ID 1754872 Banca VUNESP Órgão HCFMUSP Ano 2015 Provas VUNESP - 2015 - HCFMUSP - Psicologia Disciplina Psicologia Assuntos Psicanálise Psicopatologia Teorias e Técnicas Psicoterápicas Transtornos Alimentares De acordo com Bucaretchi & Cordás (In: Quayle e De Lucia, 2007), o ideal de magreza na sociedade moderna vem apresentando um grande poder, especialmente entre os jovens. Do ponto de vista psicanalítico, é correto afirmar que Alternativas esses pacientes possuem estrutura psíquica rígida, com figura paterna vista como qualificada e forte. para o anoréxico, a ausência da figura materna foi vivenciada como algo adequado, instaurando o sintoma por meio do simbólico. a relação dual imobiliza mãe e filha porque a mãe não reconhece a própria castração, e a filha se identifica com o desejo da mãe. para o paciente anoréxico e bulímico é oferecido o lugar da falha, no qual vai se tornar possível constituir-se como sujeito psíquico e desejante. a pressão social pelo corpo ideal é realizada muito mais pela imposição da família do que provinda de uma cultura. Responder Comentários http://www.livrariadopsicanalista.com.br/produto/2273622/ADOECER---AS-INTERACOES-DO-DOENTE-COM-SUA-DOENCA A mãe é vista pela criança como um ser completo e poderoso, capaz de lhe assegurar a vida. No entanto, este poder traz consigo um vigor tão grande que pode gerar invasões devastadoras, que caminham para além do amor. É o lugar da onipotência materna. A mãe que aparece para a criança, nesse momento, como onipotente, precisa ir aos poucos se apresentando a essa criança como limitada e castrada. A mãe deve ser capaz de suportar sua própria ausência para a criança, liberando-a, assim, do lugar do seu falo e de sua falta. Se a mãe não isentar a criança do lugar fálico e a criança não tolerar perder esse lugar, ambas estarão sujeitas a viver escravizadas pela ilusão alienante de completude, acarretando confusão de identidades, de desejos, de sentimentos e, até mesmo, dos limites corporais. (...)Lacan afirma que, para adquirir segurança e ir-se constituindo como sujeito, a separação que a menina estabelece entre ela e sua mãe deve ser repetida inúmeras vezes. Nem a anoréxica nem a sua mãe tiveram possibilidade de viver com tranquilidade esse afastamento: a menina viveu o distanciamento do objeto de amor privilegiado como um enorme perigo psíquico e a mãe viveu a falta da filha como algo insuportável. Como a anoréxica não tem sua subjetividade constituída, quando se percebe longe e separada do outro vivencia a distância como a perda de si mesma, tornando-a melancólica e devastada. Do capítulo: Anorexia e bulimia nervosa, a constituição psiquica, Bucaretchi Do livro: Anorexia e bulimia nervosa - um visão multidisciplinar, 2003. Bucaretchi. Gabarito C - a relação dual imobiliza mãe e filha porque a mãe não reconhece a própria castração, e a filha se identifica com o desejo da mãe.