Um novo DNA para a humanidade
Todos os anos, no dia 5 de junho (Dia Mundial do Meio Ambiente), as empresas
distribuem milhares de releases enaltecendo as próprias qualidades de sustentabilidade,
escolas promovem oficinas de reciclagem e políticos posam com criancinhas
plantando árvores. [...] Contudo, as ações e discursos enaltecendo as atitudes
sustentáveis servem para mostrar que o problema não é mais a falta de educação
ou falta de conhecimento sobre os impactos que os hábitos humanos estão causando
sobre o planeta [...].
Já não há mais tanta gente falando em “salvar o planeta", porque esse não é o dilema
que a humanidade vive, pelo contrário, a Terra sabe se virar sozinha [...].
Porém, nesses últimos 200 anos, mais propriamente nos últimos 60 anos, é que a
humanidade realmente mostrou suas garras e passou a exigir da Terra muito mais
do que ela pode oferecer. A população durante o século 20 saltou de 1,65 bilhão
no ano de 1900 [...]. Em 2011 a população humana ultrapassou 7 bilhões de pessoas
[...].
Esse crescimento exponencial da população se reflete, também, na superexploração de recursos naturais e na degradação de ambientes em todo o planeta. O mais
impressionante nessa história é que os impactos da humanidade sobre a maior
parte dos recursos naturais eram muito baixos até o ano de 1950. [...] A conversa
corrente de que é preciso mais educação e conhecimento para que as pessoas mudem
de comportamento em relação ao meio ambiente não é mais o suficiente para
uma real transformação [...].
Empresas e governos estão há anos debatendo quais são os limites de suas ações e
procrastinando as possíveis soluções. [...] Muitos alegam que o crescimento do
Produto Interno Bruto global irá levar a uma equalização no desenvolvimento
humano, oferecendo a todos a oportunidade de um padrão de vida digno. [...] Porém,
o principal problema a ser enfrentado pela humanidade neste século 21 não é
o crescimento do PIB, mas sim a desigualdade na partição dos benefícios em uma
economia realmente globalizada. [...]
O desenvolvimento humano não é mais uma questão de educação, conhecimento
ou civilização [...]. A humanidade precisa com urgência realizar um novo salto,
desta vez não um salto industrial [...], ou um salto civilizatório, [...] ou ainda um
salto tecnológico [...], mas um salto evolucionário. É preciso evoluir como espécie
ou não terá pela frente os mesmos 10 mil anos que tem de passado. [...] A mudança do modo de vida da humanidade ainda neste século é necessária para a sua sobrevivência
como espécie. [...]
(Dal Marcondes. littp://vy,ww.cartacapital.com.br/susteHtabilldade/tim-novo-dna-para-aliUDiani.dade-6423,1'itml)
Nos trechos “[...] as empresas distribuem milhares de releases enaltecendo as
próprias qualidades de sustentabilidade...", e “Empresas e governos estão há
anos debatendo quais são os limites de suas ações e procrastinando as possíveis soluções. ", as palavras em destaque podem ser substituídas, sem prejuízo
semântico, respectivamente por: