Alternativas
Nos anos 1990, a conjuntura política, econômica e
social do Brasil apresentou aos assistentes sociais,
comprometidos com a materialização do projeto
ético-político profissional, o desafio de desvendar e
compreender as lógicas do capitalismo, principalmente
no que diz respeito às transformações do mundo do
trabalho e à compreensão dos processos que
deterioram e desmontam as políticas sociais.
Para atender os padrões de eficiência e eficácia
das instituições empregadoras, o assistente social teve
de desenvolver racionalidade técnico-organizacional e
incorporar práticas para a aferição da produtividade no
seu processo de trabalho, segundo as orientações das
diretrizes curriculares da profissão.
Na esfera estatal, constata-se a gradativa
centralização das políticas sociais pelo Estado,
requisitando do assistente social a realização de
atividades restritas à execução dessas políticas.
Na última década, o crescimento dos movimentos
sociais e o fortalecimento das instâncias coletivas de
representação política refletiram em expressiva
contratação do trabalho do assistente social nessas
instâncias, para que fossem realizados trabalhos de
mobilização e de organização popular.
O trabalho do assistente social nas instituições
filantrópicas e do terceiro setor requere a elaboração
de critérios de acessibilidade e de seletividade para os
programas institucionais, na perspectiva da
universalidade e da concretização dos direitos sociais.