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ID
1786657
Banca
VUNESP
Órgão
SAEG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica “Beijos”, de Ivan Angelo, para responder à questão.

   Beijo era coisa mágica. A bela beijava o sapo e ele virava príncipe. O príncipe beijava a Branca de Neve e ela acordava de seu sono enfeitiçado. A mãe beijava o machucado dos filhos e a dor sumia. O mocinho beijava a mocinha e o filme acabava em final feliz.
   Muitas gerações – não faz tanto tempo assim – incorporaram alguma coisa dessa noção de que o beijo tinha uma força poderosa, misteriosa, e lidavam com ele, principalmente com o primeiro, de um modo carregado de expectativas. Uma sensação imersa na ambiguidade: aquilo podia ser uma coisa benfazeja e ao mesmo tempo podia ser pecado. Dado ou recebido era precedido de dúvidas, suores frios, ansiedade, curiosidade e desejo. E o quase melhor de tudo: era secreto, escondido. Só a melhor amiga ficava sabendo; irmãos, nem pensar; pai, mãe – jamais.
   Os jovens chegavam ao beijo após uma paciente escalada de resistências e manobras envolventes. “Já beijou?” – queriam saber as amigas dela, como quem diz: “capitulou”?; e perguntavam os amigos dele, espírito corporativo, com o sentido de: “venceu a batalha?” Como resultante desse clima, surgiu um atalho, verdadeiro ataque de guerrilha: o beijo  roubado.
   Hoje tudo isso não tem mais sentido. Uma antiga marchinha de Carnaval dizia: “A Lua se escondeu, o guarda bobeou, eu taquei um beijo nela e ela quase desmaiou”. A emoção era
tanta que as moças desfaleciam. Já não é o caso.
   Por quê? Perdeu o segredo. Beija-se por toda parte, e em público. A meninada “fica” nas festas e “ficar” é beijar à vontade, até desconhecidos.
   Isso é bom ou é ruim? Não cabe a pergunta. É como se perguntassem se a evolução das espécies é boa ou não. Cada geração vive seu momento com tudo a que tem direito. Mas existe uma diferença tênue entre naturalidade e exibicionismo. Neste, o estímulo é o olhar dos outros. Cada um sabe qual é a sua.
   Representar variantes e significados do beijo é arte que tem milênios. Uma escultura de Rodin, representando o beijo amoroso de um par desnudo, é apreciada até pelos pudicos. Na época dele era ousada. Hoje...
   No Dia dos Namorados fui passear na internet à procura de curiosidades sobre a data. Encontrei uma pesquisa mostrando que o beijo é a carícia preferida pelos brasileiros. A informação, de certa forma, derrubou meus temores. Nada, nem a facilidade, abala o prestígio mágico do beijo.
(Veja SP, 18.06.2003. Adaptado)

Observando o emprego do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa que completa corretamente a frase: Cada geração tem direito...

Alternativas
Comentários
  • Apenas com os casos proibitivos podemos resolver esta questão:

    a) à oportunidades (não emprega crase antes de palavras no plural)

    b) à construir (não emprega crase antes de verbo no infinitivo)

    c) à uma (não emprega crase antes de artigo indefinido)

    d) à comportamentos (não emprega crase antes de palavras no plural)

    E) CORRETA

    bons estudos !

  • Gabarito letra E


    Não coloca crase Diante de:


    A) "A" no singular + palavra no plural

    B) Antes de verbo no infinitivo

    C) Antes de artigo indefinido

    D) "A" no singular + palavra no plura

    E) Gabarito 

  • a) à oportunidades (plural)

    b) construir (verbo)

    c) uma ( artigo indefinido)

    d)  comportamentos (plural)

  •  GABARITO E

     

    Cada geração tem direito...

    e) à escolha de seus próprios valores.

  • Questão repetida: Q626612.

  • Mesma questão repetida novamente?? :(

  • DICA PRA ESTUDAR CRASE: ESTUDE ONDE ELA NÃO É USADA! MATA 90% DAS QUESTÕES

  • a) NÃO OCORRE CRASE ANTES DE PALAVRAS NO PLURAL QUE NÃO SÃO DEFINIDAS PELO ARTIGO.

    b) NÃO OCORRE CRASE ANTES DE VERBO.

    c) NÃO OCORRE CRASE ANTES DE PRONOMES INDEFINIDOS.

    d) NÃO OCORRE CRASE ANTES DE PALAVRAS MASCULINAS.

    e) GABARITO.

  • De mão beijada.

  • Cada geração tem direito A ALGO: À ESCOLHA. Lembrando que a palavra “escolha” não está no sentido do verbo “escolher” muita gente pode errar achando que é verbo e antes de verbo nunca tem crase, neste caso “escolha” é substantivo!
  • a vunesp na parte da crase cobra mais 

    1)cobra a regencia (crase no singular e subsantivo no plural)
    2)crase antes de verbo
    3)crase antes de artigo ou pronome indefinido
    4)crase antes de nomes masculinos

    sabendo isso provavelmente ganhara a questão na prova 

  • a) plural

    b) verbo

    c) pronome indefinido

    d) plural

    E) Gabarito

  • a) oportunidades (plural) não tem crase

    b) construir (verbo) antes de verbo não tem crase

    c) uma - (pronome indefinido) não tem crase

    d) comportamentos (palavra masculina) não tem crase

    e) escolha (palavra feminina) GABARITO

  • letra a no singular mais uma palavra no plural

    Gabarito E

  • gab. E

  • gab. E

  • GABARITO: LETRA E

    os principais casos em que a crase NÃO ocorre:

    - Diante de substantivos masculinos:

    Andamos cavalo.

    Fomos a pé.

    Passou a camisa a ferro.

    Fazer o exercício lápis.

    - Diante de verbos no infinitivo:

    A criança começou a falar.

    Ela não tem nada a dizer.

    Estavam a correr pelo parque.

    Estou disposto a ajudar.

    Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

    - Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:

    Diga a ela que não estarei em casa amanhã.

    Entreguei a todos os documentos necessários.

    Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.

    Peço Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.

    Mostrarei vocês nossas propostas de trabalho.

    Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.

    Agradeci a ele, quem tudo devo.

    - Diante de numerais cardinais:

    Chegou a duzentos o número de feridos.

    Daqui a uma semana começa o campeonato.

    FONTE: SÓPORTUGUÊS.COM.BR