“No pensamento social latino-americano, seja no interior do continente ou de fora dele – e
sem chegar a constituir um corpo coerente – produziu-se uma ampla gama de buscas, de formas
alternativas do conhecer, questionando-se o caráter colonial/eurocêntrico dos saberes sociais
sobre o continente, o regime de separações que lhes servem de fundamento, e a ideia mesma da
modernidade como modelo civilizatório universal".
LANDER, Edgardo. “Ciências Sociais: saberes coloniais e eurocêntricos". LANDER, Edgardo
(org). A colonialidade do Saber eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Consejo
Latinoamericano de Ciencias Sociales – CLASCO, 2005, p. 38.
Os Estudos Culturais e Pós-Coloniais trouxeram algumas alterações no campo da História, entre
as quais:
I – Redefiniram o trabalho do historiador nas interpretações, possibilitando novas narrativas a
partir de sujeitos subalternos;
II – Entre as alterações pontuais, as narrativas subalternas tornaram-se norteadoras da escrita
histórica;
III – Possibilitaram a emergência de múltiplos relatos históricos, ampliando as interpretações
eurocêntricas e modernidade;
IV – A emergência de novas epistemes, que descolonizam o pensamento, pois o fim do
colonialismo não representou a conclusão da colonialidade.