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ID
1749643
Banca
FUVEST
Órgão
USP
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Assim como o camponês, o mercador está a princípio submetido, na sua atividade profissional, ao tempo meteorológico, ao ciclo das estações, à imprevisibilidade das intempéries e dos cataclismos naturais. Como, durante muito tempo, não houve nesse domínio senão necessidade de submissão à ordem da natureza e de Deus, o mercador só teve como meio de ação as preces e as práticas supersticiosas. Mas, quando se organiza uma rede comercial, o tempo se torna objeto de medida. A duração de uma viagem por mar ou por terra, ou de um lugar para outro, o problema dos preços que, no curso de uma mesma operação comercial, mais ainda quando o circuito se complica, sobem ou descem tudo isso se impõe cada vez mais à sua atenção. Mudança também importante: o mercador descobre o preço do tempo no mesmo momento em que ele explora o espaço, pois para ele a duração essencial é aquela de um trajeto.

Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média.
Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado.

O texto associa a mudança da percepção do tempo pelos mercadores medievais ao

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma questão de interpretação de texto. O autor menciona que, a princípio, o mercador adequava sua atividade profissional ao tempo meteorológico, aos desmandos da natureza. Entretanto, com o aumento das relações comerciais, durante o período do Renascimento, cria-se uma rede comercial, onde o tempo deve ser medido, por exemplo, para saber a duração de uma viagem por mar ou por terra. Nesse sentido, a exploração do espaço leva o mercador a compreender o preço do tempo.

     Diante do exposto, a resposta correta é a letra B.

  • "crescimento das relações mercantis, que passaram a envolver territórios mais amplos e distâncias mais longas."

    As cruzadas proporcionaram uma alta nas relações mercantis e na criação de novas rotas comerciais. Ocasionando por consequência a queda do sistema feudal e revolta dos camponeses.