A assertiva I diz respeito ao posicionamento dos teóricos de Frankfurt e fica clara a referência por conta do conceito de apocalípticos. Uma das grandes questões para esses intelectuais alemães era a de que a diferença precisaria ser eliminada e os gostos conformados, pois, assim, era mais fácil obter retorno lucrativo em cima das criações culturais, tendo em vista que o gosto médio passou por um processo de conformação, tornando-se previsível. Essa assertiva, portanto, é verdadeira.
A assertiva II também está correta, mas a referência não é tão clara. A questão da projeção e da identificação é inerente aos produtos culturais, que mobilizam arquétipos e esteriótipos. A fundamentação teórica para essa asserção é Edgar Morin, com o livro o Cultura de Massas no século XX. A cultura de massas se “constitui em um corpo de símbolos, mitos e imagens concernentes à vida prática e à vida imaginária, um sistema de projeções e de identificações específicas"(trecho do livro de Morin).
Assim, ficaríamos entre a letra A e a letra B. Acaba que a II não é uma justificativa da I porque Morin não pensa em termos de Indústria Cultural tal como os alemães e, na verdade, critica a redução que eles fariam a um mero sistema econômico. Ele entende que há vários níveis de cultura que dialogam, embora a cultura massiva tenha mais força (porque ela seduz, e não impõe, como a cultura religiosa ou nacional, por exemplo). Assim, nem tudo é conformação de gosto para Morin e nem tudo está ligado a um regime econômico, e sim mais a uma mentalidade inerente ao século XX.