Embora particularidades na produção mediada pela
tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso não
significa que as pessoas estejam escrevendo errado.
Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem
ao suporte utilizado: “O contexto é que define o registro de
língua. Se existe um limite de espaço, naturalmente, o sujeito
irá usar mais abreviaturas, como faria no papel", afirma um
professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia
do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a
capacidade do destinatário de interpretar corretamente a
mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a
escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado
apenas em contextos específicos, o que acaba por
desestimular o aluno, que não vê sentido em empregar
tal modelo em outras situações. Independentemente dos
aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social
da língua revela-se muito mais significativo do que seu
uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgação
Científica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é sempre
presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma
que nossos avós". Some-se a isso o fato de os jovens se
revelarem os principais usuários das novas tecnologias, por
meio das quais conseguem se comunicar com facilidade.
A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam
ter discernimento quanto às distintas situações, a fim de
dominar outros códigos.
SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).
Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de
informação e de comunicação, usos particulares da
escrita foram surgindo. Diante dessa nova realidade,
segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a