SóProvas


ID
1696324
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerar o texto II, para responder à questão .

Texto II: Terra, terra

De repente, a terra se faz lembrar. Acentua que não é necessariamente terra firme. E treme. Aterroriza, destrói, mata, mostra que o bicho-homem não manda nela. O terremoto no Nepal dói no mundo inteiro, em todos os habitantes do planeta Terra, por cima das distâncias e diferenças, solidários com as vítimas indefesas e impotentes. Vem somar uma catástrofe natural à catástrofe humana e histórica, perfeitamente evitável, dos imigrantes clandestinos, também impotentes e indefesos, que fogem de suas casas, deixam suas terras e morrem maciçamente no Mediterrâneo, milenar berço de civilizações transformado em túmulo de famílias desesperadas. São dias de chorar. Pelas vítimas do terremoto no Nepal. Pelos migrantes que se afogam no Mediterrâneo. E de tentar ajudar.
Outras línguas distinguem a terra que se move (como earth), da terra que se deixa (land), escorraçado pela guerra e pela miséria. Ou da terra (ground) que guarda o petróleo que tanto enriquece alguns e de onde pode brotar a água que nos faz viver mas ameaça sumir. Em português, juntamos tudo, entendendo que é uma coisa só. Mesmo distantes, errantes navegantes do planeta, jamais deveríamos esquecer — como na canção de Caetano.
Todo mundo tem o direito de poder ficar em sua própria terra natal, se quiser. É o que pede o coração. Um dos aspectos mais terríveis dessas migrações clandestinas africanas ou do Oriente Médio, incentivadas pelo tráfico ilegal para a Europa, é a mais absoluta falta de opção das vítimas. É revoltante saber que milhares de pessoas estão morrendo afogadas todo dia, por terem pago por essa viagem as economias de uma vida, depois de perderem casa, bens, terras, animais, plantações, para se apinhar com a família numas sucatas flutuantes, muitas vezes trancados num porão.

Ana Maria Machado. O Globo – 02/05/2015, 1º Caderno, Opinião. Fragmento

O seguinte par de palavras do texto recebe acento gráfico em decorrência de diferentes regras de acentuação gráfica:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    a) Solidários e família são palavras paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas. (Essas palavras são chamadas de "falsas esdrúxulas", pois as duas regras são aceitas para acentuá-las. Vai depender do autor. Mas o que importa aqui é que as duas são acentuadas pelo mesmo motivo.

    b) Petróleo é palavra proparoxítona. Já a palavra terríveis é uma palavra paroxítona terminada em ditongo seguido de "s".

    c) Deveríamos e catástrofe são palavras proparoxítonas.

    d) Línguas e água são palavras paroxítonas terminadas em ditongo.


    E para quem não lembra:

    Proparoxítona é quando a antepenúltima sílaba é a mais forte.

    Paroxítona é quando a penúltima sílaba é a mais forte.

    E oxítona é quando a última sílaba é a mais forte.

    Bons estudos!!! 

  • Pra mim, a letra B está correta também.

    Petróleo é paroxítona

    Classe gramatical: substantivo masculino

    Separação das sílabas: pe-tró-leo
    Plural: petróleos
    Feminino: petrólea

    http://www.dicio.com.br/petroleo/

  • "Terríveis" se encaixa na regra das paroxítonas terminadas em ditongo decrescente, como as palavras: jóquei, pônei... 

    "Petróleo" por ser terminado em ditongo crescente, se enquadra na regra das proparoxítonas . mesmo que não seja graficamente, ela é foneticamente considerada uma proparoxítonas.

  • deveríamos e catástrofe são ambas proparoxítonas, portanto obrigatoriamente acentuadas

  • isso que dá colocar estagiário p fazer questão

  • acabei de descobrir que PETRÓLEO É PROPAROXÍTONA