FUNDEP (Gestão de Concursos)
- Órgão
- COHAB MINAS
- Ano
- 2015
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Muita gente pensa que as palavras têm um sentido fixo e verdadeiro. Entre os defensores dessa tese, os mais sofisticados argumentam em nome de um sentido antigo, supostamente originário. Não deixa de estar implícita nessa tese uma generalização dela, segundo a qual antigamente tudo era melhor (do paraíso antes da queda às línguas antes de Babel). Entretanto, o que melhor se pode saber sobre as línguas decorre da observação cotidiana do que fazem com ela os falantes. E o que os falantes mais fazem com ela é puxá-la para seu lado.
Se se quer entender minimamente uma língua, talvez
o melhor caminho seja olhá-la com olhos de sociólogo
(em vez de consultar uma gramática ou um dicionário):
e o que primeiro se vê é que ela não é (nenhuma delas)
uniforme – assim como não o é nenhuma sociedade.
É mais comum que se observe a heterogeneidade de uma língua com base na diversidade de sotaques e de construções gramaticais (de que 'nós vamos' / 'nós vai' pode ser uma espécie de símbolo). Mas há tanta variedade de sentidos quanto de pronúncias ou de concordâncias verbais e nominais.
Muitos pensam que, assim, nunca nos entenderemos. Mas é óbvio que não. Se nos entendêssemos, por que existiria a história de Babel?
É mais comum que se observe a heterogeneidade de uma língua com base na diversidade de sotaques e de construções gramaticais (de que 'nós vamos' / 'nós vai' pode ser uma espécie de símbolo). Mas há tanta variedade de sentidos quanto de pronúncias ou de concordâncias verbais e nominais.
Muitos pensam que, assim, nunca nos entenderemos. Mas é óbvio que não. Se nos entendêssemos, por que existiria a história de Babel?
POSSENTI, Sírio. Disputa de sentidos. Instituto Ciência Hoje. Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/d...> .
Acesso em: 11 ago. 2015. Adaptado.
Para o autor, o conhecimento da língua deve advir