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ID
1742920
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o trecho da entrevista com um médico epidemiologista.

Folha – Não é contraditório um epidemiologista questionar o conceito de risco?

Luis David Castiel – Tem também um lado opressivo que me incomoda. Uma dimensão moralista, que rotula as pessoas que se expõem ao risco como displicentes e que, portanto, merecem ser punidas [pela doença], se acontecer o evento ao qual estão se expondo. Estamos à mercê dessa prescrição constante que a gente tem que seguir. Na hora em que você traz para perto a ameaça, tem que fazer uma gestão cotidiana dela. Não há como, você teria que controlar todos os riscos possíveis e os impossíveis de se imaginar. É a riscofobia.

Folha – Há um meio do caminho entre a fobia e o autocuidado?

Luis David Castiel – A pessoa tem que puxar o freio de emergência quando achar necessário, decidir até que ponto vai conseguir acompanhar todos os ditames da saúde. (…) Na saúde, a vigilância constante, o excesso de exames criou uma nova categoria: a pessoa não está doente, mas não é saudável. Está sob risco.
(Folha de S.Paulo, 11.04.2011. Adaptado.)

Assinale a alternativa que contempla adequadamente a opinião do médico, sob o ponto de vista filosófico.

Alternativas
Comentários
  • Na entrevista, o médico Luis Castiel fala sobre a forma como os avanços da ciência médica levam a uma situação de opressão, em que a multiplicação das patologias coloca os indivíduos diante de restrições paralisantes. Resposta: A