O PROCESSO DE ESPERMATOGÊNESE: O testículo apresenta-se formado por numerosos túbulos seminíferos. Estes apresentam em seu interior as células germinativas (os espermatozoides). Por volta dos 10 a 14 anos, com o início da puberdade e sob estímulo dos hormônios gonadotróficos da hipófise, inicia-se a formação dos espermatozoides. A espermatogênese compreende 4 etapas:
FASE DE MULTIPLICAÇÃO, GERMINATIVA OU MULTIPLICATIVA: As células germinativas diploides diferenciam-se em espermatogônias e passam por um período de intensa multiplicação, através de divisões mitóticas, aumentando enormemente seu número.
FASE DE CRESCIMENTO: Ao fim da fase de multiplicação, as espermatogônias crescem e passam a ser chamadas espermatócitos I ou espermatócitos primários.
FASE DE MATURAÇÃO: Os espermatócitos primários entram então em meiose. A primeira divisão meiótica (divisão reducional) origina dois espermatócitos II ou espermatócitos secundários. A segunda divisão meiótica (divisão equacional) origina quatro espermátides. As espermátides já são células haploides e não se dividem mais, mas ainda não são os espermatozoides.
FASE DE DIFERENCIAÇÃO: Nela, as espermátides passam por um processo denominado espermiogênese. Na espermiogênese, as espermátides, que são células grandes e redondas, sofrem as seguintes mudanças:
- perdem parte do citoplasma tornando-se menores para facilitar-lhes a motilidade;
- desenvolvem um flagelo, a partir dos centríolos;
- desenvolvem um acrossoma, a partir do complexo de Golgi.
Assim, o efeito da radiação em causar alguma alteração genética será mais impactante nas espermatogônias, uma vez que as mesmas são as que se renovam continuamente por mitoses, transmitindo essas alterações a suas células filhas, e originam todas as demais células no processo de espermatogênese.