Existem diversas formas e teorias que buscam entender o desenvolvimento humano, gerando distintas concepções sobre os fatores preponderantes nesse processo. Uma famosa polêmica que estimula discussões até os dias de hoje é a famosa dicotomia inato-adquirido, também conhecida como nativismo-empirismo, natureza-educação ou hereditariedade-ambiente. A posição nativista ou inata considera que as características básicas do homem, como inteligência, personalidade, traços físicos etc., já estão formadas, prontas quando do nascimento, devido à sua herança biológica recebida dos pais. Já a premissa básica da abordagem ambientalista ou adquirida é que o ambiente é o principal responsável pela formação das características básicas do homem, especialmente de sua capacidade intelectual, sendo esse visto como uma folha em branco a ser escrita pelo ambiente, ou seja, como um ser flexível, que desenvolve suas características em função das condições presentes no meio no qual se encontra.
Outra questão polêmica entre os estudiosos do desenvolvimento é a continuidade versus descontinuidade no processo evolutivo. A maioria dos teóricos do desenvolvimento está de acordo, quanto à continuidade de muitas mudanças que ocorrem ao longo da vida de modo gradual e tendendo a um aperfeiçoamento. Contudo há também mudanças descontínuas no desenvolvimento, chamadas de fases ou estágios, indicando diferenças qualitativas importantes em determinados períodos do desenvolvimento humano, seja no aspecto físico, afetivo, cognitivo ou social. Quando muda o estágio, o ser humano passa a pensar, sentir, comportar-se de modo distinto da fase anterior e com novas aquisições, o que caracterizaria a descontinuidade do processo.
GABARITO: B