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ID
1791598
Banca
VUNESP
Órgão
HCFMUSP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica de altíssima complexidade no que tange tanto à sua fisiopatologia quanto ao seu tratamento. Sobre essa síndrome, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A insuficiência cardíaca descompensada (ICD) é definida como uma síndrome clínica na qual uma alteração estrutural ou funcional do coração leva à incapacidade de ejetar e/ou acomodar sangue dentro de valores pressóricos fisiológicos, causando limitação funcional e necessitando de intervenção terapêutica imediata. Uma pessoa com insuficiência cardíaca pode ter uma descompensação levando a reinternação mesmo tomando todos os cuidados.

    O tratamento não farmacológico ° imprescindível para o controle da insufiencia cardíaca como o controle a ingesta de sódio, vacinação, educação em saúde, controle do tabagismo entre outros.

    A restrição hídrica nem sempre é necessária, irá depender da gravidade da insuficiência cardíaca. A restrição hídrica deve ser de acordo com a condição clínica do paciente e deve ser considerada a dose de diuréticos. Em média a ingestão de líquidos sugerida é de 1.000 a 1.500 ml em pacientes sintomáticos com risco de hipervolemia independentemente da função renal.

    A insuficiência cardíaca descompensada está habitualmente relacionada à congestão pulmonar e/ou sistêmica, com hipervolemia evidente. Nos casos com congestão e edemas, usa-se os diuréticos de alça (mais potentes e que causam maior perda de água), como a furosemida - por via venosa ou intramuscular.

    Os betabloqueadores são os fármacos de maior impacto na redução da morte súbita arrítmica em pacientes com insuficiência cardíaca.


    Gabarito do Professor: Letra D



    Bibliografia


    Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues D, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica - 2012. Arq Bras Cardiol 2012: 98(1 supl. 1): 1-33.

    Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues D, et al. III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq Bras Cardiol 2009; 93(1 supl.1): 1-71.

    Mangini S, Pires PV, Braga FG, Bacal F. Insuficiência cardíaca descompensada. Einstein. 2013;11(3):383-91.

    Sahade, Viviane, & Montera, Vanessa dos Santos Pereira. (2009). Tratamento nutricional em pacientes com insuficiência cardíaca. Revista de Nutrição, 22(3), 399-408.
  • A congestão pulmonar é uma das principais complicações desta síndrome, por essa razão, os diuréticos fazem parte do tratamento, uma vez que aliviam os sintomas.

  • a)

    Dentre as causas de reinternação nos pacientes com diagnóstico de Insuficiência Cardíaca, a maioria destas não pode ser prevenida.

     b)

    Modalidades de tratamento não-farmacológico não contribuem para a melhora do cuidado ao paciente com IC.

     c)

    Em pacientes com IC e que apresentam função renal normal, não há necessidade de controle da ingesta hídrica.

     d)

    A congestão pulmonar é uma das principais complicações desta síndrome, por essa razão, os diuréticos fazem parte do tratamento, uma vez que aliviam os sintomas.

     e)

    Os antiarrítmicos de classe I são a primeira opção no tratamento da IC quando comparados com os betabloqueadores.

  • e) Os antiarrítmicos de classe I são a primeira opção no tratamento da IC quando comparados com os betabloqueadores. ERRADA


    Os Antiarrítmicos da classe I  são farmacos que bloqueiam os canais de sódio (Na+) nas membranas dos miócitos (células musculares cardíacas). Usados para controle de arritmias e taquicardia ventricular.

    Os Betabloqueadores promovem diminuiçao inicial do debito cardiaco e da secreção de renina, havendo readaptaçao dos barorreceptores e diminuiçao das catecolaminas nas sinapses nervosas.


    Fonte: VII DIRETRIZ DE CARDIOLOGIA

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