Livro: Serviço Social: Direitos Sociais e Competências
Profissionais, CFESS, 2009.
Texto: Raquel Raichellis – O trabalho do assistente social
na esfera estatal.
1º: Desafios da Interlocução pública do Serviço Social – a
autora fala sobre a importância da reciclagem e nova capacitação teórica,
técnica e ético-política, uma vez que os A.S tem se inserido em novos espaços
como Conselhos de Políticas Sociais e de defesa de direitos, principalmente no
âmbito municipal. Destaca também para os novos atores sociais (ONG’S,
empresários, governantes) que falam de temas como os nossos, mas muitas vezes
com uma perspectiva conservadora; lembrando que estes também disputam espaços
públicos, poder de voz e deliberações em políticas e programas.
2º : Exigências de profundas
mudanças no perfil do A.S – Historicamente, o A.S se ocupava predominantemente
de atividades de execução das políticas, porém esse perfil vem mudando,
conforme mostra a autora no texto. Os espaços tem se ampliado, e com isso
surgem novas alternativas de trabalho e novas necessidades profissionais... de
capacitação, educação continuada, qualificações técnicas e teóricas, maior
leitura crítica para boas elaborações e formulações de indicadores,
interlocução pública, implantação e funcionamento de conselhos, planejamento e
gestão, avaliação de políticas e outras. Precisa-se de uma intervenção cada vez
mais crítica e criativa.
3º: O caráter interdisciplinar e
intersetorial do trab. Profissional no campo das P. Sociais e Públicas – Este trabalho
interdisciplinar é frequente e necessário. Precisa haver clareza quanto à
análise de cada profissional em sua respectiva área, de forma que estes saberes
se envolvam e se convirjam para um mesmo projeto coletivo. Esta aliança deve
ser comprometida, por isso, deve envolver governo, sociedade civil, usuários
dos serviços e organizações coletivas.
4º: Desafio de recuperar o trabalho
de base junto à população – A autora afirma que houve um refluxo dos movimentos
sociais e um enfraquecimento das instâncias coletivas de representação política.
Hoje, o que se vê predominando, são formas institucionalizadas de participação,
ofuscando o trabalho de mobilização e organização popular. Conselhos e
Conferências são importantes, mas é preciso extrapolar esses espaços e
impulsionar a participação da população de outras formas.
Gabarito (A)
"Diante desse quadro complexo,quais são os desafios que se apresentam no cotidiano do trabalho dos assistentes sociais na esfera estatal? A) Desafios da interlocução pública do Serviço Social; B) Exigências de profundas mudanças no perfil do assistente social ;C) Caráter interdisciplinar e intersetorial do trabalho profissional no campo das políticas sociais públicas e D) O desafio de recuperar o trabalho de base junto à população" (RAICHELIS, 2009, p. 12-15).
portanto, a citada autora não classifica como desafio ao assistente social execução terminal de políticas social, pelo contrário, afirma que "embora historicamente os assistentes sociais tenham se voltado à implementação de políticas públicas, como “executores terminais das políticas sociais”, como definiu José Paulo Netto, esse perfil vem mudando nos últimos anos e,apesar de ainda predominante,abrem-se novas alternativas e áreas de trabalho profissional" (RAICHELIS, 2009, p. 14).