De acordo com Bellkiss Wilma Romano, em seu livro “Princípios Para a Prática Da Psicologia Clínica", edição de 1999, o psicólogo intermedia a relação equipe/paciente, devendo ser o porta-voz das necessidades e desejos e intervir de forma que os desencontros da informação sejam minimizados.
Citando LIMA (1994), o autor apresenta três níveis essenciais para a atuação em hospitais:
a) psicopedagógico
b) psicoprofilático
c) psicoterapêutico
Na realidade, uma divisão quase didática, porque se mesclam nas atividades. Um grupo de preparo para cirurgia contém os três níveis simultaneamente: verifica distorções sobre rotinas
e procura corrigi-las (ou encantinhá-las), previne reações indesejáveis, estabelece vínculos paciente/psicólogo, identifica resistências e diferenças socioculturais dos pacientes, possibilitando interpreta-las para a equipe, atua no estado de fragilização e dependência em que se encontra o doente.
GABARITO: C
Gabarito B.
Para responder esta questão é necessário que tenhamos em mente alguns conceitos:
O Psicólogo no hospital atua nos níveis: (Romano, 1999):
Psicoprofilático;
Psicopedagógico;
Psicoterapêutico.
Psicoprofilaxia: Estabelece vínculo entre paciente e psicólogo; Atua no preparo para uma situação; Voltada para a prevenção de um agravo; Possibilita dar retorno à equipe sobre a situação do paciente; Envolve oferecer informações; Checar o estado emocional atual; Avaliar possíveis elementos que precisam ser trabalhados para não serem geradas dificuldades posteriores; Cirurgias; Procedimentos novos e procedimentos invasivos;
Psicopedagógico: Informação contribui para a diminuição do estresse; O cuidado, autonomia, autoresponsabilização, melhora na interação com a equipe; O psicólogo checa como essa informação chega para o outro – “como você se sente quando te digo isso”; O psicólogo precisa conhecer a situação em que o paciente está envolvido; Envolve a equipe; Humanização; Grupos sobre morte e morrer; Discussão de casos no ponto de vista da psicologia; Como se comportar frente a uma questão sobre sexualidade ou violência.
Psicoterápico: Foco é no adoecimento; Envolve oferecer o atendimento e gerar uma demanda; Envolve reconhecer e sustentar a demanda; Abordar os aspectos que o paciente elege como importantes; Introduzir elementos que ele desconhece e que favorecerão uma elaboração; O atendimento pode se repetir, mas a sessão se encerra nela mesma; A ideia é potencializar a intervenção, mas também considerar que “pouco” pode ser muito; Corredores, elevadores, sala de ordenha, centro cirúrgico, portaria, admissão, beira do leito, emergência são lugares de trabalho.
Portanto, as ações que compreendem o trabalho a fim de orientação da equipe acerca de dados da condição do paciente são: psicoprofilático e o psicopedagógico.