I. Fabiano estava de bom humor. Dias antes a enchente havia coberto as marcas postas no fim da terra de aluvião, alcançava as catingueiras, que deviam estar submersas. Certamente só apareciam as folhas, a espuma subia, lambendo ribanceiras que se desmoronavam.
Dentro em pouco o despotismo da água ia acabar, mas Fabiano não pensava no futuro. Por enquanto a inundação crescia, matava bicho, ocupava grotas e várzeas. Tudo muito bem. E Fabiano esfregava as mãos. Não havia o perigo da seca imediata, que aterrorizava a família durante meses. [...]
II. O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavamse nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e, como não havia comida, seguiam viagem para o sul. O casal agoniado sonhava desgraça. O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado.
Dentro em pouco o despotismo da água ia acabar, mas Fabiano não pensava no futuro. Por enquanto a inundação crescia, matava bicho, ocupava grotas e várzeas. Tudo muito bem. E Fabiano esfregava as mãos. Não havia o perigo da seca imediata, que aterrorizava a família durante meses. [...]
II. O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavamse nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e, como não havia comida, seguiam viagem para o sul. O casal agoniado sonhava desgraça. O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado.
Ramos, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Editora Record. 2011, p. 65 e 109
Com base em seus conhecimentos sobre o quadro natural brasileiro, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a conceituação das expressões destacadas nos fragmentos I e II, respectivamente.