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Uma saída possível ao dilema de identificação de mentiras seria utilizar mais a “análise do discurso” do entrevistado (VRIJ, 2008; VRIJ et al., 2004). Ou seja, nessa perspectiva, o entrevistador deveria “escutar mais do que olhar”, criando um espaço de fala para que o entrevistado vá dando o seu relato, o mais detalhado possível.
Seguindo nesse caminho, a Associação de Chefes de Polícia da Inglaterra e País de Gales e o Home Office desenvolveram o método “PEACE”, colocado em atividade nos anos 1990, o qual enfatiza o treinamento em técnicas de entrevista investigativa. (BALDWIN, 1992).
Os pressupostos do método Problema, Emoção, Análise, Contemplação e Equilíbrio (PEACE) (livremente adaptados ao português) são: P = planejar antecipadamente a entrevista.
E = engajar o entrevistado na conversação.
A = acessar o relato livre (sem interrupção e coerção).
C = cerrar (fechar) a entrevista realizando um resumo.
E = expandir os dados colhidos (avaliar o material após a entrevista).
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Não concordo com o gabarito
o método vai potencializar a fala do investigado e a partir dele fazer essa análise do discurso. "Uma saída possível ao dilema de identificação de mentiras seria utilizar mais a “análise do discurso” do entrevistado (VRIJ, 2008; VRIJ et al., 2004). Ou seja, nessa perspectiva, o entrevistador deveria “escutar mais do que olhar”, criando um espaço de fala para que o entrevistado vá dando o seu relato, o mais detalhado possível.
Além disso, no livro da Rovinski ela aponta que "após a implementação do PEACE, a associação dos policiais britânicos decidiu não mais treinar policiais nos sinais comportamentais de mentira"
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Discordo do gabarito, com base no seguinte trecho do livro Psicologia Jurídica: Perspectivas Teóricas e Processos de Intervenção:
"Além de implementar a capacitação de policias britânicos no PEACE, baseado em evidências de pesquisas psicológicas, a Associação dos Plociais Britânicos decidiu não mais treinar os policias nos sinais comportamentais de mentira."
(Sonia Liane Reichert Rovinski,Roberto Moraes Cruz)
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Uma saída possível ao dilema de identificação de mentiras seria utilizar mais a “análise do discurso” do entrevistado (VRIJ, 2008; VRIJ et al., 2004). Ou seja, nessa perspectiva, o entrevistador deveria “escutar mais do que olhar”, criando um espaço de fala para que o entrevistado vá dando o seu relato, o mais detalhado possível.
Seguindo nesse caminho, a Associação de Chefes de Polícia da Inglaterra e País de Gales e o Home Office desenvolveram o método “PEACE”, colocado em atividade nos anos 1990, o qual enfatiza o treinamento em técnicas de entrevista investigativa. (BALDWIN, 1992).
Os pressupostos do método Problema, Emoção, Análise, Contemplação e Equilíbrio (PEACE) (livremente adaptados ao português) são:
P = planejar antecipadamente a entrevista.
E = engajar o entrevistado na conversação.
A = acessar o relato livre (sem interrupção e coerção).
C = cerrar (fechar) a entrevista realizando um resumo.
E = expandir os dados colhidos (avaliar o material após a entrevista).
Pesquisas com esse método (BULL; CHERRYMAN, 1996; MEMON; BULL, 1999) apontaram que o PEACE é mais eficaz quando o entrevistador consegue manifestar as seguintes habilidades:
1. Escuta (com emprego apropriado de silêncio).
2. Preparação antes da entrevista.
3. Questionar de forma adequada (com uso de perguntas abertas).
4. Conhecimento do caso.
5. Flexibilidade.
6. Capacidade de se relacionar com o entrevistado.
7. Empatia.
8. Manter o entrevistado em tópicos importantes.
9. Responder o que o entrevistado pergunta.
10. Não revelar todas as informações do caso logo no início da entrevista.
Outra pesquisa para gerar novas avaliações do PEACE foi realizada na Inglaterra (SOUKARA; BULL, VRIJ, 2002) e os achados indicaram que:
1. Tanto o planejamento e preparação para a entrevista, quanto a habilidade do entrevistador são de extrema importância.
2. A categoria do crime e os atributos do suspeito devem influenciar o modo de escolha da estratégia de entrevista.
3. As evidências devem determinar o tipo de entrevista.
4. A entrevista deve ter como objetivo principal buscar os fatos e não uma mera confissão.