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ID
1784428
Banca
FGV
Órgão
DPE-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Beatriz possui dois vínculos empregatícios como assistente social. No primeiro emprego ela é estatutária e trabalha 24 horas semanais no CRAS da prefeitura de um pequeno município no interior do Estado. No segundo emprego, Beatriz tem contrato temporário de trabalho com carga horária semanal de 30 horas em uma ONG que desenvolve atividades de educação em saúde para jovens gestantes no município. O quadro apresentado é uma das expressões da atual crise do capitalismo que impõe metamorfoses ao mundo do trabalho e incide diretamente nas condições de trabalho dos assistentes sociais. Desse modo, observa-se a inserção socioprofissional do assistente social “em duas ou mais políticas sociais, rotatividade no emprego, instabilidade e insegurança, jornada de trabalho extensa (cumpre carga horária de mais de dez horas diárias de trabalho)” (GUERRA, 2010, p. 720).

De acordo com esse contexto e segundo a autora, observa-se nos espaços laborais dos assistentes sociais a configuração dos:

Alternativas
Comentários
  • Letra "e"

     

    Segue abaixo trecho de um texto (REFLEXÕES SOBRE O MERCADO DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SERVIÇO SOCIAL MATOGROSSENSES)  que teve como referência Guerra.

    O fato do Assistente Social ter que procurar mais que um emprego (pluriemprego), demonstra, entre outros aspectos, que há uma desvalorização salarial, levando os profissionais a buscarem mais de uma colocação nomercado de trabalho. Tal realidade contribui para a precarização do trabalho, redução da qualidade dos serviços prestados e para o stress profissional.

  • Ao pontuar sobre a precarização do e no exercício profissional dos assistentes sociais, Yolanda Guerra afirma: 

     

     

    (...)pode‑se dizer que as respostas contemporâneas do capital à sua crise visam a retomada das taxas de lucro, mas não é só isso: visam fragilizar a organização dos trabalhadores e aprofundar o controle sobre elas.

     

    Para tanto, há o empenho na retirada de direitos que recebe o nome de flexibilização.


    Com o exercício profissional dos assistentes sociais não poderia ser diferente. Este tem na flexibilização uma forma de precarização do seu trabalho tanto como segmento da classe trabalhadora quanto como profissional que atua no âmbito dos serviços, das políticas e dos direitos sociais. A precarização do exercício profissional se expressa por meio de suas diferentes dimensões: desregulamentação do trabalho, mudanças na legislação trabalhista, subcontratação, diferentes formas de contrato e vínculos que se tornam cada vez mais precários e instáveis, terceirização, emprego temporário, informalidade, jornadas de trabalho e salários flexíveis, multifuncionalidade ou polivalência, desespecialização, precariedade dos espaços laborais e dos salários, frágil organização profissional, organização em cooperativas de trabalho e outras formas de assalariamento disfarçado, entre outras.


    Essas características marcam os espaços laborais dos assistentes sociais, ainda que de formas, níveis e graus distintos, segundo a sua inserção diferenciada e diferentes condições sócio‑ocupacionais.


    Comparece hoje nos espaços laborais do assistente social o trabalho, o crescente aumento de profissionais que possuem mais de um vínculo de trabalho,  o que caracteriza o pluriemprego, bem como se observa a inserção socioprofissional em duas ou mais políticas sociais, rotatividade no emprego, instabilidade e insegurança, jornada de trabalho extensa (cumpre carga horária de mais de dez horas diárias de trabalho), além do sobretrabalho ao qual a mulher encontra‑se submetida. (P.5-6)

     

     

     

     

    FONTE: GUERRA, Y. A formação profissional frente aos desafios da intervenção e das atuais configurações do ensino público, privado e a distância, 2010.

  • Pluriemprego = é o fato do Assistente Social ter que procurar mais que um emprego. 

  • Pluriemprego = Vários empregos

    Polivalência = várias atribuições