- ID
- 1840999
- Banca
- ASSCONPP
- Órgão
- FHSTE - RS
- Ano
- 2014
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
“Como curar o sistema público de saúde?
As famílias brasileiras financiam a maior parte das despesas de saúde no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total gasto em 2007, cerca de 128 bilhões de reais (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos, ante 93 bilhões de reais (41,6%) provenientes do setor público.
O problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o fôlego dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento realizado junto a secretarias de saúde de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), ao menos 171.600 pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eletiva - procedimento agendado, que não possui característica de urgência. A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos.
A qualidade do serviço também é influenciada pela insatisfação dos médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde, em média, a remuneração dos profissionais da área pública é metade da paga pela privada. Em alguns casos, a diferença é exorbitante: uma equipe de seis profissionais recebe 940 reais do SUS por cirurgia, enquanto receberia até 13.500 reais dos planos de saúde.
Diante do caótico quadro da saúde pública, os brasileiros se esforçam para manter planos privados. Atualmente, 26,3% da população - ou 49,1 milhões de pessoas - compromete parte da renda para ficar longe dos hospitais públicos. O desafio é manter as contas em dia à medida que envelhecem. Aos 60 anos, um assegurado pode ter que desembolsar mais de 700 reais para manter um plano básico, suficiente apenas para ocupar um leito de enfermaria ao lado de outros pacientes, em caso de internação.
E as perspectivas não são boas. De acordo com estimativa realizada pelo IDEC e pelo PROCON, se mantidas as atuais condições de reajustes, nos próximos 30 anos, os planos de saúde deverão sofrer reajustes 126,67% acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em outras palavras, esse serviço se tornará proibitivo para boa parcela da população que hoje o possui.
Frente a esse quadro, cresce ainda mais a importância da discussão acerca do sistema público de saúde - alimentado com o dinheiro que sai do bolso do contribuinte. Mas que, em geral, não trata bem esse cidadão."
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/como-curar-o-sistema-publico-de-saude
Tendo como referência o texto acima, julgue as afirmações abaixo e complete com V para
verdadeiro e F para Falso:
( ) No quarto parágrafo lê-se “Diante do caótico quadro da saúde pública, os brasileiros se esforçam
para manter planos privados.", neste caso caótico poderia ser substituído por confuso.
( ) O Governo Brasileiro deveria cobrar mais impostos para estruturar a Saúde Pública tendo em vista
que “Do total gasto em 2007, cerca de 128 bilhões de reais (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos".
( ) No segundo parágrafo lê-se que “O problema é que tanto o serviço público quanto o privado
desafiam a saúde e o fôlego dos brasileiros.", neste contexto, o fôlego dos brasileiros é desafiado
devido ao grande número de doenças respiratórias existentes na população e que não são tratadas
pelo SUS.
( ) Ao final do quinto parágrafo o texto afirma que “esse serviço se tornará proibitivo para boa parcela
da população que hoje o possui." Logo, pode-se entender que em poucos anos no Brasil as pessoas
serão proibidas de adquirirem planos de saúde.
A seqüência correta de cima para baixo é: