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ID
1786648
Banca
VUNESP
Órgão
SAEG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica “Beijos”, de Ivan Angelo, para responder à questão.

   Beijo era coisa mágica. A bela beijava o sapo e ele virava príncipe. O príncipe beijava a Branca de Neve e ela acordava de seu sono enfeitiçado. A mãe beijava o machucado dos filhos e a dor sumia. O mocinho beijava a mocinha e o filme acabava em final feliz.
   Muitas gerações – não faz tanto tempo assim – incorporaram alguma coisa dessa noção de que o beijo tinha uma força poderosa, misteriosa, e lidavam com ele, principalmente com o primeiro, de um modo carregado de expectativas. Uma sensação imersa na ambiguidade: aquilo podia ser uma coisa benfazeja e ao mesmo tempo podia ser pecado. Dado ou recebido era precedido de dúvidas, suores frios, ansiedade, curiosidade e desejo. E o quase melhor de tudo: era secreto, escondido. Só a melhor amiga ficava sabendo; irmãos, nem pensar; pai, mãe – jamais.
   Os jovens chegavam ao beijo após uma paciente escalada de resistências e manobras envolventes. “Já beijou?” – queriam saber as amigas dela, como quem diz: “capitulou”?; e perguntavam os amigos dele, espírito corporativo, com o sentido de: “venceu a batalha?” Como resultante desse clima, surgiu um atalho, verdadeiro ataque de guerrilha: o beijo  roubado.
   Hoje tudo isso não tem mais sentido. Uma antiga marchinha de Carnaval dizia: “A Lua se escondeu, o guarda bobeou, eu taquei um beijo nela e ela quase desmaiou”. A emoção era
tanta que as moças desfaleciam. Já não é o caso.
   Por quê? Perdeu o segredo. Beija-se por toda parte, e em público. A meninada “fica” nas festas e “ficar” é beijar à vontade, até desconhecidos.
   Isso é bom ou é ruim? Não cabe a pergunta. É como se perguntassem se a evolução das espécies é boa ou não. Cada geração vive seu momento com tudo a que tem direito. Mas existe uma diferença tênue entre naturalidade e exibicionismo. Neste, o estímulo é o olhar dos outros. Cada um sabe qual é a sua.
   Representar variantes e significados do beijo é arte que tem milênios. Uma escultura de Rodin, representando o beijo amoroso de um par desnudo, é apreciada até pelos pudicos. Na época dele era ousada. Hoje...
   No Dia dos Namorados fui passear na internet à procura de curiosidades sobre a data. Encontrei uma pesquisa mostrando que o beijo é a carícia preferida pelos brasileiros. A informação, de certa forma, derrubou meus temores. Nada, nem a facilidade, abala o prestígio mágico do beijo.
(Veja SP, 18.06.2003. Adaptado)

No primeiro parágrafo, as orações iniciadas pela conjunção e

Alternativas
Comentários
  • Beijo era coisa mágica. A bela beijava o sapo E ele virava príncipe. O príncipe beijava a Branca de Neve E ela acordava de seu sono enfeitiçado. A mãe beijava o machucado dos filhos E a dor sumia. O mocinho beijava a mocinha E o filme acabava em final feliz.

    Alt: B
  • LETRA B

    A bela beijava o sapo e ele virava príncipe.
           CAUSA                 CONSEQUÊNCIA 

     

    O príncipe beijava a Branca de Neve e ela acordava de seu sono 
            CAUSA                                         CONSEQUÊNCIA

     

    A mãe beijava o machucado dos filhos e a dor sumia.
            CAUSA                                         CONSEQUÊNCIA

  • CAUSA - EFEITO

    GABARITO -> [B]

  • Causa e consequência, em todos os exemplos citados!

  • A bela beijava o sapo e (consequentemente) ele virava príncipe. O príncipe beijava a Branca de Neve e (consequentemente) ela acordava de seu sono enfeitiçado....

  • O FATO DE...                   FAZ COM QUE...

       Causa                            Consequência

  • TEXTO MASSA!

  • A conjunção leva o nome que vem APÓS O CONECTIVO.

    1a. parte (Causa) /// 2a. parte (Consequência)

    Bons estudos.