- ID
- 1841521
- Banca
- COMPERVE
- Órgão
- Prefeitura de São Paulo do Potengi - RN
- Ano
- 2014
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Estresse e obesidade passam de pai para filho
Viver em condições ruins pode desativar genes; mudanças são
permanentes e transmitidas
para descendentes.
Por Salvador Nogueira
A sua genética está escrita, e é ela que você vai transmitir para os seus filhos – não
importa o que você faça durante a vida. Isso é o que Darwin nos ensinou. Mas talvez não
seja toda a verdade. Pesquisadores da Universidade de Zurique encontraram evidências de
algo que muitos cientistas vinham suspeitando nos últimos anos: o que você passa durante
a vida pode modificar seu DNA, gerando alterações que são transferidas aos descendentes.
O código genético de uma pessoa é afetado pelo ambiente. Certas situações têm o poder
de ativar ou desativar certos genes. Isso já era bem conhecido e aceito pela ciência. Mas
muitos especialistas acreditavam que as modificações fossem zeradas na geração
seguinte, ou seja, não passassem dos pais para os filhos. O novo estudo descobriu que,
sim, elas passam para os descendentes – e demonstrou como isso acontece. Em testes
com ratos, os cientistas suíços constataram que os microRNAs, pequenas moléculas
produzidas em situações de estresse, fome, sedentarismo ou obesidade, são incorporados
aos espermatozoides e vão parar no feto.
Os descendentes dos ratos submetidos a estresse ou obesidade já nasceram com
uma tendência natural, genética, a serem estressados ou obesos – e tudo graças a certos
microRNAs, que tinham passado de geração a geração. “O mecanismo me parece bastante
plausível, e aparentemente os experimentos foram bem desenhados", afirma Sandro de
Souza, biólogo molecular da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Superinteressante. São Paulo: Editora Abril, n. 335, jul. 2014. [Adaptado]
“(1) O novo estudo descobriu (2) que, sim, elas passam para os descendentes – (3) e demonstrou (4) como isso acontece".
Em relação às orações numeradas no período em análise, é correto afirmar: