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ID
1809370
Banca
ACAFE
Órgão
SED-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca dos recentes conflitos que envolvem o chamado Estado Islâmico e o passado do Oriente Médio, marque com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.


( ) O Estado Islâmico é amplamente apoiado pelas ricas monarquias do Golfo Pérsico. Isso explica seu êxito militar e a confrontação com o Ocidente.


( ) A ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou resolução militar contra o Estado Islâmico. Tropas da OTAN, Rússia e China devem iniciar uma ofensiva contra a organização, objetivando sua derrota militar e eliminação.


( ) Apesar de aparentemente contraditória há vários militantes do Estado islâmico que nasceram e cresceram em estados da Europa e que por diversos motivos se juntaram à causa dos militantes dessa organização.


( ) Para os críticos da atuação do Ocidente no Oriente Médio, o radicalismo e a expansão dos territórios controlados pelo Estado Islâmico dizem respeito parcialmente às políticas de intervenção na região, em especial as recentes intervenções lideradas pelos EUA.


( ) Para analistas de corte mais pró-ocidental, o Estado Islâmico é produto do fanatismo e radicalismo religioso e, portanto, um produto da própria instabilidade crônica da região.


A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas
Comentários
  • Até o fim de 2014, o Estado Islâmico lucrava principalmente com a venda de petróleo. Tanto no Iraque quanto na Síria o grupo assumiu o controle de regiões petrolíferas. E apesar dos confrontos, as unidades de produção permaneceram intactas ao ponto de os terroristas serem capazes de continuar vendendo petróleo. Nesse ponto, os ataques aéreos da aliança internacional liderada pelos Estados Unidos tiveram efeito imediato. Os aviões atingiram as estruturas de transporte e extração, comprometendo significativamente a comercialização.

    Mas de lá para cá o Estado Islâmico já conseguiu novas fontes de financiamento. Várias doações dos países do Golfo Pérsico foram identificadas, embora não haja comprovantes de pagamento para identificar os doadores. Aparentemente, pessoas simpáticas às ideias do EI apoiam o grupo com quantias generosas. Outros pagam justamente pelo motivo contrário: temem que a organização se torne ativa na Península Arábica.

    De fato, já foram registrados confrontos na fronteira da Arábia Saudita com o Iraque. Representantes do governo curdo no norte do Iraque alegam que alguns países têm transferido dinheiro para o EI a fim de evitar a propagação da violência extremista dentro da península.

    Essa organização também é financiada significativamente pela atividade criminal. Contrabandeia cigarros, medicamentos, telefones celulares e até antiguidades iraquianas. Além disso, ao entrar no Iraque e na Síria, combatentes estrangeiros vendem seus passaportes por milhares de dólares. A venda do passaporte não só engorda os cofres da milícia, como tem valor político simbólico: o combatente deixa sua antiga identidade para trás.

    Outros recursos financeiros são originários de sequestros e tráfico de pessoas. Se os reféns não são especialmente proeminentes – ou seja, ocidentais –, o EI tenta extorquir as famílias das vítimas. A milícia ainda vende mulheres yazides raptadas. Relatos recentes indicam que o EI também está comercializando órgãos no mercado negro – buscados desesperadamente em muitos hospitais e clínicas. Além disso, essa organização cobra impostos e taxas da população dos territórios que domina.