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Prova VUNESP - 2011 - UNESP - Vestibular


ID
1742752
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Uma campanha alegre, IX

Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
                    (Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)

Considere as frases com relação ao que se afirma na crônica de Eça de Queirós:

I. Os que estão no poder não querem sair e os que não estão querem entrar.

II. Quando um partido ético está no poder, tudo fica melhor.
III. Os governantes são bons e éticos, mas vivem a trocar acusações infundadas.
IV. Os políticos que estão fora do poder julgam-se os melhores eticamente para governar.


As frases que representam a opinião do cronista estão contidas apenas em:


Alternativas
Comentários
  • I) Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem

    tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da

    Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E

    os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,

    para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros

    liberais, e os interesses do País!

    IV) Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua

    própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os

    salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses

    do País.

    LETRA C


ID
1742755
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Uma campanha alegre, IX

Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
                    (Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)

... cheios de fel e de tédio...
Nesta passagem do sexto parágrafo, o cronista se utiliza figuradamente da palavra fel para significar

Alternativas
Comentários
  • fel. Significado de Fel. substantivo masculino Expressão de amargor, de sabor amargo, azedo; azedume. [Figurado]


ID
1742758
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Uma campanha alegre, IX

Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
                    (Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)

Considerando que o último parágrafo do fragmento representa uma ironia do cronista, seu significado contextual é:

Alternativas
Comentários
  • A ironia, no último parágrafo, consiste em dar a

    entender que o país vai muito mal ao afirmar que ele

    vai muito bem.


ID
1742761
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Uma campanha alegre, IX

Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
                    (Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)

Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações mais hostis...

Com esta frase, o cronista afirma que

Alternativas
Comentários
  • A ideia central do texto é que partidos aparentemente

    antagônicos se alternam não só no poder, mas também

    nas mesmas práticas de corrupção e nas mesmas

    acusações.


ID
1742764
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Uma campanha alegre, IX

Há muitos anos que a política em Portugal apresenta este
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
                    (Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)

Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo.

Alternativas
Comentários
  • Numéros cardinais ---> Número absoluto ( Os cinco....)

    Substantivar um cardinal é colocar um Artigo na frente dele como Aconteceu na passagem:

    --> os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar...

  • GABARITO: LETRA C

    ===> ... os cinco que estão no Poder fazem tudo o que podem para continuar...

    ===> O número cardinal está substantivado pelo artigo definido "o", sendo dessa forma um substantivo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Resolução

    O artigo definido no masculino plural, os, substantiva

    o numeral cardinal cinco na alternativa c

  • O artigo definido ''o'' faz com que ocorra a derivação imprópria do numeral.

    ''os cincos''

    LETRA C

    APMBB


ID
1742767
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor
— com a web não é mais assim


Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do
marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam
mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos;
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma
todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos
consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores
hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos
estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas
concepções industriais na definição e marketing de produtos.
(...)

Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado,
os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas
que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores
vão oferecer vários preços por um produto, dependendo
de condições específicas. Compradores e vendedores
trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados,
e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos
e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico
(a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação
(o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso,
mas sim de uma grande comunidade online e com o capital
de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida
no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder.
As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo.
Os consumidores com frequência têm acesso a informações
sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem
o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas
por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
   Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo,Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

A leitura atenta deste instigante artigo de Don Tapscott revela que o tema central de sua mensagem é:

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    Com a popularização da internet, iniciou-se uma nova

    lógica de mercado e esta gerou mudanças profundas

    nas teorias tradicionais de marketing.


ID
1742770
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor
— com a web não é mais assim


Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do
marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam
mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos;
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma
todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos
consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores
hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos
estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas
concepções industriais na definição e marketing de produtos.
(...)

Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado,
os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas
que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores
vão oferecer vários preços por um produto, dependendo
de condições específicas. Compradores e vendedores
trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados,
e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos
e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico
(a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação
(o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso,
mas sim de uma grande comunidade online e com o capital
de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida
no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder.
As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo.
Os consumidores com frequência têm acesso a informações
sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem
o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas
por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
   Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo,Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram “mensagens" unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder.

Nesta passagem do quinto parágrafo, ao empregar a expressão consumidores sem rosto e sem poder, o autor sugere que:

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    Nas teorias tradicionais de marketing, considera-se o

    consumidor desprovido de poder e de individualidade,

    ou seja, ele é tido como massa. Entretanto, As comuni -

    dades online perturbam drasticamente esse modelo. Os

    consumidores com frequência têm acesso a informações

    sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles.


ID
1742773
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor
— com a web não é mais assim


Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do
marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam
mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos;
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma
todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos
consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores
hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos
estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas
concepções industriais na definição e marketing de produtos.
(...)

Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado,
os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas
que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores
vão oferecer vários preços por um produto, dependendo
de condições específicas. Compradores e vendedores
trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados,
e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos
e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico
(a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação
(o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso,
mas sim de uma grande comunidade online e com o capital
de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida
no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder.
As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo.
Os consumidores com frequência têm acesso a informações
sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem
o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas
por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
   Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo,Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

São eles que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião pública" online.

Nesta passagem do penúltimo parágrafo do texto, o autor repete por três vezes o pronome eles, para referir-se enfaticamente aos


Alternativas

ID
1742776
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor
— com a web não é mais assim


Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do
marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam
mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos;
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma
todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos
consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores
hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos
estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas
concepções industriais na definição e marketing de produtos.
(...)

Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado,
os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas
que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores
vão oferecer vários preços por um produto, dependendo
de condições específicas. Compradores e vendedores
trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados,
e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos
e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico
(a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação
(o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso,
mas sim de uma grande comunidade online e com o capital
de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida
no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder.
As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo.
Os consumidores com frequência têm acesso a informações
sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem
o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas
por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
   Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo,Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem.


Nas orações que compõem os dois períodos transcritos, os termos destacados exercem a função de

Alternativas
Comentários
  • Os verbos criar, fixar, definir, fazer e controlar são

    transitivos diretos e regem, respectivamente, os

    objetos diretos produtos, preços, os locais, anúncios e a

    men sagem.

  • GABARITO - B

    Questão muuuito imples! Bast se perguntar: Criamos o que? Definimos o que? ---> Quando se pergunta o que, o uso de objeto direto é certo.

    Obs - Quando se usa preposição e a pergunta é a quem, o objeto indireto prevalece.

    CAVEIRA!


ID
1742779
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor
— com a web não é mais assim


Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do
marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam
mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos;
fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos
anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma
todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem
serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos
consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores
hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos
estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas
concepções industriais na definição e marketing de produtos.
(...)

Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado,
os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais
desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas
que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores
vão oferecer vários preços por um produto, dependendo
de condições específicas. Compradores e vendedores
trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados,
e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos
e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico
(a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação
(o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso,
mas sim de uma grande comunidade online e com o capital
de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida
no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram
“mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho
único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder.
As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo.
Os consumidores com frequência têm acesso a informações
sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles
que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem
o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas
por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
   Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo,Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.

O termo marqueteiro, presente nesta frase, foi formado em português por influência do inglês e tem como uma de suas acepções usuais:

Alternativas

ID
1742782
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão

A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor
    [tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
   [paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta
    [exausto no último lance da maratona.

Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde

A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
   [o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
     [águas-marinhas.
    (Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)


(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem
primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência,
experiente, versado, mestre.”
             (Dicionário Eletrônico Houaiss)

Compare o conteúdo das frases a seguir com o que o eu-poemático afirma no poema.

I. A notícia da morte do pai chegou por telefone.
II. O falecimento foi informado pela primogênita.
III. A morte do pai provocou reminiscências da infância.
IV. Apesar de não ter sido um bom pai, o filho perdoa e sente
saudades.

As frases que correspondem ao que é efetivamente expresso no poema estão contidas apenas em

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    O anúncio da morte por telefone se evidencia no verso

    “A morte chegou pelo interurbano em longas espirais

    metálicas”, ficando claro, nos versos seguintes, que, ao

    pensar no pai morto, o que lhe vem à memória são

    também as recordações de sua infância: “No escuro

    de minha casa em Los Angeles, procurei recompor tua

    lembrança / Depois de tanta ausência. Fragmentos da

    infância / Boiaram do mar de minhas lágrimas.”


ID
1742785
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão

A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor
    [tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
   [paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta
    [exausto no último lance da maratona.

Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde

A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
   [o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
     [águas-marinhas.
    (Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)


(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem
primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência,
experiente, versado, mestre.”
             (Dicionário Eletrônico Houaiss)

O barbante cortava teus dedos / Pesados de mil embrulhos:

O emprego da expressão mil embrulhos no verso mencionado caracteriza-se como figura de linguagem denominada hipérbole, porque


Alternativas

ID
1742788
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão

A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor
    [tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
   [paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta
    [exausto no último lance da maratona.

Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde

A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
   [o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
     [águas-marinhas.
    (Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)


(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem
primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência,
experiente, versado, mestre.”
             (Dicionário Eletrônico Houaiss)

Marque a alternativa cujo verso contém um pleonasmo, ou seja, uma redundância de termos com bom efeito estilístico.

Alternativas
Comentários
  • Há pleonasmo na repetição do pronome oblíquo

    referente à primeira pessoa: “A mim me deste”


ID
1742791
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão

A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor
    [tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
   [paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta
    [exausto no último lance da maratona.

Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde

A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
   [o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
     [águas-marinhas.
    (Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)


(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem
primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência,
experiente, versado, mestre.”
             (Dicionário Eletrônico Houaiss)

Quando a curva / Se acendia de luzes semoventes,

Esta imagem significa, nos versos em que surge,

Alternativas
Comentários
  • A imagem sugere a chegada do bonde que trazia o pai

    do eu lírico no fim da tarde. Luzes semoventes é uma

    referência ao farol do bonde que se aproxima.

  • GABARITO - B

    Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho

    Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...

    Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva

    Se acendia de luzes semoventes*


ID
1742794
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes,
poeta e cidadão

A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas.
Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva.
De repente não tinha pai.
No escuro de minha casa em Los Angeles procurei recompor
    [tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da infância
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me eu menino
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
Tinham-se apenas acendido os lampiões a gás, e a clarineta
De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
Rangia nos trilhos a muitas praias de distância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
Se acendia de luzes semoventes*, ah, corríamos
Corríamos ao teu encontro. A grande coisa era chegar antes
Mas ser marraio** em teus braços, sentir por último
Os doces espinhos da tua barba.
Trazias de então uma expressão indizível de fidelidade e
   [paciência
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da doçura
De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Se curvavam como ao peso da enorme poesia
Que não realizaste. O barbante cortava teus dedos
Pesados de mil embrulhos: carne, pão, utensílios
Para o cotidiano (e frequentemente o binóculo
Que vivias comprando e com que te deixavas horas inteiras
Mirando o mar). Dize-me, meu pai
Que viste tantos anos através do teu óculo de alcance
Que nunca revelaste a ninguém?
Vencias o percurso entre a amendoeira e a casa como o atleta
    [exausto no último lance da maratona.

Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. Entravas a casa
humilde

A um gesto do mar. A noite se fechava
Sobre o grupo familial como uma grande porta espessa.
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixavas-te olhando
   [o mar
Com mirada de argonauta. Teus pequenos olhos feios
Buscavam ilhas, outras ilhas... — as imaculadas, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia aportar
E trazer — depositar aos pés da amada as joias fulgurantes
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, comandante
Comandar, batido de ventos, perdido na fosforência
De vastos e noturnos oceanos
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a capacidade de amar
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha
Movida a água: foi reta para o fundo. Partiste um dia
Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
Doze luas voltaste. Tua primogênita — diz-se —
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e pequenas
     [águas-marinhas.
    (Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)


(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se move por si próprio.”
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, palavra que dá, a quem
primeiro a grita, o direito de ser o último a jogar.”
(***) Provecto: “Que conhece muito um assunto ou uma ciência,
experiente, versado, mestre.”
             (Dicionário Eletrônico Houaiss)

Partiste um dia / Para um brasil além, garimpeiro sem medo e sem mácula.

O emprego da palavra brasil com inicial minúscula, no poema de Vinicius, tem a seguinte justificativa:

Alternativas
Comentários
  • Substantivos comuns ---> letra minúscula no início.

    Substantivos próprios ---> Letra Maiscúla no início.

  • A inicial minúscula de brasil justifica-se por não ser

    uma referência ao país (o Brasil), mas a um destino

    desconhecido (um brasil), situado além desta vida,

    além deste país em que o falecido vivera.


ID
1742797
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               A literatura em perigo


A análise das obras feita na escola não deveria mais ter
por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este
ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando,
então, os textos são apresentados como uma aplicação da
língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter
acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse
sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano,
o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é
estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é
necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido
pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler:
“O estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relação
consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.”
Mais exatamente, o estudo da obra remete a círculos concêntricos
cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo
autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas
seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente
dado pela própria existência humana. Todas as grandes
obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão
dessa dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma
obra e revelar o pensamento do artista? Todos os “métodos”
são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem
fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana,
aquele que a lê e a compreende se tornará não um
especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser
humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões
e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra
dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?
E, de imediato: que melhor preparação pode haver para
todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos
assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu
ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro
estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente
social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter
como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust
não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que
mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais
a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais
preparatórios para concurso que hoje determinam o seu
destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar
no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos
e das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento
e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas,
tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da
vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o
qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores
de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre
o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras
no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos

tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja,
ainda participa. “É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa
do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da
literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe
transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras
que ajudam a viver melhor.


            (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed.Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

Observe as seguintes opiniões referentes ao ensino de literatura.


I. O estudo de obras literárias na escola tem como objetivo fundamental ensinar os fundamentos da Linguística.
II. A análise das obras feita na escola deve levar o estudante a ter acesso ao sentido dessas obras.
III. O objetivo do ensino da literatura na escola não é formar teóricos da literatura.
IV. De nada adianta a leitura das obras literárias sem a prévia fundamentação das teorias literárias.


Das quatro opiniões, as que se enquadram na argumentação manifestada por Todorov em seu texto estão contidas apenas em:

Alternativas
Comentários
  • Resolução

    Todorov defende a tese de que a análise das obras

    literárias deveria ter como objetivo levar o estudante

    ao sentido desses textos. Não se deve, portanto,

    privilegiar, no ensino da literatura, “conceitos recémintroduzidos por este ou aquele linguista, este ou

    aquele teórico da literatura”.


ID
1742800
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               A literatura em perigo


A análise das obras feita na escola não deveria mais ter
por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este
ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando,
então, os textos são apresentados como uma aplicação da
língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter
acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse
sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano,
o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é
estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é
necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido
pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler:
“O estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relação
consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.”
Mais exatamente, o estudo da obra remete a círculos concêntricos
cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo
autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas
seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente
dado pela própria existência humana. Todas as grandes
obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão
dessa dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma
obra e revelar o pensamento do artista? Todos os “métodos”
são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem
fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana,
aquele que a lê e a compreende se tornará não um
especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser
humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões
e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra
dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?
E, de imediato: que melhor preparação pode haver para
todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos
assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu
ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro
estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente
social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter
como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust
não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que
mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais
a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais
preparatórios para concurso que hoje determinam o seu
destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar
no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos
e das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento
e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas,
tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da
vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o
qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores
de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre
o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras
no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos

tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja,
ainda participa. “É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa
do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da
literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe
transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras
que ajudam a viver melhor.


            (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed.Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

Ter como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust não é tirar proveito de um ensino excepcional?

Esta questão levantada por Todorov, no contexto do terceiro parágrafo, significa:

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO TENDENCIOSA

    A leitura de obras de Shakespeare, Sófocles e outros

    grandes autores é de grande valia para o estudante

    conhecer a complexidade do comportamento humano.

    O conhecimento proveniente dessa leitura é muito útil

    para o profissional no seu relacionamento interpes -

    soal COMENTARIO DO OBJETIVO


ID
1742803
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               A literatura em perigo


A análise das obras feita na escola não deveria mais ter
por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este
ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando,
então, os textos são apresentados como uma aplicação da
língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter
acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse
sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano,
o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é
estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é
necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido
pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler:
“O estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relação
consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.”
Mais exatamente, o estudo da obra remete a círculos concêntricos
cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo
autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas
seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente
dado pela própria existência humana. Todas as grandes
obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão
dessa dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma
obra e revelar o pensamento do artista? Todos os “métodos”
são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem
fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana,
aquele que a lê e a compreende se tornará não um
especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser
humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões
e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra
dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?
E, de imediato: que melhor preparação pode haver para
todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos
assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu
ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro
estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente
social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter
como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust
não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que
mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais
a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais
preparatórios para concurso que hoje determinam o seu
destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar
no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos
e das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento
e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas,
tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da
vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o
qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores
de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre
o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras
no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos

tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja,
ainda participa. “É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa
do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da
literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe
transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras
que ajudam a viver melhor.


            (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed.Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

Que melhor introdução à compreensão das paixões e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?

Com base no fato de que a palavra “imersão", usada na expressão uma imersão na obra, caracteriza uma metáfora, indique a alternativa que elimina essa metáfora sem perda relevante de sentido:

Alternativas

ID
1742806
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               A literatura em perigo


A análise das obras feita na escola não deveria mais ter
por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este
ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando,
então, os textos são apresentados como uma aplicação da
língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter
acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse
sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano,
o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é
estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é
necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido
pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler:
“O estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relação
consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.”
Mais exatamente, o estudo da obra remete a círculos concêntricos
cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo
autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas
seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente
dado pela própria existência humana. Todas as grandes
obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão
dessa dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma
obra e revelar o pensamento do artista? Todos os “métodos”
são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem
fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana,
aquele que a lê e a compreende se tornará não um
especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser
humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões
e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra
dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?
E, de imediato: que melhor preparação pode haver para
todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos
assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu
ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro
estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente
social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter
como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust
não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que
mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais
a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais
preparatórios para concurso que hoje determinam o seu
destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar
no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos
e das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento
e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas,
tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da
vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o
qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores
de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre
o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras
no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos

tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja,
ainda participa. “É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa
do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da
literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe
transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras
que ajudam a viver melhor.


            (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed.Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

No segundo parágrafo do fragmento apresentado, Todorov afirma que Todos os “métodos" são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem fins em si mesmos.
O autor defende, com essa afirmação, o argumento segundo o qual o verdadeiro valor de um método de análise literária

Alternativas
Comentários
  • O método de análise literária deve ter como finalidade

    essencial a compreensão do texto.


ID
1742809
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               A literatura em perigo


A análise das obras feita na escola não deveria mais ter
por objetivo ilustrar os conceitos recém-introduzidos por este
ou aquele linguista, este ou aquele teórico da literatura, quando,
então, os textos são apresentados como uma aplicação da
língua e do discurso; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter
acesso ao sentido dessas obras — pois postulamos que esse
sentido, por sua vez, nos conduz a um conhecimento do humano,
o qual importa a todos. Como já o disse, essa ideia não é
estranha a uma boa parte do próprio mundo do ensino; mas é
necessário passar das ideias à ação. Num relatório estabelecido
pela Associação dos Professores de Letras, podemos ler:
“O estudo de Letras implica o estudo do homem, sua relação
consigo mesmo e com o mundo, e sua relação com os outros.”
Mais exatamente, o estudo da obra remete a círculos concêntricos
cada vez mais amplos: o dos outros escritos do mesmo
autor, o da literatura nacional, o da literatura mundial; mas
seu contexto final, o mais importante de todos, nos é efetivamente
dado pela própria existência humana. Todas as grandes
obras, qualquer que seja sua origem, demandam uma reflexão
dessa dimensão.
O que devemos fazer para desdobrar o sentido de uma
obra e revelar o pensamento do artista? Todos os “métodos”
são bons, desde que continuem a ser meios, em vez de se tornarem
fins em si mesmos. (...)
(...)
(...) Sendo o objeto da literatura a própria condição humana,
aquele que a lê e a compreende se tornará não um
especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser
humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões
e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra
dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios?
E, de imediato: que melhor preparação pode haver para
todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos
assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu
ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro
estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente
social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter
como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust
não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que
mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais
a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais
preparatórios para concurso que hoje determinam o seu
destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar
no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos
e das ideias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento
e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas,
tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da
vida dos povos quanto da de seus indivíduos.
Se aceitarmos essa finalidade para o ensino literário, o
qual não serviria mais unicamente à reprodução dos professores
de Letras, podemos facilmente chegar a um acordo sobre
o espírito que o deve conduzir: é necessário incluir as obras
no grande diálogo entre os homens, iniciado desde a noite dos

tempos e do qual cada um de nós, por mais ínfimo que seja,
ainda participa. “É nessa comunicação inesgotável, vitoriosa
do espaço e do tempo, que se afirma o alcance universal da
literatura”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos, nos cabe
transmitir às novas gerações essa herança frágil, essas palavras
que ajudam a viver melhor.


            (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed.Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)

Considerando que o pronome o, usado na sequência que o deve conduzir, tem valor anafórico, isto é, faz referência a um termo já enunciado no último parágrafo, identifique esse termo.

Alternativas
Comentários
  • O pronome o retoma a expressão ensino literário (Se

    aceitarmos essa finalidade para o ensino literário). O

    pronome o tem valor anafórico, retoma expressão

    enunciada anteriormente.


ID
1742827
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Sustainable flight

   TAM was the first airline in South America to carry out an experimental flight using biofuel on November 22, 2010. Produced from the oil of 100% domestic nettlespurge, known in Portuguese as pinhão-manso, it reduces carbon emissions by between 65% and 80% compared with petroleum-derived kerosene, according to research. Besides, the plant does not threatens the food chain, as it is not edible for humans nor animals. “Compared with other biofuels, the fuel from this plant is very promising for the Brazilian scenario,” says Paulus Figueiredo, TAM’s fuel manager. The next step in the project is to implement a farming unit, in reduced scale, at TAM’s Technological Center in São Carlos (SP), exclusively to conduct studies and make better cultivation techniques viable. “The objective is to carry out studies concerning technical and economic viability to build a biofuel Brazilian platform based on nettlespurge,” explains TAM’s CEO, Líbano Barroso. The experimental flight was a joint effort between TAM, Airbus, CFM International (joint venture between U.S.’s GE and the French Safran Group) and Air BP. The trip was authorized by Brazil’s National Civil Aviation Agency (ANAC) and by the European Aviation Safety Agency (EASA).

(TAM News, January 2011. Adaptado.)

A utilização do pinhão-manso em biocombustíveis é vantajosa porque

Alternativas

ID
1742830
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Sustainable flight

   TAM was the first airline in South America to carry out an experimental flight using biofuel on November 22, 2010. Produced from the oil of 100% domestic nettlespurge, known in Portuguese as pinhão-manso, it reduces carbon emissions by between 65% and 80% compared with petroleum-derived kerosene, according to research. Besides, the plant does not threatens the food chain, as it is not edible for humans nor animals. “Compared with other biofuels, the fuel from this plant is very promising for the Brazilian scenario,” says Paulus Figueiredo, TAM’s fuel manager. The next step in the project is to implement a farming unit, in reduced scale, at TAM’s Technological Center in São Carlos (SP), exclusively to conduct studies and make better cultivation techniques viable. “The objective is to carry out studies concerning technical and economic viability to build a biofuel Brazilian platform based on nettlespurge,” explains TAM’s CEO, Líbano Barroso. The experimental flight was a joint effort between TAM, Airbus, CFM International (joint venture between U.S.’s GE and the French Safran Group) and Air BP. The trip was authorized by Brazil’s National Civil Aviation Agency (ANAC) and by the European Aviation Safety Agency (EASA).

(TAM News, January 2011. Adaptado.)

De acordo com o texto,

Alternativas

ID
1742833
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Sustainable flight

   TAM was the first airline in South America to carry out an experimental flight using biofuel on November 22, 2010. Produced from the oil of 100% domestic nettlespurge, known in Portuguese as pinhão-manso, it reduces carbon emissions by between 65% and 80% compared with petroleum-derived kerosene, according to research. Besides, the plant does not threatens the food chain, as it is not edible for humans nor animals. “Compared with other biofuels, the fuel from this plant is very promising for the Brazilian scenario,” says Paulus Figueiredo, TAM’s fuel manager. The next step in the project is to implement a farming unit, in reduced scale, at TAM’s Technological Center in São Carlos (SP), exclusively to conduct studies and make better cultivation techniques viable. “The objective is to carry out studies concerning technical and economic viability to build a biofuel Brazilian platform based on nettlespurge,” explains TAM’s CEO, Líbano Barroso. The experimental flight was a joint effort between TAM, Airbus, CFM International (joint venture between U.S.’s GE and the French Safran Group) and Air BP. The trip was authorized by Brazil’s National Civil Aviation Agency (ANAC) and by the European Aviation Safety Agency (EASA).

(TAM News, January 2011. Adaptado.)

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
1742836
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Sustainable flight

   TAM was the first airline in South America to carry out an experimental flight using biofuel on November 22, 2010. Produced from the oil of 100% domestic nettlespurge, known in Portuguese as pinhão-manso, it reduces carbon emissions by between 65% and 80% compared with petroleum-derived kerosene, according to research. Besides, the plant does not threatens the food chain, as it is not edible for humans nor animals. “Compared with other biofuels, the fuel from this plant is very promising for the Brazilian scenario,” says Paulus Figueiredo, TAM’s fuel manager. The next step in the project is to implement a farming unit, in reduced scale, at TAM’s Technological Center in São Carlos (SP), exclusively to conduct studies and make better cultivation techniques viable. “The objective is to carry out studies concerning technical and economic viability to build a biofuel Brazilian platform based on nettlespurge,” explains TAM’s CEO, Líbano Barroso. The experimental flight was a joint effort between TAM, Airbus, CFM International (joint venture between U.S.’s GE and the French Safran Group) and Air BP. The trip was authorized by Brazil’s National Civil Aviation Agency (ANAC) and by the European Aviation Safety Agency (EASA).

(TAM News, January 2011. Adaptado.)

A que se refere o pronome it, na oração it reduces carbon missions by between 65% and 80% ?

Alternativas

ID
1742839
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Sustainable flight

   TAM was the first airline in South America to carry out an experimental flight using biofuel on November 22, 2010. Produced from the oil of 100% domestic nettlespurge, known in Portuguese as pinhão-manso, it reduces carbon emissions by between 65% and 80% compared with petroleum-derived kerosene, according to research. Besides, the plant does not threatens the food chain, as it is not edible for humans nor animals. “Compared with other biofuels, the fuel from this plant is very promising for the Brazilian scenario,” says Paulus Figueiredo, TAM’s fuel manager. The next step in the project is to implement a farming unit, in reduced scale, at TAM’s Technological Center in São Carlos (SP), exclusively to conduct studies and make better cultivation techniques viable. “The objective is to carry out studies concerning technical and economic viability to build a biofuel Brazilian platform based on nettlespurge,” explains TAM’s CEO, Líbano Barroso. The experimental flight was a joint effort between TAM, Airbus, CFM International (joint venture between U.S.’s GE and the French Safran Group) and Air BP. The trip was authorized by Brazil’s National Civil Aviation Agency (ANAC) and by the European Aviation Safety Agency (EASA).

(TAM News, January 2011. Adaptado.)

As expressões carry out, edible, promising, step e joint effort no texto significam, respectivamente,

Alternativas

ID
1742842
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de “vidência”, privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é

(Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.)

O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,

Alternativas

ID
1742845
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

 (...) o elemento religioso não limitou os seus efeitos ao fortalecimento, no mundo da cavalaria, do espírito de corpo; exerceu também uma ação poderosa sobre a lei moral do grupo. Antes de o futuro cavaleiro receber a sua espada, no altar, era-lhe exigido um juramento, que especificava as suas obrigações.

(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)

O texto mostra que os cavaleiros medievais, entre outros aspectos de sua formação e conduta,

Alternativas

ID
1742848
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela presença de um número ra-zoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que por motivações variadas — glorificação familiar ou in-dividual, desejo de hegemonia ou ânsia de salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas. Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem quantidades considerá-veis de recursos eventualmente destinados à produção artís-tica. Além disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores propriamente ditos: um público não homo-gêneo, certamente (...).
(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.)

Os “centros artísticos" descritos no texto podem ser identificados

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: B) nas cidades modernas, onde floresceu o Renascimento cultural.

    Os centros artísticos mencionados nos textos são as cidades modernas, que conseguiram desenvolver-se durante o período conhecido como Baixa Idade Média. Esse notável crescimento possibilitou o surgimento da burguesia.

    As cidades possuíam um comércio intenso, concentravam grandes artesãos e artistas, tal como atraíam grande número de consumidores. Assim, as artes passaram a ser mais valorizadas e o renascimento, como costuma-se dizer, floresceu nessas cidades modernas.


ID
1742851
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Puritana (1640) e a Revolução Gloriosa (1688) transformaram a Inglaterra do século XVII. Sobre o conjunto de suas realizações, pode-se dizer que

Alternativas

ID
1742854
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  Os africanos não escravizavam africanos, nem se reco-nheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) en-tregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escra-vizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)

Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto

Alternativas

ID
1742857
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  Os africanos não escravizavam africanos, nem se reco-nheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) en-tregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escra-vizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)

Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico", o texto

Alternativas

ID
1742863
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O caudilhismo é um fenômeno político hispano-americano do século XIX, que se associa

Alternativas
Comentários
  • Caudilhismo é o exercício do poder político caracterizado pelo agrupamento de uma comunidade em torno do caudilho. Em geral, caudilhos são lideranças políticas carismáticas ligadas a sectores tradicionais da sociedade e que baseiam seu poder no seu carisma. 

  • O caudilhismo latino-americano foi um modo de se fazer política de maneira, em grande parte, autoritária que surgiu após as guerras pela independência na América Latina. ... Outro fator que contribuiu para a propagação do caudilhismo, além do vácuo político após as guerras, foi o declínio da economia.


ID
1742866
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

  Com pouco dinheiro, mas fora do eixo revolucionário do mundo, ignorando o Manifesto Comunista e não querendo ser burguês, passei naturalmente a ser boêmio. (...) Continuei na burguesia, de que mais que aliado, fui índice cretino, sentimental e poético. (...) A valorização do café foi uma operação imperialista. A poesia Pau Brasil também. Isso tinha que ruir com as cornetas da crise. Como ruiu quase toda a literatura brasileira “de vanguarda”, provinciana e suspeita, quando não extremamente esgotada e reacionária.
(Oswald de Andrade. Prefácio a Serafim Ponte Grande, 1933.)

O texto de Oswald de Andrade

Alternativas
Comentários
  • O texto de Oswald de Andrade revela influências ao contexto político das décadas de 1920 e 1930, tais como a radicalização política (promovida, por um lado, pelos socialistas e, por outro, pelos nazifascistas). A crise pós I Guerra Mundial, agravada pela crise de 1929, faria ruir conceitos estéticos anteriores e levar a uma politização da produção literária das décadas seguintes.

  • lixo questão com tendencia ao erro,...


ID
1742869
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Coluna Prestes, que percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do Brasil entre 1924 e 1927, associa-se

Alternativas

ID
1742872
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   Nas primeiras sequências de O triunfo da vontade [filme alemão de 1935], Hitler chega de avião como um esperado Messias. O bimotor plaina sobre as nuvens que se abrem à medida que ele desce sobre a cidade. A propósito dessa cena, a cineasta escreveria: “O sol desapareceu atrás das nuvens. Mas quando o Führer chega, os raios de sol cortam o céu, o céu hitleriano”.
(Alcir Lenharo. Nazismo, o triunfo da vontade, 1986.)

O texto mostra algumas características centrais do nazismo:

Alternativas
Comentários
  • A Propaganda Nazista teve uma tentativa coordenada para influenciar a opinião pública através da utilização de meios de comunicação, foi pioneiramente utilizada pelo partido nazista, nos anos que antecederam e durante a liderança de Adolf Hitler da Alemanha (1933-1945).

    A propaganda forneceu um instrumento crucial para a aquisição e manutenção do poder, e para a implementação das suas políticas, incluindo o exercício de guerra total e do extermínio de milhões de pessoas pelo Holocausto. A utilização generalizada da propaganda pelos nazistas é o grande responsável pela palavra "propaganda" adquirir no presente conotações negativas.


ID
1742875
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

   A situação de harmonia no Congresso entraria em crise nas eleições de 1974, marco importante do avanço pela retomada do Estado de Direito.
(Edgard Leite Ferreira Neto. Os partidos políticos no Brasil, 1988.)

O texto menciona as eleições parlamentares de 1974, ocorridas durante o regime militar. Pode-se dizer que essas eleições

Alternativas
Comentários
  • LETRA D. Durante o período o MDB ganhou várias cadeiras na câmara dos deputados o que fez com que Geisel, com suas propostas de abertura e fechamento da política no país, instaurasse novas regras para reger o cenário político e impedir o aumento de ideias contra o regime dentro do CN.

    Vale lembrarmos dos cargos biônicos criados durante este período que garantiam um maior controle político do regime mesmo entre a oposição que se formava.


ID
1742884
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

    O rio São Francisco sempre desempenhou um papel relevante no cenário da conquista do interior do Brasil.
    Em 1813, José Hipólito da Costa, no jornal Correio Brasiliense, destacou em seu artigo a importância da construção de uma cidade central para a sede da Corte portuguesa, às margens do rio São Francisco, que, em suas palavras, afirmou ser um sítio ameno, fértil e regado por um rio navegável. Esta ideia foi retomada por José Bonifácio, em 1823. Ao Velho Chico foi atribuído, a partir de 1840, o papel de elemento unificador do país, numa iniciativa de escravocratas e políticos que lutavam pela centralização monárquica, com apoio dos representantes das províncias banhadas pelo São Francisco.

(Vanessa Maria Brasil. Um rio, uma nação.
Nossa História, ano 2, n° 18, 2005. Adaptado.)

Analise as afirmações.
I. Os climas predominantes na bacia do São Francisco são o tropical, o tropical semiárido e o tropical úmido.


II. O rio São Francisco nasce em Minas Gerais e banha os estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, desaguando no Oceano Atlântico.


III. A unidade de relevo presente na maior parte da bacia é a Depressão Sertaneja do São Francisco.

IV. A bacia hidrográfica está inserida totalmente na macrorregião geoeconômica do Norte.


V. O tipo de cobertura vegetal predominante é a floresta tropical, que atualmente apresenta forte presença humana.


As afirmativas que melhor descrevem as características geográficas da bacia do rio São Francisco são, apenas,

Alternativas

ID
1742890
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

O Ártico está na mídia

    Notícias da região do Ártico levantam dados sobre a corrida ao petróleo em suas águas. Nações reclamam parte das riquezas sob o fundo do Oceano Glacial Ártico, enquanto o aquecimento global expõe áreas antes cobertas por gelo, pois a extensão do gelo marítimo no Ártico diminuiu por volta de 14% desde os anos 1970. A mídia destacou que os russos instalaram sua bandeira em turfa submarina e que a guarda costeira americana mapeou o mar de Bering.
(Jessa Gamble. Scientific American Brasil. ed. N.° 4, 2009. Kirstin Dow e
Thomas E. Downing. O Atlas da Mudança Climática, 2007. Adaptados.)

Sobre o assunto tratado no texto, pode-se afirmar que:

Alternativas

ID
1742911
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
História
Assuntos

    No século XIX a música brasileira teve sua maior expressão na obra de Antonio Carlos Gomes, aclamado uma personalidade musical da corte de dom Pedro II. A estreia de sua ópera “O Guarani” em 1870 nos teatros de Milão e do Rio de Janeiro trouxe-lhe reconhecimento internacional. A ópera inspira-se no romance indianista O Guarani, de José de Alencar, publicado em 1857, que narra um triângulo amoroso entre a jovem Cecília, o índio Pery e o português dom Álvaro.


         (Coleção Folha grandes óperas. Carlos Gomes, vol. 07, 2011. Adaptado.)

Assinale a alternativa que se refere corretamente a fatos ocorridos na história do Brasil no período que se estende de 1850 a 1870.

Alternativas
Comentários
  • No período que se estende de 1850 a 1870, ocorreram vários episódios históricos relevantes. Dentre eles, podemos mencionar a Lei Eusébio de Queiroz, de 1850 — que interrompeu definitivamente o tráfico negreiro —, e a política imperial — que procurou atrair investimentos estrangeiros, especialmente ingleses, o que contribuiu para a modernização da cidade do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. Resposta: C


ID
1742914
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os dois textos.
Texto 1

    O livro de língua portuguesa ‘Por uma Vida Melhor’, adotado pelo Ministério da Educação (MEC), contém alguns erros gramaticais. “Nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe” são dois exemplos de erros. Na avaliação dos autores
do livro, o uso da língua popular, ainda que contendo erros, é válido. Os escritores também ressaltam que, caso deixem a norma culta, os alunos podem sofrer “preconceito linguístico”. A autora Heloisa Ramos justifica o conteúdo da obra. “O importante é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da situação comunicativa.”

(www.opiniaoenoticia.com.br. Adaptado.)

Texto 2

    Ninguém de bom-senso discorda de que a expressão popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, não apresenta vocabulário nem tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver ideias de maior complexidade – tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não cabe às escolas ensiná-la.

(Evanildo Bechara. Veja, 01.06.2011. Adaptado.)

Assinale a alternativa correta acerca da relação entre linguagem popular e norma culta.

Alternativas

ID
1742917
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

   Uma mãe canadense defendeu a decisão tomada por ela e por seu marido de manter em segredo o sexo de seu filho mais novo, para dar à criança a oportunidade de desenvolver a sua identidade sexual por conta própria. A decisão tomada por Kathy Witterick, 38 anos, e David Stocker, 39, de não revelar o gênero de seu bebê Storm, de quatro meses de idade, gerou uma avalanche de reações – positivas e negativas – após reportagem do jornal “Toronto Star”, publicada nesta semana [28.05.2011].

(www.g1.globo.com. Adaptado.)

De acordo com o texto, pode-se afirmar que:

Alternativas

ID
1742920
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Leia o trecho da entrevista com um médico epidemiologista.

Folha – Não é contraditório um epidemiologista questionar o conceito de risco?

Luis David Castiel – Tem também um lado opressivo que me incomoda. Uma dimensão moralista, que rotula as pessoas que se expõem ao risco como displicentes e que, portanto, merecem ser punidas [pela doença], se acontecer o evento ao qual estão se expondo. Estamos à mercê dessa prescrição constante que a gente tem que seguir. Na hora em que você traz para perto a ameaça, tem que fazer uma gestão cotidiana dela. Não há como, você teria que controlar todos os riscos possíveis e os impossíveis de se imaginar. É a riscofobia.

Folha – Há um meio do caminho entre a fobia e o autocuidado?

Luis David Castiel – A pessoa tem que puxar o freio de emergência quando achar necessário, decidir até que ponto vai conseguir acompanhar todos os ditames da saúde. (…) Na saúde, a vigilância constante, o excesso de exames criou uma nova categoria: a pessoa não está doente, mas não é saudável. Está sob risco.
(Folha de S.Paulo, 11.04.2011. Adaptado.)

Assinale a alternativa que contempla adequadamente a opinião do médico, sob o ponto de vista filosófico.

Alternativas
Comentários
  • Na entrevista, o médico Luis Castiel fala sobre a forma como os avanços da ciência médica levam a uma situação de opressão, em que a multiplicação das patologias coloca os indivíduos diante de restrições paralisantes. Resposta: A


ID
1742923
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto sobre a tragédia de Realengo.


    É possível que a vida escolar de Wellington, o assassino de Realengo, tenha sido um suplício. Mas a simples vingança pelo bullying sofrido não basta para explicar seu ato. Eis um modelo um pouco mais plausível.
   A matança, neste caso, é uma maneira de suprimir os objetos de desejo, cuja existência ameaça o ideal de pureza do jovem. Para transformar os fracassos amorosos em glória, o fanatismo religioso é o cúmplice perfeito. Você acha que seu desejo volta e insiste? Nada disso, é o demônio que continua trabalhando para sujar sua pureza.
   Graças ao fanatismo, em vez de sofrer com a frustração de meus desejos, oponho-me a eles como se fossem tentações externas. As meninas me dão um certo frio na barriga? Nenhum problema, preciso apenas evitar sua sedução – quem sabe, silenciá-las.
    Fanático (e sempre perigoso) é aquele que, para reprimir suas dúvidas e seus próprios desejos impuros, sai caçando os impuros e os infiéis mundo afora.
   Há uma lição na história de Realengo – e não é sobre prevenção psiquiátrica nem sobre segurança nas escolas. É uma lição sobre os riscos do aparente consolo que é oferecido pelo fanatismo moral ou religioso. Dito brutalmente, na carta sinistra de Wellington, eu leio isto: minha fé me autorizou a matar meninas (e a me matar) para evitar a frustrante infâmia de pensamentos e atos impuros.
(Contardo Calligaris. Folha de S.Paulo, 14.04.2011. Adaptado.)

De acordo com o autor,

Alternativas

ID
1742926
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1
     A proibição do véu islâmico, que cobre todo o rosto, aprovada pelo Senado francês, é um passo certo. Essa proibição não tem nada a ver com intolerância ou mesmo cerceamento da liberdade de praticar uma religião. O véu integral, seja o niqab ou a burca, é um obstáculo de primeira ordem à integração, que não pode ser tolerado em uma sociedade europeia aberta. O véu integral não é parte da liberdade religiosa, mas apenas instrumento da tradição, usado para privar as mulheres de suas personalidades e autonomia. A separação entre a Igreja e o Estado, na Europa, é uma grande conquista do Iluminismo.
(Bernd Riegert. Deutsche Welle. Adaptado.)

Texto 2
     Há algo de profundamente cínico na lei francesa que proíbe mulheres de portar indumentárias como a burca e o niqab. Primeiro, essa lei nada tem a ver com a laicidade do Estado.
     Na verdade, o Estado laico é aquele indiferente à religiosidade da sociedade. Tal distância significa duas coisas: as leis não serão influenciadas pela religião e o Estado não legisla sobre práticas e costumes religiosos. No entanto, não cabe ao Estado dizer que uma roupa é signo de opressão. Até porque a opressão é algo que só pode ser enunciado na primeira pessoa do singular (“Eu me sinto oprimido”), e não na terceira pessoa (“Você está oprimido, mesmo que não saiba
ou não tenha coragem de dizer. Vim libertá-lo”).
(Vladimir Safatle. Folha de S.Paulo, 26.04.2011. Adaptado.)

Da leitura dos textos, pode-se inferir corretamente que:

Alternativas

ID
1742929
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Leia o trecho da entrevista com um ex-presidente dos Estados Unidos.


Veja – Lucro rima com ONG?

Bill Clinton – Sim. Queremos que os investidores tenham lucro. Não existe incompatibilidade. Sem lucro, as operações de microcrédito tendem a não ser sustentáveis. É preciso, porém, que a busca do lucro seja alinhada a objetivos sociais. (…) No nosso caso, recebemos 20 milhões de dólares do milionário mexicano Carlos Slim e do não menos rico Frank Giustra, do Canadá, para emprestar a pequenos empreendedores do Haiti. Eles vão ter lucro nessas operações, mas já se comprometeram a reinvesti-lo nos mesmos moldes.
(Veja, 22.06.2011. Adaptado.)

Assinale a alternativa que corresponde ao pensamento econômico expresso no texto.

Alternativas

ID
1742935
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em 2008, a Secretaria Estadual de Saúde e pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, ambas do Rio de Janeiro, confirmaram um caso de dengue adquirida durante a gestação. A mãe, que havia adquirido dengue três dias antes do parto, deu à luz uma garotinha com a mesma doença. O bebê ficou internado quase um mês, e depois recebeu alta.

Pode-se afirmar corretamente que esse caso

Alternativas

ID
1742953
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

O magma que sai dos vulcões durante as erupções é constituído por rochas fundidas e vários tipos de gases e vapores, tais como CO, CO2, SO2, SO3, HCl e H2O. A respeito dessas substâncias, são feitas as seguintes afirmações:


I. Quando dissolvidos em água, os gases CO2, SO2, SO3 e HCl geram soluções eletrolíticas cujo pH é menor que 7.
II. As moléculas de CO2, SO2 e H2O apresentam geometria linear.
III. No estado sólido, as moléculas de CO2 encontram-se atraídas entre si por ligações de hidrogênio muito intensas.


É correto o que se afirma em:

É correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • 1- Óxidos ácidos formam ácidos quando dissolvidos em água, ou seja, o PH tem que ser menor que 7. O HCl já é um ácido.

    2- CO2 é linear, SO2 é angular e H2O é angular

    3- Ligações de hidrogênio são aquelas em que o Hidrogênio se liga a flúor, oxigênio e nitrogênio.

    ALTERNATIVA (a)

    OBS: Sabendo que a alternativa II é falsa, você já consegue matar a questão.

    E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis.

    Mateus 21:22


ID
1742959
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

A Lei da Conservação da Massa, enunciada por Lavoisier em 1774, é uma das leis mais importantes das transformações químicas. Ela estabelece que, durante uma transformação química, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos. Esta teoria pôde ser explicada, alguns anos mais tarde, pelo modelo atômico de Dalton. Entre as ideias de Dalton, a que oferece a explicação mais apropriada para a Lei da Conservação da Massa de Lavoisier é a de que:

Alternativas
Comentários
  • Letra A - Seguindo o célebre pensamento: "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

  • Letra A - Seguindo o célebre pensamento: "Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma".

  • A - correta. Apresenta o postulado número 6 de Dalton. Se os átomos não são criados, destruídos ou convertidos em uma reação química, isso quer dizer que os átomos que existem nos reagentes também existirão, de alguma forma, nos produtos.

    B - incorreta. O enunciado da letra B apresenta um postulado que não é de Dalton, além disso, Dalton afirmava que os átomos não poderiam ser divididos, ou seja, até então não havia sido mencionado a existência de partículas subatômicas como elétrons, prótons e nêutrons;

    C - incorreta. É um dos postulados de Dalton, não explica, porém, a Lei da Conservação da Massa;

    D - incorreta. Não é um postulado de Dalton;

    E - incorreta. É um postulado de Dalton, mas não explica a Lei da Conservação da Massa como acontece na Letra C.

    LETRA A


ID
1742962
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Química
Assuntos

Durante sua visita ao Brasil em 1928, Marie Curie analisou e constatou o valor terapêutico das águas radioativas da cidade de Águas de Lindoia, SP. Uma amostra de água de uma das fontes apresentou concentração de urânio igual a 0,16 μg/L. Supondo que o urânio dissolvido nessas águas seja encontrado na forma de seu isótopo mais abundante, 238U, cuja meia-vida é aproximadamente 5 × 109 anos, o tempo necessário para que a concentração desse isótopo na amostra seja reduzida para 0,02 μg/L será de

Alternativas

ID
1742998
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o último censo populacional brasileiro, que mostrou que o país possuía cerca de 190 milhões de habitantes. Supondo que a taxa de crescimento populacional do nosso país não se altere para o próximo século, e que a população se estabilizará em torno de 280 milhões de habitantes, um modelomatemático capaz de aproximar o número de habitantes (P),em milhões, a cada ano (t), a partir de 1970, é dado por:


                                      P(t) = [280 – 190 · e– 0,019 · (t – 1970)].

Baseado nesse modelo, e tomando a aproximação para o logarítmo natural ln (14/95) ≅ -1,9 a população brasileira será 90% da suposta população de estabilização aproximadamente no ano de:

Alternativas
Comentários
  • B- http://estaticog1.globo.com/2011/11/unesp/anglo/Q83.pdf


ID
1743007
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Matemática
Assuntos

Dado que as raízes da equação x3 – 3x2 – x + k = 0, onde k é uma constante real, formam uma progressão aritmética, o valor de k é:

Alternativas
Comentários
  • R1 + R2 + R3 = -B/A

    R1= X-R

    R2= X

    R3= X+R

    X-R + X + X+R = 3

    3X = 3

    X= 1

    1^3 - 3.1^2 - 1 + k = 0

    1 - 3 - 1 + k = 0

    -2 - 1 + k = 0

    -3 +k = 0

    k = 3

  • Só para deixar anotado aqui

    RELAÇÕES DE GIRARD

    x1+x2+x3= -b/a


ID
1743010
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Um quilograma de tomates é constituído por 80% de água. Essa massa de tomate (polpa + H2O) é submetida a um processo de desidratação, no qual apenas a água é retirada, até que a participação da água na massa de tomate se reduza a 20%. Após o processo de desidratação, a massa de tomate, em gramas, será de:

Alternativas

ID
1743013
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Raciocínio Lógico
Assuntos

Em um programa de plateia da TV brasileira, cinco participantes foram escolhidos pelo apresentador para tentarem acertar o número de bolas de gude contidas em uma urna de vidro transparente. Aquele que acertasse ou mais se aproximasse do número real de bolas de gude contidas na urna ganharia um prêmio.
Os participantes A, B, C, D e E disseram haver, respectivamente, 1 195, 1 184, 1 177, 1 250 e 1 232 bolas na urna.
Sabe-se que nenhum dos participantes acertou o número real de bolas, mas que um deles se enganou em 30 bolas, outro em 25, outro em 7, outro em 48 e, finalmente, outro em 18 bolas. Podemos concluir que quem ganhou o prêmio foi o participante:

Alternativas
Comentários
  • AFFZ QUESTÃO DIFÍCIL