Continuum de Liderança (Tannenbaum e Schmidt)
De acordo com Rollinson et al. (1998 apud FREITAS, 2006), a ideia de um continuum de comportamento de liderança é baseada no pressuposto de que a escolha do estilo eficaz depende fundamentalmente de três fatores.
Segundo Maximiano (2005) Tannenbaum e Schmidt propõem três fatores para avaliar a situação:
▪ O primeiro fator, o próprio gerente, trata-se das forças que atuam no administrador, ou seja, um líder deve ter conhecimento amplo de seus valores pessoais, inclinações, sentimentos de segurança e principalmente confiança nos seus subordinados. Uma pessoa que valorize a iniciativa e a liberdade, por exemplo, tende a dar prioridade aos comportamentos democráticos.
▪ O segundo fator, dos funcionários, refere-se ao conhecimento e à experiência do empregado, sua prontidão para assumir responsabilidades, seu interesse pela tarefa e seu entendimento das metas da organização, sendo estas chamadas de forças que atuam no subordinado. Para Tannenbaum e Schmidt (apud MAXIMIANO, 2005), o dirigente deveria proporcionar maior participação e liberdade de escolha para funcionários quando estes apresentassem as características citadas.
▪ O último fator, a situação, o clima da organização, inclui também o estilo de liderança valorizado pela empresa, o trabalho em grupo, o problema e o tipo de informação para resolvê-lo e o tempo que o administrador dispõe para tomar a decisão. Uma organização cuja alta direção tenha uma cultura marcial, por exemplo, tenderá a fazer seus gerentes favorecerem os estilos orientados para a tarefa.
Diante das três forças, o líder deve avaliar a situação e decidir dentre os sete padrões de liderança, qual o mais adequado para cada situação, buscando ajustar suas forças pessoais com as forças dos subordinados e as forças da situação.
Para Tannenbaum e Schmidt (1958 apud FREITAS, 2006) o líder de sucesso é o que está profundamente consciente das forças que são mais relevantes para sua conduta em qualquer tempo. Ele compreende a si próprio, os indivíduos e o grupo com os quais está lidando e o meio social em questão. Também é necessário que o líder seja capaz de comporta-se apropriadamente à luz das suas percepções, se for de direção, deverá ser capaz de dirigir; se de liberdade, ter aptidão de proporcioná-la.
Apostila de Administração – Prof. Heron Lemos – Tiradentes Online
As teorias situacionais sistematizam a liderança de acordo com cada situação e estão dentro de um contexto mais amplo, onde consideram que não existe um único estilo de liderança válido para qualquer situação apresentada. Os elementos que devem ser considerados para definir a situação são: o líder, os liderados, a tarefa, a situação, os objetivos, entre outros.
Maximiano (2004) diz que os elementos mais utilizados para definir a situação são: os funcionários (LIDERADOS), a empresa (LÍDER) e a tarefa (OBJETIVOS).
Chiavenato (2005) afirma que essas teorias são um avanço em relação às teorias que se baseiam apenas no estilo de liderança.
+ Perspectivas de Chiavenato +
I – Forças no gerente: motivação interna do líder e demais forças que atuam sobre ele.
II – Forças nos subordinados: motivação externa fornecida pelo líder e demais forças que atuam sobre os subordinados.
III – Forças na situação: condições dentro das quais a liderança é exercida.
+ Perspectivas de Maximiano +
I – O gerente: a forma como o líder se comporta é influenciada principalmente por sua formação, conhecimento, valores e experiência. Uma pessoa que valorize a iniciativa e a liberdade, por exemplo, tende a dar prioridade aos comportamentos democráticos.
II – Os funcionários: as características dos funcionários influenciam a escolha e a eficácia do estilo de liderança.
III – A situação: o clima da organização, o grupo de trabalho, a natureza da tarefa e a pressão do tempo caracterizam a situação na qual os estilos funcionam com maior ou menor eficácia.
GABARITO LETRA B
Bons estudos.