Alternativas
Os principais visitantes de museus e centros interativos
de ciência brasileiros são, em geral, escolares,
representando em média cerca de 70% do total. No
entanto, não existe um padrão único de contabilização do
público visitante nas instituições e, na maioria dos casos,
o número de visitantes é fruto de uma estimativa.
Os museus e centros interativos de ciência são ligados
geralmente a outras instituições públicas, e a gestão dos
espaços é complicada. Os entraves burocráticos
dificultam a agilidade das mudanças pretendidas e a falta
de flexibilidade para a tomada de decisões é um dos
problemas encontrados.
Muitos museus e centros interativos de ciência surgiram
como fruto da vontade de um indivíduo ou de um
pequeno grupo de pessoas; a partir de uma iniciativa,
outros se agregaram ao projeto e, assim, a equipe foi
nascendo e se estabelecendo.
Uma fragilidade importante dos museus e centros
interativos de ciência está na formação da equipe. Os
espaços gostariam de contar com profissionais
especializados na área de museus e divulgação científica.
No entanto, é reduzida a oferta de cursos específicos
para a formação de recursos humanos na área de
divulgação científica em museus de ciência e tecnologia.
Os museus e centros interativos de ciência consultados
no estudo consideram-se interativos. Porém, pela análise
das atividades e das outras declarações apresentadas,
podemos perceber que o entendimento da interatividade
não corresponde ao conceito usado no início da história
do surgimento dos museus e centros interativos de
ciência brasileiros. O conceito foi distorcido e, com isto,
não podemos dizer que se tratem efetivamente de
espaços interativos.