Letra D
Grid Gerencial de Blake e
Mouton
Essa é uma das teorias comportamentais da
liderança mais conhecidas. A grade gerencial de Blake e Mouton foi uma evolução
da teoria de Tannenbaum e Schmidt, que postulava que a liderança era um
continuum entre a liderança orientada para pessoas e a orientada para tarefas,
pois questionou essa visão antagônica (ou era focada em pessoas ou tarefas, e
não nas duas!).
Para Blake e Mouton, a preocupação tanto com
as pessoas quanto com a produção é fundamental para se alcançar um bom
resultado.10 Eles montaram a grade gerencial baseada nas duas dimensões
comportamentais: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção (por
isso é chamada visão bidimensional do estilo de liderança).
A ideia por trás da teoria é a de que o líder
não deveria ser totalmente focado nas pessoas, pois provavelmente tenderia a
não atingir os resultados da empresa (oferecendo benefícios em excesso e
cobrando pouco os resultados).
Por outro lado, também não poderia ser
totalmente voltado para os resultados (ou para a produção), pois poderia
alienar as pessoas e criar um ambiente desmotivador e afastar os melhores
empregados.
Os principais modelos do Desenvolvimento Organizacional (DO) são:
Grade ou Grid Gerencial de Bake & Mouton - Teoria Comportamental, da Universidade de Michigan
Tabela com dupla entrada, de um lado a ênfase nas pessoas e do do outro a ênfase na produção,
homem-organizacional - meio-termo
líder focado na equipe seria o ideal
A grade gerencial é uma tabela de dupla entrada composta de dois eixos: o eixo vertical representa a ‘ênfase nas pessoas’, enquanto o eixo horizontal representa a ‘ênfase na produção’. Dos extremos ao ponto médio da referida grade surgem os estilos de liderança como descrito abaixo:
Estilo 1.1: tendência ao mínimo esforço;
Estilo 9.1: preocupação pela produção e quase nenhuma preocupação pessoal;
Estilo 1.9: ênfase pessoal, quase nenhuma preocupação com a produção;
Estilo 5.5: tendência à mediocridade;
Estilo 9.9: tendência à excelência.
- Modelo de Lawrence & Lorsch - diagnóstico, ação, diferenciação, integração e defrontamentos,
Propõe quatro estágios:
diagnóstico,
planejamento da ação,
implementação da ação/mudança/desenvolvimento organizacional
e avaliação/controle da mudança implementada.
A divisão do trabalho na organização provoca a diferenciação dos órgãos e essa conduz à necessidade de integração.
Quanto maior a diferenciação tanto mais necessária a integração.
Conceito de defrontamentos.
As principais áreas de problemas, quando se deseja mudar a organização, residem nas seguintes relações interfaciais:
a. Defrontamento organização x ambiente.
b. Defrontamento grupo x grupo.
c. Defrontamento indivíduo x organização
- Teoria 3D da eficácia gerencial de Reddin - Teoria Contingencial (situacional)
A eficácia do gerente é mensurada proporcionalmente ao quanto ele é capaz de adequar o próprio estilo às situações de mudança.
a orientação para a tarefa (OT) X orientação para o relacionamento social (OR).
Assim, por exemplo, um administrador cujo comportamento, em dada circunstância, se caracteriza como tendo uma alta orientação para a tarefa, e baixa orientação para o relacionamento, é classificado como possuindo um estilo gerencial básico dedicado.
Reddin, no entanto, percebeu que essas duas variáveis ainda não eram suficientes para tornar prática a teoria. Introduziu, então, uma terceira variável, a eficácia.
O conceito de eficácia, que tem suas raízes na administração por objetivos de Peter Drucker.
Partindo do conhecido conceito de eficiência, Reddin mostra como um gerente, 100% eficiente, mas não ser eficaz.
E quando não precisa se preocupar com a eficiência, é mais fácil ser eficaz!
A introdução de uma terceira variável no modelo, foi o que deu origem ao nome "Teoria 3D" (terceira dimensão) pois, como sabemos, uma dimensão é definida pelo número de variáveis independentes utilizadas em um modelo.
Blake e Mouton, em 1964, formularam um programa de treinamento e desenvolvimento organizacional estabelecido a partir do conceito de Grid Gerencial, sob as duas dimensões de comportamento encontradas tanto nos estudos de Ohio quanto nos estudos de Michigan, ou seja, “preocupado com as pessoas” e “preocupado com a produção”.
Grade Gerencial de Blake e Mouton (Visão Bidimensional)
Robert Blake e Mouton, em 1964, desenvolveram um modelo de análise comportamental dos líderes, conhecida por grid (ou grade) gerencial e que, ainda hoje, é o modelo mais utilizado na formação de líderes.
Para Blake e Mouton (grid gerencial) a forma de analisar a eficácia do líder conforme a combinação de estilos, tendo por variáveis a preocupação com as pessoas e a preocupação para a produção (MAXIMIANO, 2002, p. 318). Essas duas orientações são representadas por escalas de 1 a 9, sendo que 1 representa a mínima orientação, 9 representa a máxima
Das várias possibilidades de gestão 5 se destacam como formas típicas de gestão/liderança:
1.1 - Empobrecida ou burocrática/enfraquecida - O emprego do esforço é o mínimo necessário para que o trabalho seja executado e é também o esforço suficiente para permanecer como membro da organização.
1.9 - Clube de campo ou Country club - A atenção concentrada nas necessidades das pessoas leva a uma atmosfera agradável e a um confortável ritmo de trabalho.
5.5 - Homem organizacional ou gerência de meio termo - Um adequado desempenho organizacional pode ser obtido por um equilíbrio entre o atendimento das necessidades das pessoas, a manutenção do moral satisfatório e a necessidade de obtenção de resultados.
9.1 - Autoridade, gerenciamento de “tarefas” ou autoridade-obediência - A eficiência dos liderados é decorrente da organização das condições de trabalho, de tal forma que o fator humano interfira em grau mínimo.
9.9 - Equipe ou gerência em equipe - Os resultados do trabalho provêm do empenho pessoal. O comprometimento de todos leva à interdependência e à criação de um relacionamento confiante e respeitoso.
Apostila de Administração – Prof. Heron Lemos – Tiradentes Online