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ID
188182
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Desastres naturais não provocam apenas mortes e
prejuízos. Deixam a sociedade mais suscetível a discursos
apocalípticos. Depois da virada (e do bug) do milênio, o
fantasma da vez são as supostas profecias maias de que o
mundo vai acabar em 2012. Para quem acredita nelas, as
catástrofes deste semestre seriam apenas o começo do fim.
Pouco importa que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil
tremores todos os anos e esse número não esteja aumentando.
Para o físico e astrônomo da Universidade Estadual
Paulista (Unesp) Othon Winter, paradoxalmente a sociedade da
informação reage aos desastres naturais de forma muito
semelhante à dos povos da antiguidade. "Os fenômenos eram
mais locais. Uma cheia do rio Nilo poderia ser indício de que os
deuses estavam zangados com os homens. Na antiguidade, o
acesso ao conhecimento era mínimo e as pessoas com um
pouco mais de informação conduziam outras. O medo decorria
da falta de informação. Hoje, todo mundo tem informação
demais e, por isso, teme", acredita.
A psicóloga Eda Tassara, do Laboratório de Psicologia
Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), acha que o
excesso de informação também contribui para a disseminação
do pânico. "Não sei se há uma intensificação das chamadas
catástrofes, mas sei que o acesso à informação sobre elas se
intensificou muito."
Para ela, fenômenos como a erupção do vulcão islandês
passaram a ser vistos como catástrofes por conta do atual
estágio de organização da sociedade. "A dimensão da erupção
foi amplificada pelos seus danos econômicos. Sob esse ponto
de vista, pode ser considerada uma catástrofe, mas, na
verdade, é um acidente de dimensões locais."
Eventos como a passagem de cometas e a virada de
milênios sempre provocaram tensão. Os temores de catástrofes
cósmicas têm origem na crença de que eventos terrenos e
celestes estariam fisicamente conectados. Em seu livro, o astrônomo
lembra que a aparição de um cometa em 1664 foi
interpretada como responsável pela peste bubônica que dizimou
20% da população europeia. Para Eda, até mesmo questões relevantes
da atualidade, como a do aquecimento global, são
contaminadas por um discurso apocalíptico que lembra o dos
profetas religiosos. Ele traz consigo a culpa e a noção de
castigo. Você tem culpa das mazelas do planeta porque come
carne ou anda de avião. É como comer a maçã e ser expulso do
Paraíso.

(Karina Ninni. O Estado de S. Paulo, Especial, H5, 30 de abril
de 2010, com adaptações)

... que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil tremores todos os anos... (1º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está na frase:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A!

    que a Terra registre = PRESENTE DO SUBJUNTIVO (expressa um fato atual exprimindo possibilidade, um fato hipotético)

    A)CORRETA

    B)era =PRETÉRITO PERFEITO (revela um fato concluído, iniciado e terminado no passado.)

    C)teme = PRESENTE DO INDICATIVO (expressa um fato que ocorre no momento em que se fala)

    D)lembra = PRESENTE DO INDICATIVO (expressa um tempo passado, geralmente nos textos jornalísticos e literários)

    E)come = PRESENTE DO INDICATIVO (expressa algo frequente,habitual)

     

  • Presente do Subjuntivo
    que eu esteja
    que tu estejas
    que ele esteja
    que nós estejamos
    que vós estejais
    que eles estejam

    Presente do Subjuntivo
    que eu registre
    que tu registres
    que ele registre
    que nós registremos
    que vós registreis
    que eles registrem
     

    Os dois verbos estão no presente do subjuntivo

  • Corrigindo o comentário acima acerca do verbo ERA da questão "B", ele se encontra no PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO.

    BONS ESTUDOS!
  • Que eu esteja
    Que eu registre
  • Futuro do Subjuntivo :
    NÃO esqueçam -  QUE EU esteja
                                  QUE EU registre,
    NÃO esqueçam do QUE na frente, fica mais fácil acertar a questão assim.

  • Um dica valiosa:
    No modo subjuntivo, os verbos terminados em "ar", passaram a ter final "e". Veja:
    -que eu registre (verbo registrar)
    -que eu fale (verbo falar)
    -que eu bagunce (verbo bagunçar)

    Por outro lado, os terminados em "er" e "ir", passaram a ter "a" no final. Veja:
    -que eu escreva (verbo escrever)
    -que eu redija (verbo redigir)
    -que eu veja (verbo ver)

    Todavia, estar é uma execeção.

  • Maluzinha, nao ensine errado. É presente do subjuntivo.