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Resposta item C, pois o autor exemplifica que nossa fala se deixar contaminar pelo uso indevido de expressões como "com certeza" e "literalmente". Trecho abaixo transcrito:
Na expressão oral, a ênfase compromete a verdade de um sentimento já de si enfático: despeja risadas antecipando o final da própria piada, força o tom compungido antes de dar a má notícia e se marca no uso indiscriminado de termos como “com certeza" e “literalmente", por exemplo: “Esse aluno está literalmente dando o sangue na prova de Física." Com a ênfase, todos os gestos compõem uma dramaturgia descontrolada.
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b) errada - a palavra superficial não é oposto de lateral.
d) o autor não diz que a ênfase é um atributo, e sim que "o enfático é um chato que se vê a si mesmo como um superlativo". Ele diz que ser enfático não é um atributo e sim um defeito.
e) a primeira parte da frase está correta "se vale de elementos descritivos, como arquear de sobrancelhas ou franzir do cenho (1º parágrafo). Todavia, a segunda parte: "para realçar as reações de alguém diante do enfático" está errada. O autor não quer realçar as reações da pessoa que está diante do enfático e sim do próprio enfático !
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Quanto à alternativa "se vale de Machado de Assis e de Manuel Bandeira para ilustrar casos em que os excessos da ênfase saltam à vista", creio que o erro esteja no fato de que Machado de Assis "não suporte" a ênfase.
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não entendi na letra C o porquê de essas expressões serem consideradas indevidas na alternativa. Alguém sabe explicar?
exemplifica casos em que nossa fala se deixa contaminar pelo uso indevido de certas expressões.
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Livia, no 2º parágrafo, ele exemplifica, em tom de crítica, que, em certas situações, o uso de ênfase contamina o real sentido de sentimentos e expressões, comprometendo a veracidade das mesmas. Deste modo, a letra C é a alternativa correta.
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Com a ênfase, todos os gestos compõem uma dramaturgia descontrolada. gab C
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c)
exemplifica casos em que nossa fala se deixa contaminar pelo uso indevido de certas expressões.
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b) errada - a palavra superficial não é oposto de lateral.
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Sobre a alternativa a):
O enunciado traz:
"Entre os recursos adotados na elaboração do texto, o autor:
a) se vale de Machado de Assis e de Manuel Bandeira para ilustrar casos (ou seja, exemplificar) em que os excessos da ênfase saltam à vista."
Vamos ao texto e encontramos:
"(...) Em suma: o enfático é um chato que se vê a si mesmo como um superlativo. Machado de Assis, por exemplo, não suportava gente que dissesse “Morro por doce de abóbora!". Por sua vez, o poeta Manuel Bandeira enaltecia a “paixão dos suicidas que se matam sem explicação". "
Conclusão que me resta:
A FCC acha que, nos exemplos do texto, não está tão clara a ênfase. "Não saltou aos olhos"... Ah, vá... Como é que eu vou analisar isso. Para mim está evidente (e, portanto, correta também).
O "morro por doce ..." nem vou comentar. E, quanto ao trecho "suicidas se matam": ora, o verbo é suicidar-se. O suicídio não se separa da ideia de que alguém "se matou", "matou ele mesmo" e não outra pessoa (aí seria homicídio). Logo, a frase é enfática, pois repete que eles "se matam". Sem a ênfase poderia ser "paixão dos suicidas que assim agem sem explicação". "Matar a si" e "suicidar-se" possuem o mesmo conteúdo, portanto, nota-se a ênfase.
Essas são as minhas considerações. Alguém entendeu de forma diferente? O suposto erro seria outro?
Quem puder ajudar eu agradeço. Alguém recorreu?
Abraço
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Quanto 'a letra A, o erro esta' em dizer que o autor se utiliza de Manuel Bandeira para ''ilustrar casos em que o excesso de enfase salta a vista''. Na verdade, o autor cita um caso em que Manuel Bandeira valoriza, justamente, o comportamento nao enfatico de um suicida. O suicida se mata sem ser enfatico, sem dramaturgia desnecessaria, sequer explica porque se matou.
Portanto, esta errado dizer que esse caso ilustraria o excesso de enfase. Pelo contrario, ilustra sua falta.
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Gabarito: C.
Fundamento:
a) se vale de Machado de Assis e de Manuel Bandeira para ilustrar casos em que os excessos da ênfase saltam à vista. incorreto: essa alternativa me trouxe um pouco de dúvida, mas, ao analisar a estrutra, concluí que estava incorreta:
"Em suma: o enfático é um chato que se vê a si mesmo como um superlativo. Machado de Assis, por exemplo, não suportava gente que dissesse “Morro por doce de abóbora!". Por sua vez, o poeta Manuel Bandeira enaltecia a “paixão dos suicidas que se matam sem explicação".[Já o enfático vive exclamando o quão decisivo é ele ser muito mais vital do que todos os outros seres humanos."]
O autor, ao falar "Já o enfático (...)", compara (diferenciando) com a situação imediatamente anterior. Logo, a construção anterior não é ênfase.
b) emprega palavras de sentido oposto ou antitético, como ocorre entre superficial e lateral (1º parágrafo). incorreto: o autor diz no texto que o oposto de superficial é profundo e de lateral é central. "Se há casos em que ela se torna indispensável, como nas tragédias ou na comicidade extrema, na maioria das vezes é um artifício do superficial que se deseja profundo, do lateral que aspira ao centro (...)"
c) exemplifica casos em que nossa fala se deixa contaminar pelo uso indevido de certas expressões. correto: "Na expressão oral, a ênfase compromete a verdade de um sentimento já de si enfático: despeja risadas antecipando o final da própria piada, força o tom compungido antes de dar a má notícia e se marca no uso indiscriminado de termos como “com certeza" e “literalmente", por exemplo: 'Esse aluno está literalmente dando o sangue na prova de Física'."
d) emprega o termo superlativo (3º parágrafo) como um atributo que faz justiça ao talento de quem emprega a ênfase oportunamente. incorreto: pelo contrário! Não faz justiça - o enfático se "acha" indevidamente, sem motivo para tanto! "A ênfase também parece desconfiar do alcance de nossa percepção usual, e nos acusa, se reclamamos do enfático. Este sempre acha que ficaremos encantados com a medida do seu exagero, e nos atribui insensibilidade se não o admiramos. Em suma: o enfático é um chato que se vê a si mesmo como um superlativo."
e) se vale de elementos descritivos, como arquear de sobrancelhas ou franzir do cenho (1º parágrafo), para realçar as reações de alguém diante do enfático. incorreto: realça as reações do próprio enfático: "Se há casos em que ela se torna indispensável, como nas tragédias ou na comicidade extrema, na maioria das vezes é um artifício do superficial que se deseja profundo, do lateral que aspira ao centro, do insignificante que se pretende substancial. É a fala em voz gritada, o gargalhar sistemático, a cadeia de interjeições, a produção de caretas, o insistente franzir do cenho, o repetitivo arquear de sobrancelhas, a pronúncia caprichosa de palavras e frases que se querem sentenciosas e inesquecíveis."
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c)
exemplifica casos em que nossa fala se deixa contaminar pelo uso indevido de certas expressões. - morro por doce (texto). correta.
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Uso indevido e uso indiscriminado pra mim são coisas completamente diferentes...
O autor fala em uso indiscriminado, ou seja, uso descontrolado. Já alternativa fala em uso indevido, ou seja, uso errado...
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Concordo 100% com a colega Arielly Brito. Também assinalei a alternativa A.
É péssimo errar com pura convicção de estar acertando. O jeito é fazer várias questões até entender como pensa a Fundação Cuidado Comigo UAHDUA
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O erro da letra A provavelmente se refere ao significado do trecho do Manuel Bandeira, que é um elogio a uma forma de expressão não enfática. Ou seja, é o oposto do que a assertiva A afirma ("ilustra um caso em que o excesso de ênfase salta salta à vista"). aqui tem uma análise do poema do qual foi retirado trecho:
“A paixão dos suicidas que se matam sem explicação”, e por último, o eu-lírico deseja um poema que tenha habilidade de deter os mais intensos sentimentos sem, contudo, ser sentimental, por isso não compete a ele anunciar de forma dramática a intensidade das emoções, enfim o que autor deseja de fato é guardar o mistério que enaltece a alma humana.
FONTE: tirei de um blog chamado "faciletrando", mas quando posto o comentário não vai o site :/ ("análise: o último poema"
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