SóProvas


ID
188161
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pelo mundo afora, os jornais sentem a agulhada de uma
conjunção de fatores especialmente desfavoráveis: a recessão
mundial, que reduz os gastos com publicidade, e o avanço da
internet, que suga anúncios, sobretudo os pequenos e rentáveis
classificados, e também serve como fonte - em geral gratuita -
de informações. Na Inglaterra, para sobreviver, os jornais
querem leis menos severas para fusão e aquisição de empresas.
Na França, o governo duplicou a verba de publicidade e dá
isenção tributária a investimentos dos jornais na internet.

Mas em nenhum outro lugar a tormenta é tão assustadora
quanto nos Estados Unidos. A recessão atropelou os dois
maiores anunciantes - o mercado imobiliário e a indústria
automobilística - e a evolução da tecnologia, com seu impacto
sísmico na disseminação da informação, se dá numa velocidade
alucinante no país. O binômio recessão-internet está produzindo
uma devastação. Vários jornais, mesmo bastante antigos e
tradicionais, fecharam suas portas.

O fechamento de um jornal é o fim de um negócio como
outro qualquer. Mas, quando o jornal é o símbolo e um dos
últimos redutos do jornalismo, como é o caso do New York
Times
, morrem mais coisas com ele. Morrem uma cultura e
uma visão generosa do mundo. Morre um estilo de vida
romântico, aventureiro, despojado e corajoso que, como em
nenhum outro ramo de negócios, une funcionários, consumidores
e acionistas em um objetivo comum e maior do que
interesses particulares de cada um deles.
Desde que os romanos passaram a pregar em locais
públicos sua Acta Diurna, o manuscrito em que informavam
sobre disputas de gladiadores, nascimentos ou execuções, os
jornais começaram a entrar na veia das sociedades civilizadas.
Mas, para chegar ao auge, a humanidade precisou fazer uma
descoberta até hoje insubstituível (o papel), duas invenções
geniais (a escrita e a impressão) e uma vasta mudança social (a
alfabetização). Por isso, um jornal, ainda que seja um negócio,
não é como vender colírio ou fabricar escadas rolantes.

(André Petry. Revista Veja, 29 de abril de 2009, pp. 90-93, com
adaptações)

Na França, o governo duplicou a verba de publicidade ... (1º parágrafo)

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que está grifado acima se encontra em:

Alternativas
Comentários
  • Comentário objetivo:

    O verbo "duplicar" é VTD, portanto necessita de um objeto direto. O mesmo tipo de verbo encontramos na alternativa C (fechar - VTD).

    Analisando os demais verbos:

    a) servir - VTI
    b) ser - Verbo de ligação
    d) ser - Verbo de ligação
    e) chegar - VTI

  • o verbo chegar é intransitivo.

    ... "ao auge"  é adjunto adverbial.

  • Concordo com a Virgínia. Verbo chegar é intransitivo. Quando tem sentido de "atingir um determinado lugar", exigem a presença de um adjunto adverbial de lugar, introduzindo obrigatoriamente a preposição "a".

    Fonte: Língua Portuguesa para Concursos - Rodrigo Bezerra

  • Chegar

    Sentido: Atingir o término do movimento de ida ou vinda.
    De acordo com o ensino tradicional: Verbo: Transitivo indireto
    Preposição: a
    Exemplo: Chegou cedo à escola.
     

    De acordo com a realidade lingüística atual:
    Verbo: Transitivo indireto
    Preposição: em
    Exemplo: Chegou cedo na escola.
     

    Observações:
    - A preposição "em" é exclusiva diante da palavra "casa". Exemplo: Chegou em casa.
    - No Brasil, usa-se muito a construção com a preposição "em". É, portanto, um brasileirismo. Exemplo: Quando ele chegou na porta da cozinha.
    - "Já se tolera o "chegou em" na linguagem escrita". (Sílvio Elia).
    - Luiz Carlos Lessa e R. Barbadinho Neto confirmam amplamente essa regência entre os modernistas.
    - Mesmo assim, Luft entende que, em texto escrito culto formal, melhor se ajusta o "Chegar a"

    Fonte: Manual de redação da PUC-RS  <http://www.pucrs.br/manualred/regverbal.php>

  • Não se "chega em casa" e sim, se "chega a casa"...
  • A questão pede uma alternativa cujo verbo seja TD - quem duplica, duplica algo. Ou seja, não há presença de preposição.

    A) VI - quem serve, serve.

    B) clássico VL - ser, estar, ficar...etc.

    C) VTD - correta

    D) clássico VL - ser, estar, ficar...etc

    E) VTI - quem chega, chega A algum lugar - exige preposição
  • servir - VTDI
    é - VL
    chegar - VTI
    fechar - VTD e VTI, se o verbo duplicar é VTD, então, fechar, na frase exerce papel de VTD. 

    Fecharam o que? As portas(OD)
  • e) O verbo CHEGAR é intransitivo, porém rege com as preposições “em” ou “a”.
    Ex.: Cheguei ao colégio / cheguei a casa (no sentido de “vir de”)
    Ex.: Cheguei em um ônibus fretado / Cheguei no trem das onze (sentido de vir por meio de

    d) "...o jornal é o símbolo...". O verbo ser, em regra, é de ligação. Obs: o verbo ser não adimite preposição "em".  ex. "Em casa somos seis", e não "em casa somos em seis"

    c) o verbo fechar não solicita preposição, por isso é transitivo direto. ex.: Ela fechou o vidro. Os bancos fecharam as portas.

    b) é: verbo de ligação.

    a) o verbo servir, neste contexto, é transitivo indireto. O verbo servir pode ser intransitivo (quando não necessitar de complemento); trasitivo direto, ou intrasitivo indireto.
    -ele serviu no Exército (V.I)
    -ele serviU o almoço (V.T.D)
    -ele serve a dois patrões desde pequeno (V.T.I)

    Assim com bitrasitivo

  • Flavia Rita no seu CURSO DE REVISÃO PARA FCC, bate muito nessa tecla de VTD aparecer com uma preposição! Só acertei pq lembrei da explicação dela!