Assim, Bergamini (2006) pontua que, a partir de Lewin, foi possível isolar vários
critérios para, então, identificá-los. Nesse sentido, o comportamento de grupo surge quando os
indivíduos experimentam as mesmas emoções de forma a integrá-los, onde, o grau de coesão
os capacita a adotar o mesmo tipo de comportamento.
Com base em dois tipos de grupos, o psicogrupo e o sociogrupo, onde o primeiro
relaciona-se com a organização e a orientação em função da realização de uma determinada
tarefa e o segundo relaciona-se com a polarização de seus membros em função da execução
da tarefa, Kurt Lewin desenvolveu sua teoria de campo, cujos elementos centrais enfocam a
complexidade da personalidade individual (totalidade dinâmica), levando-se em conta o “eu
íntimo”, o “eu social” e o “eu público”, constituintes de tal personalidade.
Deste modo, Bergamini (2006) sistematiza os quatro pressupostos básicos de Lewin:
1. O grupo deve ser considerado como o terreno ao qual o indivíduo se mantém;
2. O indivíduo utiliza o grupo como seu instrumento para a satisfação de necessidades
próprias;
3. Os valores, necessidades e expectativas pessoais podem ser gratificados ou
4
frustados pelo grupo;
4. O grupo é considerado como um dos elementos do espaço vital do indivíduo.
Neste contexto, o mérito de Lewin fica caracterizado na adaptação social, onde o
indivíduo lida com sua superação diante das dificuldades naturais da vida ou no âmbito
profissional, bem como de, periodicamente, atualizar seus anseios e suas ações para atingir
seus objetivos, sem contudo, precisar deteriorar seus laços funcionais no campo social no
qual está inserido e que, via de regra, constitui-se fundamentalmente sua existência.
Ninguém vive isolado e não se pode compreender o comportamento do
indivíduo sem considerar a influência de outro. Estabelecemos relações onde há
uma intenção particular de cada uma das pessoas envolvidas, isso significa entrar
em entendimento para que algum objetivo seja alcançado. A chegada ao objetivo
depende então, necessariamente, desse relacionamento.
Todos nós vivemos e pertencemos a diferentes grupos: grupos de família, de
trabalho, de clube, de futebol, entre outros. Segundo Bergamini (1982), todo o
indivíduo tem três necessidades interpessoais: Inclusão, Controle e Afeição. Ao
associar-se a um grupo, cada pessoa passará por diferentes formas de atendimento
de suas necessidades.
Bergamini (1982) distingue dois tipos de pequenos grupos:
Sociogrupo – aquele que se organiza e se orienta em função da execução ou
cumprimento de uma tarefa.
Psicogrupo – estruturado em função da polarização dos seus próprios membros.
Kurt Lewin (apud Bergamini, 1982) considera que a dinâmica do grupo é
determinada pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço
psicossocial. O comportamento dos indivíduos é em função dessa dinâmica grupal,
independente das vontades individuais. Portanto, são elaborados quatro
pressupostos:
• A interação do indivíduo no grupo depende de uma clara definição de sua
participação no seu espaço vital;
• O indivíduo utiliza-se do grupo para satisfazer às suas necessidades próprias;
• Nenhum membro de um grupo deixa de sofrer o impacto do grupo e não escapa à
sua totalidade;
• O grupo é considerado como um dos elementos do espaço vital do indivíduo.