Questão retirada de um trabalho de conclusão de curso, orientado pela professora Ana Magnólia Mendes:
"Para Dejours, o trabalho não causa o sofrimento; o sofrimento não é patológico, mas um sintoma da dor e pode resultar dele a mobilização que se articula à emancipação e a reapropriação de si, do coletivo e da condição de poder do trabalhador. Ele surge da experiência de fracasso diante do real".
http://www.aojus.org.br/AOJUS/arquivos/artigo%20final%20Angelita%20de%20Carvalho.pdf
RESPOSTA "E"
Vejamos,
A análise da fala e a escuta do sofrimento dos trabalhadores, num espaço público de discussão, possibilita o acesso e apreensão dessas relações dinâmicas, pois para Mendes (2007a, p. 31):
“Esse espaço é a possibilidade de (re)construção dos processos de subjetivação e do coletivo, uma vez que falar do sofrimento leva o trabalhador a se mobilizar, pensar, agir e criar estratégias para transformar a organização do trabalho. A mobilização que resulta do sofrimento se articula à emancipação e reapropriação de si, do coletivo e da condição de poder do trabalhador”.
Só assim o sofrimento pode ser compreendido, interpretado, elaborado e perlaborado. Esse espaço público de discussão favorece a reflexão do coletivo de trabalhadores que, dessa forma, podem retomar suas condições de poder para lutar contra o desejo do capital.
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_tn_sto_105_696_14074.pdf