SóProvas


ID
1802857
Banca
FGV
Órgão
Câmara Municipal de Caruaru - PE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Em 01/01/2011, um banco comprou, por R$ 180.000,00, o direito de processar a folha de pagamentos de uma empresa por seis anos.

Em 31/12/2012, o banco constatou que os funcionários da empresa não estavam utilizando os serviços do banco e verificou que poderia ter retorno total de R$ 100.000,00 com a folha de pagamento nos anos remanescentes.

Já em 31/12/2013, o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia obter retorno total de R$ 80.000,00.

Em 31/12/2014, o valor contábil do direito era de 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B


    1) Calcular depreciação de 2 anos (entre 01/01/2011 e 31/12/2012)
    180.000 / 6 anos = 30.000/ano
    2 anos de depreciação = 30.000*2 = 60.000
    Valor contábil do direito em 31/12/2012 = 180.000 - 60.000 = 120.000

    2) Em 31/12/2012 houve impairment, portanto, deve-se reconhecer uma perda de 20.000 (120.000 - 100.000 = 20.000)


    3) Calcular quota de depreciação entre 31/12/2012 e 31/12/2013
    100.000 / 4 anos (vida útil remanescente) = 25.000
    Valor contábil do direito em 31/12/2013 = 100.000 - 25.000 = 75.000

    4) Em 31/12/2013 o direito foi avaliado em 80.000, logo, temos que revertar 5.000 da perda contabilizada em 31/12/2012. Portanto, o novo valor contábil do direito nesta data será de 80.000.

    5) Por fim, calcular o valor da depreciação de 31/12/2013 a 31/12/2014.
    80.000 / 3 anos (vida útil remanescente) = 26.666,67
    Valor contábil do direito em 31/12/2014 = 80.000 - 26.666,67 = 53.333,33
  • Paula, mas eu li em um material que quando o valor recuperável é maior que o valor contábil deve-se manter o valor contábil (prudência). Então pq nesse caso eu deveria revertido a perda?

  • Lorenzo mas nesse caso houve uma perda anterior , dai você faz a reversão limitada ao valor original do passivo.

     

    Valor original =180.000 Prazo = 6 anos Amortização anual = 30.000 por ano.
     
    Em 31/12/2012, a empresa já amortizou dois anos, no valor total de 60.000.
     
    Valor contábil em 31/12/2012 = 180.000 Î 60.000 = 120.000.
     
    Mas o banco constatou que poderia ter retorno de 100.000, nos próximos 4 anos que faltavam para encerrar o prazo. Assim, deve reconhecer uma perda de recuperabilidade no valor de 20.000, ficando com o valor contábil de 100.000.
     
    Amortização de 2013 = 100.000 / 4 anos = 25.000. Valor contábil em 31/12/2013 = 100.000 Î 25.000 = 75.000
     
    Como o valor recuperável aumentou para 80.000, a empresa reverte parcialmente a perda.
     
    Assim, valor contábil passa para 80.000, para os 3 anos restantes.
     
    Amortização: 80.000,00 / 3 anos = 26.667
    Contabilidade Geral e Avançada para Tribunais Î Curso Regular Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Î Aula 13 
    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa         www.estrategiaconcursos.com.br                              51 de 71
    Valor contábil em 31/12/2014 = 80.000 Î 26.667 = 53.333

  • estou com exatamente a mesma duvida que lorenzo.

    vi a mesma coisa no meu material...

  • O CPC 01 apregoa o seguinte em relação a reversão do impairment:

     

    "Reversão de perda por desvalorização

     

    109.   Os itens 110 a 116 estabelecem as exigências para reverter uma perda por desvalorização de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, reconhecida em períodos anteriores. Essas exigências utilizam o termo “um ativo”, mas se aplicam igualmente a um ativo individual ou a uma unidade geradora de caixa. Exigências adicionais para um ativo individual são estabelecidas nos itens 117 a 121, para unidade geradora de caixa nos itens 122 e 123 e para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) nos itens 124 e 125.

     

    110.   A entidade deve avaliar, ao término de cada período de reporte, se há alguma indicação de que a perda por desvalorização reconhecida em períodos anteriores para um ativo, exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), possa não mais existir ou ter diminuído. Se existir alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável desse ativo."

     

    Já quanto a dúvida dos colegas que citaram o princípio ou postulado da prudência (revogado), o CPC 00 é muito claro que o mesmo é incompatível com a informação a que se pretende (neutra):

     

    "A característica prudência (conservadorismo) foi também retirada da condição de aspecto da representação fidedigna por ser inconsistente com a neutralidade. Subavaliações de ativos e superavaliações de passivos, segundo os Boards mencionam nas Bases para Conclusões, com consequentes registros de desempenhos posteriores inflados, são incompatíveis com a informação que pretende ser neutra."

     

    Portanto, não há o que se falar em prudência por incompatibilidade com as Características Qualitativas Fundamentais ensejadas pelos RCPGs.

     

    Abs.

  • Assistam o vídeo da Prof Camila Sá, tenho certeza que ajudará muito.

    https://youtu.be/dEzqQbHjPDo

  • Vamos iniciar a resolução calculando o valor contábil do item em 31/12/2012, data em que o valor recuperável do intangível era de R$ 100.000,00. 

    Amortização Anual = (Custo-Valor Residual)/(Vida Útil)

    Amortização Anual = (R$ 180.000,00-0)/(6 anos) = R$ 30.000,00

    Com isso, em 31/12/2012, dois anos após a aquisição, o Intangível terá o seguinte valor contábil:

    Custo R$ 180.000,00

    ( – ) Amortização Acumulada (R$ 60.000,00)

    ( = ) Valor Contábil R$ 120.000,00

    Como o valor contábil (R$ 120 mil) é superior ao valor recuperável (R$ 100 mil), a entidade deverá reconhecer uma perda por redução ao valor recuperável no valor de R$ 20 mil. 

    Custo R$ 180.000,00

    ( – ) Amortização Acumulada (R$ 60.000,00)

    ( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 20.000,00)

    ( = ) Valor Contábil R$ 100.000,00

    Com isso, a partir deste momento a amortização anual passará a ser de:

    Amortização Anual = (Valor Contábil-Valor Residual)/(Vida Útil)

    Amortização Anual = (R$ 100.000,00-0)/(4 anos) = R$ 25.000,00

    O Valor Contábil em 31/12/2013 será, portanto, de:

    Custo R$ 180.000,00

    ( – ) Amortização Acumulada (R$ 85.000,00)

    ( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 20.000,00)

    ( = ) Valor Contábil R$ 75.000,00

    O enunciado diz que em 31/12/2013 o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia obter retorno total de R$ 80.000,00. Este é o valor recuperável do Intangível. Conclui-se, portanto, que a entidade deverá proceder à reversão de parte da perda reconhecida anteriormente. Assim:

    Custo R$ 180.000,00

    ( – ) Amortização Acumulada (R$ 85.000,00)

    ( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 15.000,00)

    ( = ) Valor Contábil R$ 80.000,00

    Perceba que houve a reversão de R$ 5 mil da perda por redução ao valor recuperável reconhecida anteriormente.

    Por fim, para calcular o valor contábil em 31/12/2014 temos que achar o novo valor da amortização anual!

    Amortização Anual = (Valor Contábil-Valor Residual)/(Vida Útil)

    Amortização Anual = (R$ 80.000,00-0)/(3 anos) = R$ 26.666,67

    Assim, em 31/12/2014 o Intangível estará contabilizado por:

    Custo R$ 180.000,00

    ( – ) Amortização Acumulada (R$ 111.666,67)

    ( – ) Perda por Redução ao VR (R$ 15.000,00)

    ( = ) Valor Contábil R$ 53.333,33

    Com isso, correta a alternativa B.

  • Por qual motivo a pessoa indica um vídeo que não tem a ver com a questão?

  • GAB: LETRA B

    PARTE 1

     ➤ Questão “nível NASA” 

    Complementando!

    Fonte: Prof. Gilmar Possati / CPC 04

    A FGV hoje é a banca que vem exigindo as questões mais difíceis de Contabilidade. 

    Observe  que  estamos  diante  de  um  ativo  intangível  com  vida  útil  definida  de  6  anos.  Logo, devemos amortizar esse ativo intangível. Assim, temos: 

    • Amortização Anual = 180.000,00/6 anos = 30.000,00 

    Logo, em 31/12/2011 temos o seguinte cenário: 

    • Valor Contábil (histórico)    180.000,00 
    • (-) Amortização Acumulada  (30.000,00) 
    • (=) Valor Contábil (atual)    150.000,00 

    Passa mais um ano e após o reconhecimento da amortização do ano, temos, em 31/12/2012: 

    • Valor Contábil (histórico)    180.000,00 
    • (-) Amortização Acumulada  (60.000,00) 
    • (=) Valor Contábil (atual)    120.000,00 

    Porém, a banca informa que nessa data (31/12/2012) a entidade constatou que poderia ter retorno de R$ 100.000,00 com a folha de pagamento nos anos remanescentes. E o que isso significa? 

    ➔ Ora, significa que o valor contábil (120 mil) está MAIOR que o valor recuperável (100 mil), não é mesmo? Nesse caso temos que reconhecer uma perda por redução ao valor recuperável pela diferença (no caso, 20 mil). Assim, temos: 

    • Valor Contábil (histórico)          180.000,00 
    • (-) Amortização Acumulada        (60.000,00)   
    • (-) Perda por Desvalorização Acumulada    (20.000,00) 
    • (=) Valor Contábil (31/12/2012)        100.000,00 

    Pois bem... agora temos que calcular a amortização de 2013. E é aqui que mora a pegadinha!  

    Nos termos do CPC 01, depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar  o  valor  contábil  revisado  do  ativo,  menos  seu  valor  residual  (se  houver),  em  base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente

    Logo, as amortizações seguintes serão calculadas da seguinte forma:  

    • Amortização Anual = 100.000,00/4 anos = 25.000,00 

    Portanto, em 31/12/2013 temos o seguinte cenário: 

    • Valor Contábil (histórico)        180.000,00 
    • (-) Amortização Acumulada      (85.000,00)  60.000 + 25.000 
    • (-) Perda por Desvalorização Acumulada  (20.000,00) 
    • (=) Valor Contábil (31/12/2013)      75.000,00 

    A banca informa que nessa data (31/12/2013) o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia obter retorno total de R$ 80.000,00. E o que isso significa? 

    Significa que o valor contábil (75 mil) está MENOR(Na seta acima, cujo texto está em azul observe que o valor contábil é maior, porém nesse caso o valor contábil é menor)  que o valor recuperável (80 mil), não é mesmo? Logo,  o  CPC  01,  nesse  caso  como  há  uma  perda  por desvalorização  acumulada  de  20.000,00,  devemos  efetuar  a  sua  reversão  até  o  valor  contábil igualar-se ao valor recuperável. O lançamento é o seguinte: 

    • D – Perda por Desvalorização Acumulada 
    • C – Receita com reversão de perda por desvalorização ... 5.000,00 

  • GAB: LETRA B

    PARTE 2 (CONTINUANDO A EXPLICAÇÃO)

     ➤ Questão “nível NASA” 

    Logo, em 31/12/2013, após a reversão da perda, temos o seguinte: 

    • Valor Contábil (histórico)        180.000,00 
    • (-) Amortização Acumulada      (85.000,00)  60.000 + 25.000 
    • (-) Perda por Desvalorização Acumulada  (15.000,00) 
    • (=) Valor Contábil (31/12/2013)      80.000,00 

    E agora, temos que novamente efetuar o cálculo da amortização considerando que restam ainda 3 anos (2014, 2015 e 2016). 

    • Amortização = 80.000,00/3 anos = 26.666,67 

    Chegamos, finalmente, no cenário solicitado pela banca (31/12/2014): 

    • Valor Contábil (histórico)        180.000,00 
    • (-) Amortização Acumulada      (111.666,67) 
    • (-) Perda por Desvalorização Acumulada  (15.000,00) 
    • (=) Valor Contábil (31/12/2013)      53.333,33 

    A banca desconsiderou os centavos. 

    ===

    PRA  AJUDAR:

    Q368320 - Q435408 - Q370343 - Q913868 - Q415740 - Q994483 - Q336459 - Q370342 - Q463712 - Q370362 - Q548132 - Q934510 - Q477160 - Q894109 - Q792398 - Q460200 - Q536207 - Q435409 - Q370331 - Q368318 - Q254940 - Q353259 - Q348641 - Q304158 - Q339855 - Q892985 - Q79801 - Q339861 - Q244718 - Q560844 - Q1680314 - Q587884

  • Aos que ficaram com dúvida sobre a reversão dos 5k:

    A reversão é da perda, não da amortização.

    Após o reconhecimento de uma perda ou de uma reversão da perda o cálculo da amortização é afetado, pois o valor amortizável é alterado.

    Abs