SóProvas


ID
1794628
Banca
FUNCAB
Órgão
SUPEL-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Notícia de jornal

       Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome. 
       Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto-Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome. 
       Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome. 
     O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. 
      Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.  
      Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome. 
     E o homem morre de fome. De 30 anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. 
    E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome. 
     Morreu de fome.

Em “Leio no jornal a notícia DE QUE UM HOMEM MORREU DE FOME." (§ 1), a oração destacada é subordinada substantiva:

Alternativas
Comentários
  • Letra C, completiva nominal.

    Lembrando, a completiva nominal possui a função de completar um nome, sendo que este é pertencente à oração principal. Note a existência de preposição.

    Ex.: Nós temos medo do escuro.

  • fuciona como complemento de notícia, logo, é completiva nominal.


  • Um adendo aos demais comentários aqui descritos;Assim como o objeto indireto, o complemento nominal também traz obrigatoriamente uma preposição, a diferença é que ele complementa um nome, enquanto o objeto indireto complementa, um verbo.

    Ex.: Tenho raiva do professor Um erro clássico pode acontecer, a confusão do complemento nominal com o objeto indireto.Analise errada!Ex.: Tenho raiva do professor      VTDI  /    OD    /     OILembre-se de que a pergunta que se faz ao verbo é "Quem  tem tem algo!" e não "Quem  tem raiva de!" - porque daí sim  a confusão e o erro são certeiros.Atenção!!!O CN só complementa um substantivo abstrato, que é aquele que depende de outro ser para existir;O CN pode aparecer tanto no sujeito quanto no predicado. Muitas vezes se confunde com agente da passiva;
    O CN aparece com qualquer tipo de verbo, de ligação, intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto;

    FONTE:  Adriano Paciello, Alfacon

  • leio - verbo

    no jornal - adjunto adverbial
    a notícia - objeto direto.
    Leio a notícia no jornal.
    Para ter o sentido completo, é necessário especificar a notícia com um complemento nominal.

    Complemento nominal, é um adjetivo simples e composto, referente a substantivo, adjetivo e advérbio, que completa o sentido de um nome. Complemento nominal é a parte paciente, podendo ser representada. Exemplo: "João ficou à disposição…" à disposição de quem? Por exemplo da empregada. ..

    Então, leio a notícia... que notícia? a de que um homem morreu de fome( parte paciente)


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Complemento_nominal
  • Resumindo de tal forma que até uma criança possa entender, Subjetiva não pode ser por está explicando o ocorrido, também não pode ser objeto direto pois está com preposição. sabendo que objeto indireto pede preposição e um verbo para tal se nota a ausência do mesmo, ficando então com o complemento nominal: quem morre, morre DE alguma coisa..


  • 1° Passo: localizar o verbo -------> Leio

    2° Passo: o verbo declara q ação? -----> ler uma notícia

    3° Passo: A oração destacada, está ligada ao lado do verbo ou ao lado de um nome (substantivo) ---> ao substantivo "notícia" portanto, Complemento Nominal

  • Netero, você acertou a resposta, mas teu raciocínio não reflete o acerto. Quem morre, morre de alguma coisa sim, mas a causa da morte é complemento verbal, não nominal. No caso, a oração inteira "DE QUE UM HOMEM MORREU DE FOME" é complemento nominal de "notícia". Dessa forma, temos sentido na oração "Leio no jornal a notícia.." quando perguntamos "Que notícia?". Daí vem o complemento "DE QUE UM HOMEM MORREU DE FOME" que complementa o substantivo "notícia".

  • Complemento nominal é o termo que complementa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.

    Exemplos:

    "Marcos tem orgulho de lívia"

    - Orgulho de quem?

    - De lívia (Complemento nominal);

    "Faz tempo que não tenho notícia de Márcio "

    - Notícia de quem?

    - De Márcio. (Complemento nominal);

    "Sou favorável a sua promoção"

    - Favorável a quê?

    - A sua promoção. (Complemento nominal);

    "Estou certo de que você está doente"

    - Certo de quê?

    - De que você está doente. (Complemento nominal);

    Fonte: Wikipédia.

  • Para nunca mais errar.!

    Avistou  essa estrutura nome+preposição+que completiva nominal. 


  • Questão perfeita. puramente análise . 

  • Essa é para não zera a prova.

     

  • não sei pq o pessoal marcou a opção "A"  objetiva indireta,visto que o termo "DE QUE UM HOMEM MORREU DE FOME" completa o sentido de um substantivo abstrato "noticia". Pessoas,objeto é para verbos 

  • "Leio no jornal a notícia DE QUE UM HOMEM MORREU DE FOME"

    De que um homem morreu de fome, remete a que palavra?

    a notícia, isso significa que está completando o substantivo (nome), complemento nominal. Sem o complemento a frase fica inacabada... com sentimento de que falta algo.

     

  • Se eu tiver PREPOSIÇÃO + QUE, ou vai ser OBJETA INDIRETA OU COMPLETIVA NOMINAL.

    Objetiva Indireta > Completa um VERBO

    C.N > Completa um NOME

    Notícia é nome, então, só pode ser C.N.

  • completiva nomina