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"Na medida em a prática conservadora foi sendo
desqualificada, com toda a razão, não se investiu em análises sobre o fazer profis‑
sional e nem se gestaram formas inovadoras de ação profissional, compatíveis com
o perfil estabelecido pelo novo currículo, sendo a preocupação maior, entre os docentes/pesquisadores, se apropriar do novo marco teórico indicado pelo currículo
de 1982. (Nogueira, 2010, p. 5).
A esse respeito, convém recordar que a partir da década de 1980‑90 é destaca‑
do o protagonismo do Serviço Social crítico. Ou seja, a teoria social de Marx passa
a ser articulada de maneira mais efetiva com a profissão, por intermédio, inicialmente, das análises de Iamamoto em 1982 no livro Relações sociais e Serviço Social no
Brasil, teoria que apreende o ser social a partir de mediações. Portanto, os fatos e dados passam a ser vistos como indicadores, e não como fundamentos do horizonte
analítico. Isto é, as relações sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições que ao mesmo tempo revelam/ocultam as relações sociais imediatas."
A “viagem de volta”:*66
significados da pesquisa na formação e
prática profissional do Assistente Social
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"As relações sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições etc, que ao mesmo tempo revelam/ocultam as relações sociais imediatas. Por isso nesta matriz o ponto de partida é aceitar fatos, dados como indicadores, como sinais, mas não como fundamentos últimos do horizonte analítico. Trata-se, portanto, de um conhecimento que não é manipulador e que apreende dialeticamente a realidade em seu movimento contraditório.
(TEXTO: Os fundamentos históricos e teórico metodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade)
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Esse "situações / instituições" me pegou. Partindo do entendimento de que o ocultamento está relacionado ao Modo Produção Capitalista achei a expressão reducionista... Enfim... A CESPE pega tanto agente na pegadinha, que agente as vê até onde não existe... rs
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Gabarito Certo
As relações imediatas = Imediaticidade do Real = Singularidade
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Teoria social marxista não combinada com relaçoes sociais IMEDIATAS, achei essa questão equivocada, pois a teoria social de Marx nos leva a compreensão das relações sociais a partir da dialética, da movimento histórico.
Segundo Yazbec, as relações e vivências imediatas podem ser compreendidas na matriz positivista, que é totalmente contrária a que se refere a questão. INCLUSIVE, A BANCA TIROU ESSA QUESTÃO DESSE TEXTO, PORÉM, MAL ELABORADA!
"É, sobretudo com Iamamoto (1982) no início dos anos 80 que a teoria social de
Marx inicia sua efetiva interlocução com a profissão. Como matriz teóricometodológica
esta teoria apreende o ser social a partir de mediações. Ou seja, parte da
posição de que a natureza relacional do ser social NÃO é percebida em sua
imediaticidade. "Isso porque, a estrutura de nossa sociedade, ao mesmo tempo em que
põe o ser social como ser de relações, no mesmo instante e pelo mesmo processo,
oculta a natureza dessas relações ao observador" (NETTO, 1995) Ou seja, as relações
sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições etc, que ao mesmo tempo
revelam/ocultam as relações sociais imediatas. Por isso nesta matriz o ponto de
partida é aceitar fatos, dados como indicadores, como sinais, mas não como
fundamentos últimos do horizonte analítico. Trata‐se, portanto de um conhecimento
que não é manipulador e que apreende dialéticamente a realidade em seu movimento
contraditório. Movimento no qual e através do qual se engendram, como totalidade, as
relações sociais que configuram a sociedade capitalista."
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Relações Sociais / capital / mediação / o real / negação da negação /concreto pensado / diálética
Marx
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CORRETA..
Yazbek (2009)16, levando em consideração os estudos de Iamamoto (1982), afirma que a teoria social de Marx inicia sua efetiva interlocução com a profissão no início dos anos 80.
Esta teoria apreende o ser social a partir de mediações. Ou seja, parte da posição de que a natureza relacional do ser social não é percebida em sua imediaticidade. "Isso porque, a estrutura de nossa sociedade, ao mesmo tempo em que põe o ser social como ser de relações, no mesmo instante e pelo mesmo processo, oculta a natureza dessas relações ao observador" (NETTO, 1995).
Ou seja, as relações sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições etc., que ao mesmo tempo revelam/ocultam as relações sociais imediatas. Por isso nesta matriz o ponto de partida é aceitar fatos, dados como indicadores, como sinais, mas não como fundamentos últimos do horizonte analítico.
Trata‐se, portanto, de um conhecimento que não é manipulador e que apreende dialeticamente a realidade em seu movimento contraditório. Movimento no qual e através do qual se engendram, como totalidade, as relações sociais que configuram a sociedade capitalista.
FONTE;ESTRATÉGIA